Qual é o seu relacionamento com o dinheiro?

Patricia Nascimento
Trocando ideias
Published in
9 min readJun 1, 2019

A pedido de uma querida amiga, venho aqui falar de um assunto que amo e fazem meus olhos brilharem; entender a forma como nos relacionamos com o dinheiro, pra mim, é algo fascinante e eu poderia ficar dias falando sobre isso.

Quem sou eu para falar de dinheiro?

Deixe-me apresentar, sou uma garotinha sonhadora (e realizadora) de 29 anos, adulta nas horas não vagas. Tenho duas formações na área financeira, algumas certificações em coaching e recentemente entrei de cabeça no mundo do empreendedorismo e sou apaixonada por desenvolvimento pessoal.

Vou apresentar aqui um pouco do meu repertório onde descobri há um tempo o meu poder de evoluir constantemente e de criar realidades novas para minha vida, e dividirei também minha paixão por ensinar outras pessoas a explorar o potencial que existe dentro de TODO ser humano desse planeta. Em paralelo a essas descobertas, fui realizando algumas coisas na vida, subindo alguns degraus, ainda não saquei os milhões que plantei na minha mente, mas estou caminhando em busca disso, porque esse poder de criação é infinito, e sei que para faturar milhões, preciso primeiro me tornar essa pessoa. É SER para TER e não ao contrário.
Por esse motivo a evolução aqui é constante. E vamos as reflexões:

Qual a sua relação com o dinheiro?

Farei agora uma abordagem sobre a principal causa, que explica inúmeros efeitos no âmbito financeiro do nosso ser. Essa causa chama-se: Crenças.
Seu modelo financeiro e aquilo que você aprendeu sobre o que é dinheiro.

Lua de mel? Tapas e beijos ou seu relacionamento com o dinheiro está mais para seca? Descubra:

No coaching, crenças foi o assunto que mais me aprofundei, especialmente em crenças de dinheiro e prosperidade. Crenças basicamente são ideias nas quais você acredita e por acreditar nelas, elas passam a ser suas verdades, suas regras de como o mundo funciona. Temos crenças conscientes, que conseguimos identificar na nossa fala, mas em sua grande maioria elas são inconscientes, ou seja, não fazemos a mínima ideia que elas existem dentro de nós. Essas são as mais difíceis, pois, você sozinho não consegue perceber quais as “ideias” que te ajudam ou as que te atrapalham a progredir na vida.

A maioria de nossas crenças são adquiridas na infância, dos 0 aos 7 anos, onde ainda nossa razão (parte consciente do cérebro) está sendo formada, ou seja, a maior parte do que a criança ouve, vê e sente durante esse período, vai direto para o seu subconsciente e por ela ainda não ter a parte racional formada, para discernir sobre o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim, aquilo é absorvido como sendo verdade absoluta. Todos esses “aprendizados” adquiridos na infância, repercutem durante toda nossa vida.

Vamos usar a seguinte analogia: imagine que somos como computadores, quando nascemos o HD está vazio, e nesse momento são baixados os principais programas, que serão responsáveis por executar quase tudo nessa máquina. Os programas são as nossas crenças e os resultados da nossa vida são inerentes a essas informações que rodam nessa máquina.

Pense na racionalidade do seu discurso e saiba que você é exemplo para outros.

Nossas crenças geram emoções no nosso corpo e muitas vezes são incoerentes, não entendemos de onde vem. Por exemplo, se você for como eu e cresceu ouvindo dizer que se o chinelo estiver virado para baixo, seus pais morrerão, até hoje depois de adulto se encontrar um chinelo virado pelo seu caminho, você terá o ímpeto de desvira-lo imediatamente, mesmo sem nenhum fundamento lógico para aquilo. Crenças são totalmente emocionais, são percebidas em nossos comportamentos, muitas vezes elas não são lógicas, como no exemplo do chinelo, elas simplesmente existem e em algum momento de nossas vidas elas foram “baixadas” em nossa mente. Você pode não ter consciência disso, mas elas regem nossa vida, em todas as áreas, inclusive no financeiro. São elas que determinam nossos comportamentos e atitudes, e são nossos comportamentos e atitudes que determinam todos os nossos resultados.

Veremos alguns exemplos, para que você entenda um pouco de onde vem certos padrões do relacionamento que as pessoas têm com o dinheiro:

1)Se você foi uma criança que nasceu em um ambiente onde não existiam problemas financeiros, onde as pessoas tinham negócios, uma boa fonte de renda e o dinheiro sempre foi utilizado como um facilitador e visto como algo fácil de se obter ou você mesmo que tenha nascido em um ambiente onde foram inseridas ideias negativas sobre dinheiro, onde tenha lidado com escassez, mas ao longo do caminho você descobriu seu poder de criação e evolução, e já tenha conseguido através de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento reprogramar todas ou pelo ou quase todas a suas crenças financeiras, provavelmente hoje você vive em harmonia com o dinheiro e assim não terá grandes dificuldades financeiras, pois, mesmo que perca tudo em determinada situação, o programa que roda na sua mente está ajustado para construir tudo de novo. Nesse caso seus paradigmas financeiros são construtores, as ideias sobre dinheiro instaladas no seu subconsciente são positivas e seu relacionamento com ele é no estilo “Lua de mel”.

2)Agora vamos supor, que você foi uma criança que nasceu em uma família com certos recursos financeiros, com negócios ou uma boa fonte de renda, porém, viviam entre brigas causadas por dinheiro, negócios e trabalho. Muito provavelmente as ideias inseridas no seu subconsciente são duais, positivas e negativas, do tipo “dinheiro é fácil de se obter, traz boas experiencias, mas faz as pessoas brigarem” “dinheiro causa dor, dinheiro é o responsável por sofrimento”. Essa criança depois de adulta, se não reprogramou seu “sistema”, fazer dinheiro não será um problema, porém, ela dará um jeito de “se livrar” dele, pois, o registro ligado a dinheiro é de facilidade e dificuldade ao mesmo tempo, e ela viverá em conflito.

Já conheci pessoas que faturam mais de seis dígitos por mês e que vivem endividadas, ou seja, ganhar muito dinheiro não é necessariamente sinônimo de riqueza. Existem também aquelas pessoas, que vem de uma família onde viveu muitas privações financeiras, onde o dinheiro era visto como um vilão, algo difícil de se obter, mas ao longo da vida atualizaram alguns “programas” e aprenderam a fazer dinheiro, mas não atualizaram todos os registros e no “software” financeiro, ainda existem informações negativas rodando e nesse caso a relação também não será 100% harmônica… logo, você sempre estará “dando um jeito” de se livrar dele de forma inconsciente. Aqui nesses dois casos, você até tem dinheiro ou certa qualidade de vida, porém, tem muitas limitações, por conta da dualidade nas ideias que você acredita. Seus paradigmas financeiros são construtores e destrutores ao mesmo tempo. Nesse cenário defino a relação com o dinheiro como sendo “Entre tapas e beijos”.

3) E para fechar, se você foi uma criança que vem de uma infância com muita escassez, e privações ou os pais e as pessoas próximas brigavam pela falta de recursos, diziam coisas como “dinheiro não dá em árvore”, “você não pode ter tudo que quer”, “pessoas ricas já nascem ricas”, “nasce pobre, morre pobre”, você cresceu entendendo que dinheiro é algo muito difícil de se obter e, além disso, não é uma coisa boa e nem para todos.

Quanto mais reforçamos as ideias mais nossa mente acredita!

E se você ainda não reprogramou nenhum dos seus programas instalados naquela época referente a essas afirmações, você hoje tem dificuldade de fazer dinheiro e facilidade de gastá-lo, a qualidade de vida é escassa e você ainda olha para o dinheiro como um grande vilão, que só os “escolhidos” têm direito e se vê como alguém que jamais terá acesso a determinadas experiências na vida. Nesse cenário as pessoas desconhecem o seu poder de criação e evolução, porque quem faz uso de forma consciente ou inconsciente desse poder, não interessa de onde veio e o que aprendeu sobre a vida, qualquer um pode alterar seu programa de crenças e consequentemente mudar seus resultados, sua realidade. Aqui seus paradigmas financeiros são completamente destrutores, você e o dinheiro vivem em desarmonia total, nesse cenário a minha definição de relacionamento com o dinheiro seria “Viver na seca”.

Existem muitas variáveis que justificam a nossa conta bancária atual, porém, eu preferi mergulhar um pouco “em águas mais profundas” para que talvez possa te cair algumas fichas, e se cair atenção! Pois, pode valer 1 milhão de dólares e melhor; uma vida mais saudável em relação a sua visão sobre o dinheiro.

Tudo conectado!

Sua infância, sua história, seu ambiente, as pessoas que você mais convive, os assuntos que você discute, o conteúdo que você consome todos os dias, seus hábitos, tudo isso influencia diretamente no seu resultado financeiro!

O ficar rico, independente financeiramente, vai além de cortar gastos, aprender a investir ou faturar mais. Se você quer uma vida próspera, com mais liberdade e mais qualidade, o primeiro passo é entender como funciona o seu sistema de crenças, qual o seu sentimento em relação ao dinheiro?
O que você pensa e fala das pessoas que tem dinheiro e sucesso, como você define ambição? Você se encaixa em algum dos exemplos?
Tudo começa com reflexão.

Reprogramando sua mente

Você só consegue alterar qualquer resultado, entendendo o que está causando-o.

Trabalhe seu autoconhecimento

Para entender essa causa você precisa mergulhar numa vida de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento. Para ter uma vida melhor, primeiro você se torna uma pessoa melhor. Você nunca irá faturar 1 milhão com uma mentalidade limitante, hábitos e comportamentos errados.

Comece hoje reavaliando em quais ideias você acredita, quando o assunto é dinheiro. Identificando sua mentalidade financeira atual, se por exemplo, você ganha 3 mil reais, comece a se projetar mentalmente ganhando 6 mil, o famoso pense grande! Plante essa sementinha no seu sistema de crenças todos os dias.

Busque ser 1% melhor em pensamentos, palavras e atitudes todos os dias.

Descubra o que você quer conquistar, quais são os seus sonhos e coloque tudo isso por escrito em um caderno, eu por exemplo tenho uma lista enorme de sonhos, já realizei alguns deles e não tenho a MENOR dúvida que vou realizar todos os outros, e acreditem eles são GIGANTES. Depois de colocar seus sonhos em um papel, encontre imagens para cada um deles, a casa dos seus sonhos, a família, as viagens, cole todas elas em um quadro que chamamos de “Quadro dos sonhos” para que você tenha contato visual todos os dias. Não subestime o poder disso! A neurociência explica que há muito mais chances de realizarmos nossos sonhos, metas quando escrevemos e o visualizamos, façam e vão ter sua mente trabalhando a seu favor, te afirmo com conhecimento de causa, que isso te aproximará de seus sonhos!

Fazer afirmações positivas todos os dias como “o dinheiro vem a mim com facilidade e abundância” “eu sou um imã de atrair dinheiro e bons negócios” também é uma maneira muito poderosa para reprogramar seus paradigmas financeiros, pois a repetição constante cria novas sinapses neurais, ou seja uma nova ideia, e toda vez que uma nova ideia é imputada no seu subconsciente, novos resultados são criados, outra vez, não subestime essas ideias, entenda que nossa mente não tem limites, apenas os limites que nós impomos a ela. 😉

Desenvolva hábitos melhores. Por exemplo se alimentar melhor, exercitar, ler e assistir conteúdos que contribuam para o seu desenvolvimento pessoal, também refletem no seu financeiro, pois, você se torna mais disciplinado e mais produtivo em tudo que faz.

Desenvolva autorresponsabidade. Uma pessoa autorresponsavel sabe que todos os resultados da sua vida, é de responsabilidade dela, ela criou tudo isso, de forma consciente ou inconsciente. Só uma pessoa autorresponsavel é capaz de criar uma vida melhor para si, pois ela entende que não depende de governo, de economia, de política ou qualquer outro fator externo para criar a vida que quer.

E por fim, comece hoje uma busca eterna por autoconhecimento, você nunca será nota 100 no seu profissional e financeiro, sendo nota 15 no seu pessoal. O coaching é uma das melhores ferramentas de autoconhecimento. Terapias, hipnoses, cursos de imersão, tudo isso utilizados por pessoas que estão buscando evolução e criação de novos resultados na sua vida. Você só conseguirá mudar sua vida externa, mudando o interno, desenvolvendo novas crenças sobre como funciona a vida aqui fora.

Sucesso na caminhada da evolução e do aprendizado!

Autora: Patricia Nascimento |Life coach |Instagram paty.nsc

Participante da página de conteúdo Trocando Ideias no Medium:
https://medium.com/trocando-ideias, uma proposta de produzir conteúdo relevante exercitando nossa generosidade em compartilhar conhecimento e experiências.

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