Proteja-se dos Golpes: Cuidados com Doações

Bruna Lucas (Bru)
Troopers-Legacy
Published in
5 min readMay 28, 2024

Desastres naturais como as enchentes no Rio Grande do Sul têm sido usados como brechas para cibercriminosos que aproveitam da comoção e mobilização social para aplicar golpes. Como continuar apoiando causas como essa sem cair em fraudes e, inclusive, alertando outras pessoas a respeito?

O time de CyberSecurity da Hotmart preparou um artigo sobre o tema. Bora conferir e aumentar a vigilância?

O Risco de Fraudes e Golpes

Infelizmente, situações de tragédia também atraem indivíduos mal-intencionados que tentam se aproveitar da dor gerada pela situação e da generosidade das pessoas.

Golpistas podem criar campanhas falsas de arrecadação de fundos nas redes sociais, solicitando doações via PIX para contas pessoais. Essas campanhas fraudulentas exploram a comoção pública gerada pela tragédia e podem resultar em perdas financeiras significativas para os doadores enganados, sem que o valor chegue às mãos daqueles que realmente precisam.

O Papel do PIX em Doações de Emergência

O PIX transformou a maneira como realizamos transações financeiras no Brasil, proporcionando uma alternativa rápida e conveniente aos métodos tradicionais de pagamento. Em momentos de tragédia, as redes sociais se tornam um canal vital para conectar doadores e beneficiários, facilitando doações instantâneas por meio do PIX. Essa simplificação do processo é essencial para agilizar o suporte às vítimas e organizações de ajuda humanitária, mas também requer atenção às precauções necessárias.

Para evitar cair em golpes envolvendo o PIX, é importante adotar algumas precauções:

  1. Verificar a Autenticidade: Sempre verifique a autenticidade da campanha de arrecadação de fundos antes de fazer uma doação via PIX. Certifique-se de que a campanha é conduzida por uma organização confiável ou uma pessoa conhecida e confiável.
  2. Utilizar Canais Oficiais: Prefira fazer doações por meio de canais oficiais e verificados. Muitas organizações de ajuda humanitária têm suas próprias plataformas de doação online, onde os doadores podem contribuir de forma segura e transparente.
  3. Evitar Compartilhar Informações Sensíveis: Nunca compartilhe informações sensíveis, como senhas ou códigos de segurança, em publicações ou mensagens de redes sociais. As doações via PIX geralmente exigem apenas o CPF ou CNPJ do destinatário, evitando a necessidade de compartilhar dados bancários confidenciais.
  4. Pesquisar e Investigar: Antes de fazer uma doação, pesquise sobre a campanha de arrecadação e a pessoa ou organização por trás dela. Procure por informações adicionais sobre a iniciativa, seu propósito e histórico de transparência financeira.

Fiquem atentos!

Campanhas Falsas de Arrecadação de Fundos: Golpistas podem criar campanhas de arrecadação de fundos falsas em redes sociais, sites de crowdfunding ou por e-mail, solicitando doações para vítimas de tragédias. Essas campanhas geralmente têm aparência legítima e apelam para a generosidade das pessoas, mas o dinheiro doado pode acabar nas mãos dos golpistas em vez de beneficiar as vítimas.

Sites e Links Maliciosos: Golpistas podem criar sites falsos ou links maliciosos que se passam por organizações de ajuda humanitária ou instituições de caridade legítimas. Esses sites podem solicitar doações financeiras ou informações pessoais dos doadores, que são então usadas para atividades fraudulentas, como roubo de identidade ou fraude financeira.

E-mails de Phishing: São uma tática comum usada por golpistas para enganar as pessoas a fornecerem informações pessoais ou financeiras. Em situações de tragédia, os golpistas podem enviar e-mails falsos que se fazem passar por organizações de ajuda humanitária ou vítimas necessitadas, solicitando doações financeiras ou outras formas de apoio. Os doadores desavisados podem acabar enviando dinheiro para golpistas em vez de ajudar os necessitados.

Além do comprometimento de dados ou desvio financeiro, o phishing pode trazer outras ameaças para as pessoas, tais como:

  1. Roubo de Identidade: Os golpistas podem usar informações pessoais obtidas por meio de phishing para roubar identidades, realizando atividades fraudulentas em nome da vítima, como abrir contas bancárias ou solicitar crédito.
  2. Espionagem e Vigilância: Phishing pode levar à instalação de malware nos dispositivos da vítima, permitindo que os hackers monitorem suas atividades online, acessem suas informações confidenciais e até mesmo controlem suas câmeras e microfones.
  3. Extorsão: Os criminosos podem ameaçar divulgar informações comprometedoras ou constrangedoras obtidas por meio de phishing, a menos que a vítima pague um resgate.
  4. Comprometimento de Contas e Serviços Online: Phishing pode resultar no comprometimento das contas de email, redes sociais, serviços de mensagens e outros serviços online da vítima, levando à perda de controle sobre essas contas e à propagação de spam ou malware para contatos.
  5. Danos à Reputação: Se informações pessoais ou comprometedoras forem divulgadas como resultado de phishing, a vítima pode enfrentar danos à sua reputação pessoal ou profissional, afetando relacionamentos, oportunidades de emprego e mais.

O VirusTotal é uma plataforma online que permite aos usuários verificarem arquivos e URLs em busca de malware e outras ameaças cibernéticas. Ao fazer upload de um arquivo ou inserir uma URL, o serviço executa uma série de scanners de antivírus e ferramentas de segurança para determinar se há presença de malware. Se uma ameaça for detectada, é aconselhável evitar interagir com o arquivo ou link.

Aplicativos de Mensagens Falsos: Golpistas podem criar aplicativos móveis ou grupos de mensagens falsos que se passam por plataformas legítimas de arrecadação de fundos ou organizações de ajuda humanitária. Esses aplicativos podem solicitar doações ou informações pessoais dos usuários, que são então usadas para atividades fraudulentas.

Fraudes Internas: Em algumas situações, até mesmo indivíduos dentro de organizações de caridade ou instituições de ajuda humanitária podem se envolver em fraudes. Isso pode incluir desvio de fundos doados, uso indevido de recursos ou falsificação de relatórios de doações.

No contexto de situações de tragédia e generosidade, é essencial reconhecer que indivíduos mal-intencionados podem explorar a comoção pública para realizar golpes disfarçados de iniciativas de caridade legítimas. Além disso, em ambientes digitais, golpistas buscam oportunidades para enganar pessoas em transações financeiras online. Portanto, é crucial adotar uma abordagem cautelosa, pesquisar a autenticidade das organizações envolvidas, evitar compartilhar informações pessoais sensíveis e estar ciente de possíveis golpes.

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