Um breve relato de uma Psicologa Amazonense
Saúde
Focada, otimista e engraçada foram as três palavras das quais Alíssia Regina Pereira Pinheiro de 26 anos se definiu. Psicóloga formada, exerce a profissão há pouco mais de dois anos. No entanto, antes de escolher tal carreira, cursava engenharia florestal mas não se identificou. Posteriormente descobriu que o que ela realmente amava era psicologia, pelo fato de dar possibilidade real de ajudar pessoas, além de haver familiares atuantes na área. Apaixonada pela ideia, ingressou no Centro Universitário Fametro para seguir seu sonho.
Durante o período acadêmico, realizou cursos como: automotivação, terapia comportamental, psicologia jurídica e psicologia investigativa. Após formada, começou a trabalhar na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) realizando atendimentos às vítimas de violência doméstica, conscientização dos direitos, orientação em casais que estão em busca de uma melhoria, além de acompanhar depoimentos de vítimas em crimes mais graves. Atualmente, está DECCM-Anexo e a dinâmica do trabalho se manteve.
E assim como toda a carreira profissional, existem momentos desafiadores. Em um desses desafios, relembrou que precisou lidar com uma situação que contribuiu para o aprendizado em sua própria carreira. O caso tratava-se de um estupro de vulnerável, em que haviam quatro vítimas, sendo duas maiores de idade e duas crianças, uma delas com deficiente intelectual. “Tivemos que realizar esse procedimento, onde acompanhei o depoimento das vítimas e do autor contando detalhes do que aconteceu. Realmente foi um dia bem difícil”, disse.
Quando se trata de um momento satisfatório, a psicóloga nos contou de forma motivacional no dia em que conseguiu ajudar uma idosa de 82 a aceitar a morte do filho, em que a mesma já carregava um luto há mais de 20 anos. Em situações delicadas como essas, Pinheiro ressaltou que para ser um bom profissional é preciso ser desprovido de pré julgamento, completamente disposto a entender a mente humana e principalmente, obter uma preparação tanto acadêmica quanto de equilíbrio emocional para ganhar êxito.
Mas apesar de se sentir realizada profissionalmente, ainda sonha em atender clinicamente seus pacientes e também deseja morar fora do país, especificamente em Portugal. Enquanto esse momento não chega, nas horas vagas, gosta de ouvir música, praticar natação como forma de terapia e ler livros engraçados.
Se tem uma frase que a psicóloga leva como lição de vida é: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina ” de Cora Carolina.
Por: Thaís Waughan
