Ilustração: Agatha Catunda

Avante!

Um dia depois do outro. Pra frente. Avante.

Agatha Catunda
Published in
2 min readOct 23, 2018

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Eu já tinha ouvido que felicidade não é a ausência de sofrimento, mas às vezes a gente insiste em pensar que pra ser feliz tem que estar tudo certo, do jeitinho que a gente quer. E a vida tem dessas, um dia tudo bem, no outro, não. A dor vem pra todo mundo. E não é nada bonito precisar ser forte. Só temos que ser. Pelos outros ou por nós mesmos. É preciso desromantizar o sofrimento:

"Ninguém quer ser forte. É uma necessidade, não um estilo de vida."

A fala em questão é de Lau Patrón, uma mulher-mãe-guerreira que precisou ser muito forte (e continua) quando o João, seu filho, foi diagnosticado com SHUa, uma doença auto-imune muito rara. O desafio dela foi enfrentar as sequelas de um AVC isquêmico grave, que afetou toda a capacidade motora do seu Leãozinho. Sua luta continua na busca por consientização e inclusão. E, principalmente, pra nos ensinar sobre resiliência e amor.

Esse texto é pra agradecer à Lau. E ao João. E a todo mundo que me ensina um pouquinho sobre como olhar pra frente.

E pra você também, quando precisar ser forte ou muito, muito forte mesmo.

"Ser forte não significa desenvolver os músculos e exercitá-los. Significa, sim, encontrar nossa própria numinosidade sem fugir, convivendo ativamente com a natureza selvagem ao nosso próprio modo. Significa ser capaz de aprender, e ser capaz de aguentar o que sabemos. Significa manter-se firme e viver."

Clarissa Pinkola Estés, em Mulheres Que Correm Com Os Lobos.

Se quiser saber mais um pouquinho sobre a história da Lau e do João, clica aqui.

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