Que caralhos você fez do seu 2018?

Thais Mello
3 min readSep 15, 2018

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[Essa semana não bateu inspiração pra terminar o conto de Sally e Sullivan, people… Tenho boa parte do último trecho escrita, mas, não estou satisfeita, então achei por bem publicar outra coisa e deixar o fim do conto pra próxima semana, talvez…].

Hoje vou falar um pouco sobre a aproximação do fim do ano, metas, relevância… talvez um clichezão barato, talvez algo necessário/importante, sei lá.

Dia desses o seguinte pensamento passou pela minha cabeça "deu mês 9 e eu ainda não sei que caralhos fiz do meu 2018…"

O tempo vai passando e se aproxima a hora de vestir branco e cantar a musiquinha de final de ano da Globo, "hoje é um novo dia, de um novo tempo, blá blá blá".

(mentira, que tá quase todo mundo cagando pra Globo, e querendo mesmo é um crossover natalino das séries da Netflix, bjs).

Mas enfim… perdi o foco. A questão aqui é a seguinte: me deu um click — não me lembro exatamente porque — e pensei naquelas metas que fiz lááááá no começo do ano (que anotei em algum lugar que já não me lembro mais) das quais me recordo de algumas, e como foi o meu ano de 2018 de um modo geral.

Imagem do Instagram da @tristezinha

Resultado: bateu aquele sensação de que não fiz porra nenhuma relevante, que sou um fracasso, um zerão à esquerda, mais looser que a Sierra Burges (que não tem nada de looser diga-se de passagem — muito Netlix addicted ela *uiuiu*)

Pensando um pouco mais a fundo, comecei a refletir sobre o que é relevância. As primeiras coisas que me vieram a cabeça quando pensei em coisas relevantes foram: arrumar um emprego com um bom salário fixo, morar em outro lugar, iniciar/concluir um curso de pós-graduação/especialização/mestrado, apresentar algum trabalho decente em algum lugar… Enfim, quase tudo referente à trabalho/carreira e decorrências materiais vindas daí…

E daí fazendo um retrospecto rápido me lembrei do seguinte: esse ano eu me reaproximei de amigas que não tinha contato há anos e se tornaram muito especiais, me aproximei da minha família, busquei me conhecer melhor… eu ouvi milhares de “nãos” e me mantive firme o quanto foi possível, comecei uma parceria de trabalho que ainda não me rendeu muitos frutos financeiros, mas, já me rendeu, no mínimo uma amizade de ouro… descobri que adoro minha companhia (nunca tive problemas em estar apenas comigo mesma), mas que ter contato com pessoas é importante de uma forma que desconhecia profundamente (poderia escrever um textão só sobre isso) e a verdade verdadeira é que PRA MIM essas poucas coisas que consegui lembrar são muito relevantes.

Talita escreveu um texto lindo aqui outro dia sobre querer medir a intensidade do outro com a nossa régua… Hoje eu gostaria de dizer que também não há como impor a nossa medida de relevância (especialmente no sentido emocional) para o outro, nem o contrário… Aliás, acho que é praticamente impossível querer medir qualquer coisas de fundo mais subjetivo que diga respeito ao outro com a nossa régua, com o nosso julgamento, com o nosso olhar, a nossa vivência. Porque somos muito diferentes e apesar dos clichês dessas listas de fim de ano fazerem parte das listas das maiorias das pessoas (emagrecer, fazer exercício físico, ter um emprego melhor, morar em outro lugar, ganhar mais de dinheiro…) pode ser que tudo isso na verdade nem seja tão importante lá no fundo, e nós só estejamos seguindo a boiada.

É claro que isso não quer dizer que "clichês" devam ser ignorados e desconsiderados. Não!… Eles fazem parte da vida e também devem ter sua devida importância.

Mas, de vez em sempre é bom não ignorar até as coisas que podem parecer mais banais… muitas vezes são elas que nos dão fôlego para chegar no mês 09 e acordar…

Daqui há alguns meses estarei reescrevendo minha metas (agora para 2019), o que vou escrever? Não sei… e você?

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