Sobre política, decisões e posicionamento

E porque precisamos de mais bom senso.

Eu nunca senti essa necessidade de me posicionar descomedidamente. Libriana raiz, sempre fico um pouco na dúvida. Mas não me entenda mal, é que eu prefiro investigar a sair por aí acreditando. Sobretudo em épocas de informações veiculadas em tempo e de maneiras absurdas.

A maioria dos assuntos suscetíveis a comentários de posicionamento muito bem definidos — contra ou a favor, principalmente — sempre me custaram alguns ou vários momentos de estudo. E eu não digo isso pra demonstrar que as minhas opniões têm características mais assertivas, mas pra ter o mínimo de certeza de que eu não estou apenas reproduzindo mais um discurso vazio.

Nos últimos dias vi uma quantidade enorme de pessoas posicionando-se de forma alucinada contra ou a favor dos candidatos à presidência e muitas delas apresentavam pouquíssimo conhecimento de causa. Certa de que política é um campo muito denso e por vezes obscuro, talvez não tenhamos como ter real consciência de tudo e nem compreensibilidade para absorver tantos números e termos específicos. Ou paciência/interesse mesmo — não que eu ache isso certo — mas está faltando discernimento.

Precisamos nos esforçar um pouco mais pra desenvolver a capacidade de avaliar as coisas com bom senso. E falta tolerância também. E respeito. Estimular o ódio para defender seus argumentos não faz de você alguém ousado ou corajoso, isso só comprova a sua falta de raciocínio, juízo, intelecto e qualquer outro sinônimo de inteligência.

Está faltando lembrar que depois das eleições os candidatos escolhidos exercerão o poder por pelo menos 4 anos. Está faltando lembrar que o medo de um governo autoritário, que beira à ditadura, não suprime o fato de que vivemos em uma democracia desigualitária.

Eu entendo que podemos conviver com divergências — com divergências políticas nós podemos dialogar — mas com ignorância, ódio, truculência e hostilidade não. Com isso não.