Liberto Cativo.

De: Gabriel Vaz

Redação Tudo Poesia
Tudo Poesia
2 min readFeb 16, 2019

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Ilustração de Wederson Arantes — Portfólio

Disse-me o amor:

“Me deixe nos braços do povo
No dorso de uma palavra qualquer
Que de tão qualquer
Passe de um para o outro,
Não num por um ouro de capital egoísta
Mas ativista que se divide em cama fina
Que afina com a capital dos amantes.
Me largue doravante
Em instante nenhuma,
Solto no vento do agora
Pela aurora do lençol
Fazendo o sol que tomba
Sobre noite, a dizer de pernoite.
Em uma olheira que cansada sorri
Pois coexiste no massacre da pele
De uma afogada paixão.
Afagado de realidade
Me lance na boca dos que se comem
No beijo faiscado dos não escondidos
Dos que se bebem aos goles dos dedos
Enrolados nos cabelos segredos
Da língua que encostando-se à orelha
Faz subir centelha de arrepio
Que frio, esquenta,
Molhando tantas mulheres com o prazer do anexo
Que esta no sexo dos olhos
Inebriando os cheiros dos corpos.
Porque… sou imaterial,
Porém matéria traz-me atributos humanos,
Assim vivo também em outro campo,
Canto oposto do rosto que olha
E se sente observado…
Em verdade peço apenas
Que me deixes em tudo que fizeres
E por aqueles que por ti e em ti passar.
Se não puderes e quiseres me cativar
Entenderei sua fraqueza,
Pois um dia lhe toco e te levarei liberto
Seguindo certo dos saberes de amar…”

Respondi: Amém.

Autoria de: Gabriel da Rocha Vaz.

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