Planeta Mulher.

Gabriel Vaz
Tudo Poesia
Published in
3 min readMay 14, 2018
Ilustração: Daniel Oliveira (DanInk Studios)

Tudo bem, todo mundo é feito de algo
Seja uma fé ou uma ideia…
E todos são feitos de um alguém…
Mas quem, e o que faz o alguém ?
E da onde vem?

Quem que poderia ser um mundo
E te envolver com o próprio corpo
Se fazer de horto que te alimenta
E nutre vida, para que você exista.
Seria esse alguém um planeta?

Quem que se colocaria em risco
Saindo da estado de conforto
Por seu próprio arbítrio
Impedindo uma Lei de Newton.
Fazendo-se possível
Dois corpos ocuparem o mesmo espaço…
Seria esse alguém, quem transcende as leis racionais?

Quem romperia o sono
Para que você cultivasse os seus sonhos
E num encanto de embalar
Te fizesse ninar até os medos escoarem
E soarem pequenos, diante a voz que canta
Para você dormir sereno(a) nos braços quentes
De uma sonolenta que por ti passa frio.
Seria essa, aquela que não entende onde termina ela e você começa?
Será que esse alguém é rio ou é mar?

O que move esta, que vezes leoa, vezes coruja ou ursa
Te embrulha mesmo quando crescido
A te lembra que seja o que você seja.
À ela você sempre será a menina ou menino,
Pequenino que necessita de sua mão macia
E fala bruta, para que na escola da vida
Saibas quem te educa…
O que é essa, que é professora e aluna?

Do que é feita essa mulher
Que por hora, talvez…
Não foste feito daquele ventre
Ou mesmo nenhum parentesco lhe tenha.
Mas que os seus olhos não lhe negam,
São as características que seus amores carregam.
Você não é dela,
Mas com ela é!
O que ela é?

Ela, mulher que é o “que”!
Mais do que “quem”!
Que para todos os efeitos,
Por mais que sejam milhares os seus defeitos,
Ela é!
Sendo qual for a cor ou raça ou etnia,
Sendo da sua ou de outra família.
Não sabemos muito bem o “quem” ou da onde vem…

Sentimos que é gigante planeta Mulher,
Transgressora de leis,
Eternidade do horizonte de rio e mar,
Professora e aluna,
Amor que doutrina e cuida.

Para todos os efeitos
É bom que fique claro
Que não sabíamos qual nome dar
Para essa energia impar do universo
Que certamente tem como base o amor.
Como a palavra amor já existia como sentimento,
Fomos a fundo nos nossos pensamentos…
E como cranças que somos
Balbuciamos uma palavra curta
Que não termina de significado.
Assim surgiu o dizer
Ao escapar da língua
E a escorregar pelo lábio:
M Ã E

Autoria de: Gabriel da Rocha Vaz.

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Gabriel Vaz
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Aprendiz do amor na tentativa de ser. Difícil dizer o que sou, quando acredito que ainda vivo no caminho que aprendo. E nessa limitação estou.