XX.

Poesia em homenagem à mulher.

Gabriel Vaz
Tudo Poesia
Published in
3 min readMar 8, 2018

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Efetivamente minha tarefa
É obra incompleta
Repleta dos buracos
Que não irei preencher.
Mas minha tentativa
Se esmera em humildade
E mesmo que não seja completa
Persevera minha vontade
Com Elas aprender.
Ser única sendo muitas,
Os historiadores tentaram a esconder.
Mas verdade é força que triunfa
E hoje lentamente se revela o obvio,
A inteligência que desde sempre impera
Na vida, no presente e no passado
De cada uma que vem a ser…

Poli-Valência!

Força da nascente,
Casa daquilo que somos.
Bem antes de qualquer cromossomo
A equidade deve ser estabelecida
Pois na lida evolutiva que compomos,
Só compomos por causa delas!

Elas!

Do sufrágio de quem se fez escárnio
Que foram sufocadas pela desgraça
De nossa ignorância que ainda contemplamos
Na hora que se vive, por apetite desleal
A espancar na folha salarial,
Nos direitos da esfera mundial e nas tortas diretrizes
De um falso e maldoso padrão social,
Que a nós por séculos e séculos ainda chega.

Chega!

Chega de violência física e mental,
Chega do padrão educacional!
Que se finda a ideia de obriga-las
A senta-las e de cruzarem as pernas.
Que elas façam o que bem entender com elas,
Que cruzem ou descruzem que abram ou fechem.
Que as fiquem nuas em shorts
Ou nos xotes que se vistam de saia
E que as rode no bailar das praças
E ruas na cultura do vento de ir onde querem,
Merecem e se estabelecem suas vontades.
Que os seios estejam do jeito que elas
Se sintam a vontade.

Vontade!

Que suas vozes se ampliem pela orbe
Que elas destronem velhos reis
Que ponham fogo em velhas leis.
Deixem ser calmas ou ferozes,
Pois em verdade não há o que permitir
Ou “deixar”.
Somos seres únicos e a própria vontade
De agir ou falar é direito,
Sem questão de deixar ou possuir,
É ir aonde se faz o justo!

Justo!

Justo sem necessidade de haver
Explicações da roupa justa.
Justo sem haver necessidade
De ter que argumentar sobre suas escolhas.
Justo pelo livre arbítrio dos corações
Sem mais justificativas.
Justo de dizer “NÃO” numa liberdade
Que só a equidade pode testemunhar.
Justo de eu não me desculpar por dizer
Que o feminismo não é só bom e justo,
Mas necessário para evolução social
E espiritual seja qual for sua base moral.
Há uma beleza e força infinita
Na pupila que espelha a alma da mulher.
Por ser tantas em uma, por ser uma em tantas,
Por apenas ser mulher.
Por ser mãe que amamenta e orienta
Pelo seio da vida.
Ou por ser mãe apenas
Ou a que gera ou que ensina.
Por ser mulher e ser professora ou artista,
Ou medica, enfermeira, atleta, empresaria
Faxineira, motorista, presidente, dona…
Por ser mulher e ser amante, esposa,
Companheira, parceira, amiga…
Por ser mulher e ser heroína, vilã,
Guerreira, contadora de história, anciã…
Por ser mulher e ser Inteligência, Sabedoria,
Sacerdotisa, Cientista, Pastora, Mãe de Santo…
A mulher certamente é uma força fecunda e infinita
Da natureza e só existe o “sempre”,
Pois tudo começa com esse ser…
Com o ser

Mulher!

Gabriel da Rocha Vaz…

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Gabriel Vaz
Tudo Poesia

Aprendiz do amor na tentativa de ser. Difícil dizer o que sou, quando acredito que ainda vivo no caminho que aprendo. E nessa limitação estou.