Educação Física obrigatória: o problema é realmente esse?
Durante a minha pós graduação em Marketing Esportivo, perdi a conta de quantas vezes defendi que, para nos tornarmos uma grande potência no esporte, era preciso reforçar a base.
Mas que base é essa? A escolar, é claro! Precisamos ir muito além da educação física obrigatória que, convenhamos, é uma verdadeira piada.
Quando o atual governo supostamente tirou a educação física da grade obrigatória do ensino médio, minha timeline se encheu de textos indignados com a nova medida (a maioria de autoria de meus colegas da Pós).
A revolta não é pela retirada da educação física em si (pelo menos, não na minha visão). O problema é ainda maior, já que não temos times, escolhinhas e clubes com base fortalecida, como será o futuro do esporte? Essa disciplina no colégio faz despertar o atleta que há dentro de cada um de nós e retirá-la da grade faz com que os adolescentes se distanciem ainda mais do esporte.
“Se vc tem um corpo, você é um atleta”
Bill Bowerman, co-fundador da Nike
A educação física em si já é fraca. Falta dedicação, foco, disciplina. O que vemos hoje é uma “matéria” que todos tiram nota dez sem fazer esforço algum. Mas se ficamos em décimo terceiro lugar no quadro de medalhas das Olimpíadas e em oitavo lugar nas Paralimpíadas, mesmo com essa base lamentável, imagina se levássemos o esporte um pouco mais a sério?
Fico extremamente preocupada quando me deparo com discussões que estão limitadas ao fato da educação física ser ou não obrigatória. Definitivamente, esse não é o cerne da questão. Precisamos de projetos que transformem o esporte escolar em uma disciplina que vai muito além dos exercícios físicos e “uma disciplina a menos para nos preocuparmos ao final de cada bimestre”.
É necessária uma reforma completa do ensino fundamental e médio, algo que não “tape o sol com a peneira” assim como é feito com cotas em universidades e bolsas-família.
O esporte tem o poder de transformar as pessoas! Mais que isso, o esporte nos ensina valores como disciplina, respeito e comprometimento que são imprescindíveis para a formação de qualquer ser humano, sejam eles atletas, professores, publicitários ou médicos.
Continuaremos “tapando o sol com a peneira” achando que a Educação Física não-obrigatória é um retrocesso ou exigiremos um plano conciso para transformar a educação básica do nosso país?
Se você gostou clica no ❤ logo abaixo e compartilhe o texto nas suas redes sociais :)
NÃO DEIXE DE SEGUIR O TSN AQUI NO MEDIUM clicando no botão “FOLLOW” logo mais abaixo!