O poder e o valor da informação

Quanto vale a informação? É um bem tangível? É possível atribuir algum valor real? Se sim, por parte de quem?

Fabio Ismerim
Tudo sobre Nada
Published in
4 min readApr 1, 2016

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Seu maior ativo é a informação — Gordon Gekko

Há uma certa razão nisso e confesso que é difícil de discordar. E veja, isso lá em 1900 e guaraná com rolha ( o filme é de 1987), no tempo em que a velocidade de circulação das informações e notícias não era nem próximo do que é hoje.

Hoje é o real time. Jornais que são impressos à noite e madrugada dentro já circulam defasados.

Você é o veículo (Clay Shirky)

O conhecimento, cultura, a informação são os fatores que dão valor ao ser humano. É o que te compõe. É o que faz ser quem você é.

Hoje temos de filtrar, escolher o que devemos ler e assistir. Não há a mínima possibilidade de ler tudo, curtir todas as paginas de notícias no facebook, sua timeline no twitter, instagram, medium, o jornal ou revista que você está assinando (oi?). Você mesmo faz sua curadoria e quando não, eles fazem pra você (olá algoritmos!!).

O fato é que a informação, que já é importante por si só, ganhou mais um aliado: a velocidade. Fazer com que a informação circule da forma mais rápida possível dentro da rede, e quando me refiro a rede não me refiro tão somente as redes sociais e internet, mas também a comunicação entre as pessoas dentro de uma empresa ou qualquer outro grupo, é um fator fundamental em qualquer aspecto.

A day to remember

O 11 de setembro talvez seja a data mais memorável para as pessoas que presenciaram, viram, assistiram o ocorrido. Todos lembram o que estavam fazendo naquele dia e naquele exato momento em que a tragédia aconteceu. Há várias explicações científicas para isso. O Daniel Kahneman, nobel de Economia em 2002, diz em seu brilhante livro, Rápido e Devagar: duas formas de pensar, que um dos motivos do terrorismo atrair tanta atenção e causar esse efeito em nossa memória, é que ele lida com o “medo” e é reforçado por outros fatores externos.

…Minha experiência ilustra o modo como o terrorismo funciona e por que é tão eficaz: ele provoca uma cascata de disponibilidade. Uma imagem extremamente vívida de morte e destruição, reforçada constantemente pela atenção da mídia e pelas conversas frequentes, torna-se altamente acessível…”(Daniel Kahneman, 2011)

O ocorrido ganhou os noticiários por SEMANAS em todo lugar do mundo e em todos os veículos de comunicação. Para onde quer que você olhasse, o que quer que escutasse, assistisse, o assunto era esse. Conversas com seus amigos na escola, trabalho, almoço de domingo, happy hour, o assunto não era outro se não a cena dos aviões colidindo no símbolo da nação norte americana. Tudo isso e outras coisas levaram as pessoas mais distantes, de todas as formas possíveis, a compactuar e se solidarizar com as vítimas e com o país de uma forma geral.

Foi chocante. Foi triste. Foi trágico.

Foi tudo isso e muito mais para quem estava lá. Para quem estava perto. Para quem perdeu familiares. Para quem escapou por pouco.

E para quem poderia tentar, ou talvez até evitar, o ocorrido.

É difícil falar que algo podia ser evitado olhando pelo retrovisor. Nassim Taleb, em seu livro A lógica do Cisne Negro, chama isso de falácia narrativa. Temos uma forte tendência a encontrar explicações para tudo, principalmente depois do ocorrido. Falácias narrativas surgem inevitavelmente de nossa tentativa contínua de extrair sentido do mundo.

O memorando Phoenix

O memorando Phoenix foi um memorando que se perdeu dentro do FBI. Antes do11 de Setembro, o FBI era uma instituição vergonhosa, deprimente e burocrática quando se tratava de processos operacionais e comunicação interna. Tudo demorava, tinha que ser feito em 3 vias, assinado,carimbado, etc etc etc. O que aconteceu foi que um funcionário do FBI identificou um padrão estranho de imigrantes árabes se alistando nos EUA para praticar aulas de pilotagem de avião. Eram muitos. Ele resolveu checar, e fez um breve relatório para alertar o FBI sobre sua suspeita. Esse memorando simplesmente se perdeu. Foi parar no que gosto de chamar de LIMBO. Não foi dada a devida atenção, e entre as dificuldades e burocracias de se comunicar, o memorando caiu em alguma gaveta qualquer e foi lembrado semanas depois do atentado.

A comunicação e agilidade nas informações facilitam a identificação de problemas e consequentemente uma melhor tomada de decisões. E podemos ir um pouco mais atrás na história se quisermos. Fiz um texto sobre este assunto, onde o contexto histórico é a segunda guerra mundial.

Como a comunicação é feita na sua empresa? As tomadas de decisões, a liberdade de sugestão de agir são restritas? A hierarquia é algo como uma barreira quase intransponível? Comente aí e vamos trocar uma ideia :)

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