Todo rascunho é uma bosta!

E isso pode te ajudar a começar

Fabio Ismerim
Tudo sobre Nada
Published in
3 min readFeb 22, 2016

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Todo inicio é um esforço. Um caminho que você sabe que será longo, difícil e que muitas vezes não se sabe onde é o final, se é que existe algum.

Mas é preciso começar.

A batalha árdua contra o papel ou a tela em branco esperando receber as primeiras palavras. Ao mesmo tempo que aquela imagem tê dá uma certa “liberdade” para você criar e dar vida a algo à partir do zero, ela também pode te fazer recuar com uma certa insegurança e incessantes perguntas: “Como começo? Será que vai ficar bom? Ninguém vai ler. Depois eu faço, to sem inspiração”

A autossabotagem.

Coloco o exemplo da escrita apenas para simpatizar com o dilema que, acredito, muitos que produzem conteúdo aqui no Medium passam. Mas podemos extrapolar e fazer este exemplo transbordar para outras mídias. Outros formatos. Outras áreas e produtos.

Ed Catmull, co-fundador e presidente da Disney Pixar, bate muito nessa tecla no seu livro Criatividade S.A. Uma empresa cujo o produto tem na qualidade um fator significativo para o seu sucesso, encontra uma enorme dificuldade no processo inicial dele.

Ed diz que se alguém visse os primeiros desenhos, ou os esboços de qualquer filme da empresa, jamais apostaria no sucesso dele. Lá existe um processo em que os criadores devem apresentar os primeiros rabiscos com a ideia inicial do filme que querem produzir. Em seguida, depois de alguns meses, eles apresentam o primeiro rolo com as animações. Algo muito, muito básico, com personagens principais se movimentando de forma limitada enquanto os criadores vão apresentando a história e contando um pouco sobre os personagens.

Woody foi redesenhado uma porção de vezes. No início ele tinha uma cara meio…maldosa.

Catmull diz que a grande dificuldade nesse ponto é a de conseguir visualizar aquele rascunho pronto, lá na frente. Exige um certo esforço e compreensão de assimilar que aquilo ali é um rascunho. Um mero esboço, feio, e que você não pode se deixar levar pela qualidade ali. Não é fácil e exige uma mente aberta e treinamento.

Nos negócios

Eric Ries, autor do livro A Startup Enxuta, diz que você deve coletar feedback dos clientes o mais rápido possível. Você deve colocar um rascunho, uma versão beta, do seu produto no mercado ( o que ele chama de MVP em inglês — Poduto mínimo viável) e coletar o máximo de informações que puder dos clientes tendo a noção, tanto você como seu cliente, de que aquilo é um protótipo e que sofrerá ajustes e refinamentos no decorrer do percurso.

Recentemente passei a iniciar todos meus textos com o título deste. Todos meus rascunhos começam com este título: TODO RASCUNHO É UM LIXO. Obviamente que depois de pronto eu mudo o título, e alguns dos textos eu até já o tenho pronto, mas é a última coisa que ele recebe. Alguns textos permanecem rascunhos por meses e talvez nem saia disso.

Mas você precisa começar.

O que você precisa saber e ter em mente nos primeiros passos é que TUDO COMEÇA FEIO E RUIM.

Talvez isso te ajude a escrever a primeira letra do seu texto, do seu código, do seu vídeo. Do seu PRODUTO.

Talvez isso te ajude a realizar um ato que muitas vezes é o mais difícil de todo o processo: dar o primeiro passo.

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