dicionário de economês: vamos esclarecer esse mistério?

Gabriel Alves Vasques
tudosetransforma
Published in
5 min readJun 22, 2020

Traduzimos os principais termos utilizados no mundo dos investimentos e da economia para o bom português

Dizem que economia e investimentos são assuntos apenas para especialistas, mas eu discordo! O vocabulário de “economês” (aquele dicionário cheio de termos técnicos e siglas usados quando o tema é finanças) pode ser considerado algo distante do cotidiano da maioria, mas não é impossível de entender.

Não se preocupe, estou aqui para te ajudar nessa! Traduzi para vocês os principais termos utilizados no universo financeiro.

Bora simplificar? Vem comigo!

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Rendimento

O rendimento, com toda certeza, é o termo mais importante e perseguido no mercado financeiro. Representa o retorno que se tem sobre o investimento que foi realizado e pode ser definido antes de investir, nos investimentos com taxa pré-fixada, ou na hora de resgatar o que foi investido, com a taxa pós-fixada.

Geralmente, é descrito por uma porcentagem de rendimento dentro de um período. Vejamos o exemplo abaixo:

Vamos supor que você faça um investimento de R$ 1.000,00 com rentabilidade de 3% ao ano. No fim desse período, você terá acumulado R$ 1.030,00. Ou seja: R$ 30,00 de rendimento.

Bacana, né?

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Indexadores

Os indexadores são taxas usadas como base para reajustar ou indicar como anda a economia durante um determinado período. Os mais conhecidos, e geralmente citados nos noticiários de economia, são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a Taxa Selic.

No mundo dos investimentos, principalmente nos de taxa pós-fixada, eles influenciam diretamente no percentual de sua rentabilidade.

Taxa Selic

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia ou, simplesmente, Selic é a taxa básica de juros do Brasil.

Ela tem influência direta na inflação e no crédito de modo geral, pois serve de base para todas as demais taxas de juros das operações de crédito e dos investimentos. Ela é definida nas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, que acontecem a cada 45 dias (oito reuniões por ano). Elas têm “o poder” de decidir quanto será a taxa para o próximo período, até que ocorra a próxima reunião.

Muito legal!

Título Público

Você sabia que o Governo também pega empréstimo? O Título Público nada mais é do que um empréstimo que o Governo faz por meio da venda de papéis emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão ligado ao Ministério da Economia.

Dentro desse tópico, vale ressaltar o Tesouro Direto, programa desenvolvido em 2002 para venda de títulos públicos para pessoas físicas de forma 100% digital. Um dos principais indexadores dos títulos públicos é a taxa Selic.

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IOF

O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo Federal, pago por pessoas físicas e jurídicas (as empresas) a cada operação financeira realizada, ou seja, empréstimos, investimentos, câmbio de moedas, entre outras.

O IOF é cobrado apenas sobre o rendimento dos investimentos, não sobre o valor total investido. Confira no exemplo abaixo:

Vamos supor que você fez um investimento de 15 dias e obteve R$ 30,00 de rendimento. A taxa de imposto para esse período é de 50%, ou seja, metade do rendimento obtido, R$ 15,00.

Vale ressaltar que a tabela desse imposto é regressiva em relação ao tempo do investimento, ou seja, quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, menor é o percentual de IOF cobrado sobre seu rendimento. Investimentos acima de 30 dias, não pagam IOF. Nadinha mesmo. Zero!

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Imposto de Renda

O Imposto de Renda (IR) é o tributo mais famoso do Brasil. Como próprio nome diz, é o imposto sobre a renda de pessoas e empresas. Que nunca ouviu falar no “Leão”, não é mesmo?

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No mundo dos investimentos, em alguns casos, ele é cobrado diretamente do rendimento (ou, como costumamos dizer, “direto da fonte”), obedecendo também uma tabela regressiva: quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, menos imposto você pagará, sendo o valor mínimo 15% do rendimento.

CDI

Se lembra que eu disse ali em cima que o Governo também pega empréstimo? Pois é, o mesmo acontece com os bancos. Uma das formas de empréstimo utilizada pelos bancos é por meio do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Pode até parecer estranho, mas algumas instituições precisam tomar empréstimos rápidos com outros bancos — pelo período de um dia útil. E a taxa de juros que controla esse empréstimo entre os bancos é, justamente, o CDI.

Vale lembrar que o CDI não é um investimento. Porém, a média de juros cobrada nesses contratos de empréstimo rápido entre bancos serve como parâmetro para outros diversos investimentos como, por exemplo, o Certificado de Depósito Bancário (CDB).

Agora que tudo está bem explicadinho, o assunto não é tão difícil quanto parece, né?

Tenho certeza de que ficou mais fácil entender o que acontece no universo da economia e dos investimentos.

Fica ligado que, em breve, eu volto com mais novidades sobre esse tema ;)

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