Infografe

Como e porque usar infográficos para criar visualizações e comunicar de forma imediata e eficiente.

Munick Rodrigues
Tv Pet Brasil
4 min readMay 1, 2018

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Por: Elza Ribeiro

O assunto de hoje é infográfico, trazemos à você uma resenha do livro Infografe, do autor Mário Kanno, da editora Infoline.

O Infografe é voltado para profissionais da área de comunicação que primam por proporcionar um jornalismo com qualidade transmitindo a mensagem não somente através de texto, mas enriquecendo o entendimento do leitor, proporcionando a satisfação do mesmo através da iconografia com o uso de fotos, infográficos e ilustrações.

O jornalismo visual combina estrategicamente os textos e imagens tornando a comunicação jornalística mais eficiente ao suprimir ou substituir parte do texto em virtude da utilização de percentuais, cotas, legendas, textos em tópicos e o uso de diagramas, simplificando o que era complexo.

O livro trás o contexto histórico e conta sobre a introdução da imprensa, como o processo industrial e a tecnologia contribuíram para introduzir a linguagem não verbal e formalizá-la como forma legítima de registrar e transmitir a informação. Bem ilustrado ele demonstra a evolução tecnológica texto + imagem na “Folha da Noite”, atual “Folha de S. Paulo”, de 1921 até os dias atuais, passando pelo uso da tipografia manual, linotipia, impresso em off-set, sistema eletrônico de foto composição, infografia e paginação eletrônica. Menciona como na década de 90 o uso da cor foi intensivo e até mesmo exagerado. Nos anos 2.000 o projeto gráfico visava leitura mais rápida e tinha o infográfico como diferencial de qualidade e contrasta que em 100 anos migramos de 0% para 60% de imagem nas capas de jornais.

O Infografe reforça por exemplificação de como textos e imagens integrados atingem um resultado melhor, além de servirem como arma de convencimento em campanhas. O livro é um verdadeiro manual de como produzir infográficos, escolher o estilo correto, tais como mapas, gráficos (linha, barras, pizza, área) e diagramas ilustrados. O planejamento é fundamental e envolve a integração dos jornalistas de texto e de imagem, no qual a equipe deve estar alinhada. O uso de infográficos não precisa ser complicado, as informações devem ser apresentadas de forma quem fiquem fáceis de serem visualizadas e compreendidas.

Mario Kanno, autor do livro é formado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), atua na Folha de S. Paulo e Editora Abril, além de dirigir o Estúdio Kanno de Infografia. Recebeu várias premiações pela sua obra, entre eles o prêmio Folha de Jornalismo, Abril e Esso e prêmios internacionais na SND (Society for News Design) e Malofiej. Lecionou Infografia no IED-São Paulo, é professor convidado de Infografia e Jornalismo Visual na ECA-USP para o curso de graduação em Jornalismo e de Infografia na EPA e no IED. Mario Kanno também foi organizador da Mostra Nacional de Infografia e é membro do INFOLIDE, grupo de designers e jornalistas que promove encontros, cursos e palestras voltados ao aprimoramento do jornalismo visual e infografia. Com um currículo invejável, possui autoridade e fala com propriedade sobre erros em gráficos que devemos evitar e atitudes assertivas ao criar infográficos e ilustrações arte-texto. Dos erros selecionados pelo autor estão legendas confusas, números não comparáveis, intervalos cronológicos irregulares, proporção incorreta, fontes suspeitas ou não confiáveis, entre outros.

Ele não foi o único a se atentar para essa temática, Ary Moraes em seu livro Design da editora Blucher, aborda os aspectos metodológicos ligados à produção de notícias do ponto de vista do design, e o livro Infografia: do conteúdo à imagem da editora Infobase Interativa afirma que o uso de gráficos e imagens acompanhados de um texto é um método para deixar a informação mais dinâmica e descomplicar o assunto, concordando com os métodos de Kanno.

As pessoas no geral possuem muita dificuldade em adotar uma retórica visual. O autor é coerente em afirmar que os tipográficos, gráficos, mapas, ilustrações ou fotos são recursos e que devem ser usados. O objetivo principal é informar com qualidade, no impresso ou no digital. Um material extremamente relevante para jornalistas que pretendem atuar em qualquer esfera d

a comunicação. Os argumentos de Kanno são fundamentados em sua própria experiência e elucidadas através de uma grande gama de materiais colecionados de revistas e jornais nacionais, demonstrando como está avançada essa técnica e paralelamente a necessidade de se aprimorar como profissional.

Mário Kanno

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Munick Rodrigues
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