Chega de urgências, eu prefiro calmaria.

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Somos uma geração barulhenta, cheia de urgências desnecessárias que são impostas a todo custo. Há momentos em que urgências se transformam em vícios que nos fazem fraquejar, aqueles momentos em que precisamos tomar decisões complicadas, e que exige uma certa responsabilidade da gente. Eu sei, uma hora a gente precisa que uma urgência de amor, felicidade e reciprocidade entre logo em nossa casa. Calma, antes que esse texto seja interpretado de uma forma controversa, eu deixo claro que, aqui é apenas uma forma de mostrar como nossa geração procura preencher vazios com impaciência.

Pensa um pouco, analisa às prioridades que a nossa geração impõe a todo custo. Urgência de redes sociais, de status, de amizades curtas, de dinheiro e aquela urgência que fazemos questão de suprir, a do prazer. A gente condiciona pressa e ignora o fato que aguardar pelo inesperado é uma forma completa do contentamento. Formamos um plano perfeito pra tudo, desenhamos e escrevemos nossos planos sempre com voracidade, mesmo sabendo que estamos fadados à ficar de cara com o erro. É fato, tudo que fazemos baseado em mansidão, aumenta as chances da certeza.

Por natureza, a gente demostra inquietude em nossas atitudes. Mesmo os mais silenciosos e pacientes acumulam ruídos na mente que precisam ser decifrados. E por mais que andemos lado a lado com a tranquilidade de saber esperar, sempre precisamos de alguém para ouvir nossos ruídos, de alguém que interprete nossos sentimentos guardados e ajude-nos a colocar eles pra fora em voz alta. É preciso que haja essa troca de cumplicidade nos silêncios e também nos barulhos. Se existe equilíbrio entre coisas rotineiras da nossa vida, a sensação de clichê nunca vai acumular debaixo em nossas paredes.

Chega de ansiedades, abre um espaço nessa bagunça, arruma essa postura inclinada pro erro, senta um pouco, e acomoda um pouco de calmaria.

Por: @umplural

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