É um cansativo, não vou negar.
Não é que seja um esforço involuntário que demande cuidado redobrado, é natural e flui suavemente.
É como respirar.
Mas as vezes é como respirar embaixo d’água.
Não fomos feitos para isso, nosso corpo não consegue lidar com o oxigênio presente na água e é basicamente o mesmo que precisamos para sobreviver.
Estranho, né?
É assim que eu me sinto às vezes, depois de fazer o que sempre faço.
É meio controverso, eu sei.
Não gosto de mergulhar fundo nas coisas ao mesmo tempo em que me doou 100% em tudo que me proponho a fazer.
É apenas intensidade? Não sei, mas essa sou eu.
E cansa dar tudo de si em situações que te devolvem apenas partes desiguais de proporção limitada e que, se parar pra pensar, não valem a pena.
Não vale a pena se doar e não receber o mesmo de volta.
Colocar sua energia em uma pessoa ou situação que não te recarregue, se esforçar para ter o mínimo.
É a famosa reciprocidade, né?
Tanto falamos dela mas na prática é bem mais fácil de visualizar.
Eu costumo dizer "não se doe para quem não te acolhe" e no final eu acabo me colocando nessas situações.
É, eu deveria seguir meus próprios conselhos e poupar minha energia.
Mas receio que eu acabe criando uma barreira e perca de vista pessoas que merecem o meu melhor por culpa de alguns que não souberam valorizar isso em mim.
São reflexões de uma madrugada de carnaval, não me levem tão a sério.
No entanto, se você perceber alguma mudança em mim, pode apostar que
a culpa é totalmente sua.