1º NodeGirls de Porto Alegre

Cami Martins
Umbler News
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5 min readDec 20, 2017

Hoje eu vou falar sobre uma coisa incrível que rolou na última terça-feira (12/12), que foi o NodeGirls! Lembro quando o Henrique Schreiner me convidou para começar uma iniciativa de mulheres, mas que obviamente ele não poderia encabeçar por alguns motivos óbvios (haha). Então, depois do insight que teve lavando louça (!), pensou em me chamar. E claro, eu adoro um desafio, topei na hora!

Fizemos uma reunião e comecei a tocar ficha no projeto. Marcamos uma data e começamos a correr atrás de pessoas e patrocinadores que poderiam nos ajudar. A Umbler, como sempre, se disponibilizou totalmente, ajudando com brindes, ideias e espaço para divulgação. Sou grata também a Thoughtworks, que patrocina o Meetup do Node.js de POA (onde surgiu o NodeGirls), em especial a Tânia e a Luiza, que auxiliaram com a organização. A TW patrocinou o coffee e disponibilizou um espaço incrível, com direito a projetor e vários computadores para a realização do DOJO :)

Pra quem não conhece, DOJO é uma técnica em que as pessoas vão codando de acordo com exercícios ou fluxo. Às vezes pode ser sozinho, às vezes em par ou até mesmo em grupos, com mais pessoas assistindo e auxiliando no código.

O evento foi organizado na plataforma Meetup, com a base do NodePOA, e só no primeiro evento já haviam 75 pessoas confirmadas. Fiquei apavorada, mas muito feliz. A gente sabe que nem todo mundo que confirma, participa de fato do evento. Em torno de 25 mulheres participaram nesta edição do NodeGirls. Mas convenhamos, é um número incrível, não é mesmo?

Só mulheres maravilhosas participaram do NodeGirls, entre as 25 haviam meninas que venceram ou lutam contra o machismo em escolas, faculdades, no trabalho ou na família. Toda mulher tem uma história desse tipo pra contar, né? A Rob, que deu uma palestra muito massa no Roadsec (e já tinha falado dela aqui), a Tatiane que foi uma das coordenadoras da trilha TDC Women em Porto Alegre, organizadoras do DjangoGirls, participantes do AfroPython, RH’s de empresas e startups que estão querendo conhecer mais sobre as maravilhas da diversidade na TI, etc… Nossa, se eu pudesse falar um pouco mais dos nomes e das mulheres incríveis que conheci naquele dia eu ficaria um mês inteiro escrevendo esse post.

Mas vamos pro foco: comecei falando como foi a iniciativa. Como surgiu, quem patrocina, expliquei questões como o Call4Papers (envio de palestras), sugestões e também sobre a diversidade no evento. Homens podem particiar também, se quiserem. Precisam conhecer nossa realidade e nos ajudar a enfrentar o machismo e a opressão no ambiente de trabalho. Ninguém quer ser inimigo de ninguém, já vimos que isso não dá muito certo, né? O importante é todo mundo se unir pra acabar com o preconceito contra mulheres dentro da TI — e de qualquer lugar — ninguém merece ser assediada, das mais diferentes formas, em qualquer local, né? É aquele velho bordão: juntos somos mais fortes!

Depois de apresentar o evento, comecei explicando Node e seus conceitos básicos: o que é, como funciona, quem criou, no que auxilia, vantagens e mostrei também alguns códigos simples, como um hello world e também um chatzinho funcionando em socket.io, que é uma ferramenta muito legal para realtime :)

A melhor parte: O DOJO! Eu não gosto muito quando um meetup é só de palestras, acho importante que existam momentos de interação com a plateia. Um exemplo são os fishbowls, talks rapidinhas com direito à plateia apresentar projetos, entre outras coisas. A intenção era incentivar as meninas a codar. E nada melhor que fazer isso botando a mão na massa!

Foi muito lindo! Os computadores eram Mac, e eu, sinceramente, não estava acostumada, a maioria do pessoal também não. Errávamos o código às vezes, nos perdíamos nos comandos, mas uma tava sempre ali ajudando a outra, berrando o código certo, esperando a outra terminar… Era exatamente isso que a gente queria. Essa história de rivalidade feminina? Pffff, aqui não, aqui foi tudo umas pelas outras. Foi muito legal!

Utilizamos o curso RealTime Web with Node.js da CodeSchool.

Depois rolou a talk da Inajara e da Júlia falando sobre testes em Express com Mocha e Chai. E como são “chás”, elas deram alguns exemplos de receitas. Achei muito legal!

Tivemos então o momento mais emocionante da noite: desligamos a transmissão, pedimos licença aos homens e, após uma enquete com as gurias, fazemos um fishbowl exclusivamente feminino. Foi emocionante ouvir os depoimentos e ver que uma ajudou a outra, deu conselhos, abraçou. Foi lindo! Teve choro, abraço, grito de guerra… Quem diria que no primeiro evento seria assim, com esse conforto, esse calor.

Foi uma experiência emocionante e o que eu deixo de lição para qualquer uma é que se você não sabe, se é iniciante, não tem problema. Se você acha importante ter no seu local de trabalho, na sua cidade ou onde você estuda uma iniciativa com foco em mulheres, FAÇA! A sensação é muito boa no final.

E já tem NodeGirls de novo. Pelo sucesso e “by popular demand”, vai rolar na DBServer de Porto Alegre, no Tecnopuc, um novo NodeGirls! Será dia 23 de janeiro, às 19h. Quer saber mais? Confere aqui.

Obrigada a todos por essa oportunidade maravilhosa e nos vemos na próxima!

Obrigada também aos organizadores do NodePOA, em especial o Marcelo da Ilegra e o Henrique da E-Core, pelo incentivo e ajuda na organização física do evento.

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Cami Martins
Umbler News

Tenho 20 anos, sou paulista e moro em Porto Alegre desde 2015. Trabalho atualmente como programadora na Umbler, uma empresa de Cloud Hosting sob demanda.