Migrei de Front-end para UX Designer — Dicas para uma transição sem sangrar

Sábado (03/06) contei um pouco da minha experiência como desenvolvedor web e meu ponto de vista sobre a transição de Front-end Developer para UX Designer. Resolvi escrever esse artigo para que todos recebam a mesma mensagem que passei naquele sábado. Confira.

Fernando Moreira
UmdevUX
4 min readJun 4, 2017

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Palestra: "Migrei de Front-end para UX Designer" no 19º Encontro Locaweb em Curitiba

Um pouco da minha história

Comecei minha carreira como desenvolvedor web no ano de 2008. Naquela época era comum fazer tudo, design, programação, configurava servidores e colocava em produção, isso era bem comum. Os profissionais que faziam dessa forma na época ainda eram chamados de web designers ou webmasters, como preferir.

Eu tinha iniciado um curso de Web Design, sabia trabalhar com Photoshop, illustrator, Fireworks e CorelDraw, então eu tinha um "pezinho" no design.

Nessa mesma época estava surgindo a divisão entre front-endeiros e back-endeiros, e o termo front-end ainda era novo aqui no Brasil. Eu decidi entender mais sobre e me aperfeiçoar no assunto.

Passei por algumas agências web, trabalhando com inúmeros frameworks web e gerenciadores de conteúdo. Foi então que conheci o WordPress (com quem sou casado até hoje).

Com o WordPress eu pude deixar o meu lado "Back-endeiro" de lado, pois não precisava me preocupar em programar (reinventar a roda) coisas como autenticação de usuários, cadastro de imagens, blog, etc, e pude focar mais no front-end de cada projeto que pegava.

Com o WordPress eu pude focar mais no front-end e no usuário.

Então virei front-ender de verdade!

Eu sentia que ainda faltava algo, não estava entregando valor, apenas entregava sites. Eu era apenas um "Fazedor de sites".

Foi então que em 2015 eu comecei como Desenvolvedor Front-end na MalaPronta.com, onde comecei a trabalhar em um produto único, pude entregar valor e ainda melhor, focar em apenas uma única area, o Front-end.

Em 8 meses de trabalho eu tinha aprendido muito sobre desenvolvimento ágil, performance e trabalho em equipe. Conheci muitas coisas legais focadas no front-end como, sass, gulp, nodejs, arquitetura de projetos, e muito mais.

Quando a MalaPronta.com fechou eu fiquei meio sem rumo, fiquei sem saber o que fazer depois. Após isso, comecei no Pipefy, onde trabalhei por quase 1 ano e onde também aprendi muitas coisas sobre time e coisas técnicas.

Oportunidade.

Comecei trabalhar na LojasKD em setembro de 2016, onde estou até hoje. Entrei no time técnico como desenvolvedor front-end e trabalhei nessa função até final de janeiro de 2017.

Nunca irei esquecer a oportunidade que a LojasKD me deu ao acreditar que eu podia ser o UX que eles precisavam.

Trabalhei exercendo duas funções (front-ender e UX Designer) durante mais 3 meses, quando conseguimos contratar um outro front-ender para então ficar 100% como UX Designer.

Demorou um pouco para a ficha cair.

Muitas coisas parecem óbvias, mas para mim no começo não era.

O profissional de UX precisa conhecer um pouco de quase todas a áreas que o rodeia. Desde o time de tecnologia e criação, passando por marketing e estatísticas, até BI e negócio. E eu era do time de tecnologia e conhecia um pouco sobre design.

Demorou um pouco para a ficha cair e eu perceber que eu não era mais front-ender.

Demorou um pouco para e eu perceber que eu não fazia mais parte de um único departamento (TI), mas de todos os departamentos.

Hoje eu sou uma das pessoas que fazem parte do sucesso do produto e se eu não me preocupar com os números meu trabalho na LKD não faz sentido.

Hoje eu me pego as vezes ajudando o front-end a fazer melhorias no código, então eu me considero ainda um front-ender/UX designer, mas ainda a maior parte do meu dia é olhando números, fazendo testes, pensando em estratégias para melhorar o produto. Fazendo coisas de UX. :)

Você também pode!

Caso você queira mudar de área, assim como eu fiz, vou deixar algumas dicas, coisas que eu gostaria que tivessem me dito quando comecei.

1. Não deixe de estudar

Ensine seu corpo que isso é bom e ele não vai desanimar quando for a hora de mudar.

2. Você pode fazer!

Não deixe que as pessoas digam que você não pode fazer.

3. Vai lá e faz!

Se você quer que alguém saiba, FAZER é o caminho.

4. Aceite críticas

Aceitar as críticas pode te ajudar a encontrar o caminho mais rápido.

5. Saia da zona de conforto

Sempre que puder mude algo em sua rotina, isso irá te ajudar quando for a hora de uma mudança grande.

E eu termino com uma frase famosa:

“A vida começa no final de sua zona de conforto."

Neale Donald Walsch

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Fernando Moreira
UmdevUX

Front-end and UX evangelist, I love everything related to #Web #UX #UI #Design #Performance #JS #Agile #Development #Semantic #WordPress