A onda

Bruno Luís Pereira
Underground League
Published in
2 min readSep 7, 2019

“CALMA, CALMA”, gritou brTT.

O Flamengo atropelava a INTZ. O olho em abate após abate. A sede de Nexus.
A sede de vitória.

“CALMA, CARALHO, CALMA!”, gritou brTT, imóvel em sua cadeira.

Enquanto Robo jogava seu headset na mesa,
Enquanto Goku levantava e berrava,
Enquanto Shrimp derramava as primeiras lágrimas,
Enquanto Luci erguia as mãos pra cima.

BrTT se calou.
Na verdade, sua boca ainda se mexia, mas já não ouvia-se o Atirador conhecido por gritar.

Porque neste momento, uma onda surgia, rugindo.

Carregando cadeiras junto. Ignorando torcedores adversários.
Mais rápido que o cordão de seguranças.
Disputando metro a metro quem chegava primeiro ao troféu.

Os jogadores

ou a torcida.

Foram quase dois anos, três finais e incontáveis provocações dos adversários. Lágrimas derrubadas, unhas roídas e ansiedades sofridas. Foram duas partidas atrás do placar, diversos questionamentos em relação à mentalidade dos jogadores.

Mas a onda tudo leva.

O banho para lavar a alma veio em cores vivas,
Veio em rubro-negro,
Sob os braços do Cristo,
Conquistou o CBLoL sob a alcunha de Flamengo.

Limpando as derrotas, que agora são memória,
Pelo grito da torcida, reescreveram sua história,
E assim a a Nação de Zico, mesmo sem saber,
Virou a Nação de Shrimp, Goku e brTT.

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