SOBRE NÓS

O desenvolvimento da cultura proletária e o ressurgimento do sistema filosófico marxista-leninista é uma necessidade urgente do movimento operário contemporâneo, e essa tarefa só pode ser concretizada a partir das sólidas contribuições soviéticas para a perspectiva científica do materialismo histórico.

De tudo o que foi produzido de melhor na cultura marxista-leninista pelos soviéticos, pouco se comenta além dos famosos manuais. E quando se fala nesses mesmos manuais, a exposição trata de atribui-los um sentido caricatural que não corresponde a sua profundidade em analisar e desenvolver temas em que trabalhos anteriores a ideia fora apenas pincelada de modo sintético. A União Soviética, seguindo a tradição bolchevique, contribuiu para o marxismo a partir não só de experiências práticas do movimento operário, mas também com reflexões complexas acerca da natureza do movimento da matéria, com numerosos estudosos que são valiosos na mesma medida que negligenciados, o que se reflete no péssimo domínio da dialética entre a maior parte dos ditos marxistas no Brasil, que tão logo é substituída por algum pragmatismo político de toda ordem. Quem não compreende a dialética não pode se aproveitar dela como método. O foco do Partido era então desenvolver todas as ciências e penetrar cada vez mais na noção da dialética para avançar em tarefas práticas e demandas materiais da construção do socialismo e da cultura proletária de maneira geral.

Com a queda da União Soviética, esse império cultural disperçou-se. Uns resgatam a memória das realizações do socialismo, mas em nome de um eclétismo pseudo-democrático não reivindica integralmente a ideologia marxista-leninista, de forma que não ajuda na construção de seu sistema filosófico como um todo.

Outros reivindicam nominalmente o marxismo-leninismo e geralmente vem seguido de algum outro ismo que supostamente evolui a teoria a níveis nunca antes vistos. A dialética, interpretada por eles, apesar de corresponder em algumas conclusões a da teoria marxista-leninista, não da a justa continuidade por contradize-la frequentemente com o ismo que a sucede.

O que resta então é o estudo e a divulgação da teoria marxista-leninista, da publicação de artigos sobre ciências da natureza, da sociedade e da consciência. Não se reduzindo a mera contemplação da alta cultura soviética, uma tentativa de fazê-la ressurgir no Brasil.