Luis Stuhlberger — O Caminho do Sucesso

Luana Silva Chagas
Unifei Finance Itabira
4 min readOct 23, 2020

C omo toda história de sucesso, deve-se conhecer o caminho que foi trilhado, e o caminho do Luis Stuhlberger iniciou com a sua formação em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, atuou no mercado e constatou que não era o que ele queria, seguindo assim para sua especialização em Administração na FGV, iniciando sua carreira em banco, em seguida para uma corretora em 1980. Em 1982 iniciou no mercado de ouro, devido ao alto potencial da exploração no Brasil e o início do ativo em mercado, decisão fundamental para seu desenvolvimento.

Considerado um dos gestores do mercado brasileiro mais bem sucedidos, Luis Stuhlberger, fundador responsável pelo fundo multimercado Verde, da Verde Asset Management, composto por ações, moedas, títulos públicos e privados, e derivativos, que nasceu em 1997, e de 1997 até 2019 já rendeu 17.550%.

Denominado como o fazedor de milionários, devido ao seu pulso na tomada de decisões na gestão do fundo Verde, responsável pelo sucesso do fundo, evidenciando sua atuação durante a crise asiática de 1997, a política monetária cambial em 1999 e a disputa eleitoral de 2002, ao qual lucrou mesmo com o cenário da bolsa em turbulência, ocasionado pelas incertezas políticas da época, transformou pequenos valores investidos em milhões.

Fonte: Verde Asset Management

Com sua trajetória de sucesso em 2015, o fundo Verde, começou a ser gerido pela Verde Asset Management, mantendo a mesma equipe de analistas e investidores de carreira do fundo Verde. A instituição tem como promessa manter as estratégias de sucesso e abrangência do mercado, atualmente gerindo R$ 48 bilhões de ativos, com o objetivo de manter sua cultura de conquistas e sucesso.

O fundo Verde opera basicamente com ações, títulos públicos e privados. Hoje tem 40% de sua carteira em ações (25% Brasil e 15% no exterior, majoritariamente EUA.). A carteira da Verde é composta por entre 20 e 25 empresa e suas maiores posições incluem Hapvida, Intermédica, Equatorial, BR Distribuidora, Natura, Magazine Luiza e B3.

A quantidade de ações no fundo pode variar de 50% a 15% do total da carteira. Nunca mais e nunca menos que isso. Stuhlberger confessa que gosta de ações. Elas podem cair nas crises, mas, passado o vendaval, voltam ao normal. Nas operações com derivativos ele só entra quando percebe uma boa oportunidade ou quando recebe a informação gota d’água.

Essa variação na quantidade de ações na carteira do fundo Verde, fica evidente na cartas do mês de agosto e setembro, divulgadas pela Verde Asset Management, que demonstra a preocupação dos gestores quanto o futuro do Brasil. A estratégia do governo para impulsionar a economia, levou a intensificação dos gastos públicos, essa estratégia de reação fiscal é suprida por países considerados de primeiro mundo, que possuem recursos públicos de um país desenvolvido, o que claramente não é a situação do Brasil.

Este ano, o fundo Verde zerou a posição em títulos do tipo Tesouro IPCA+, ou NTN-Bs de longo prazo, com vencimento para 2050. Esta era uma posição que o gestor carregava no fundo há muitos anos, o que mostra como o cenário está desafiador.

A carteira do fundo Verde também ficou de fora dos prefixados LTN no longo prazo, devido ao elevado risco fiscal, que tem preocupado investidores e mexido com os prêmios dos títulos.

A Verde ainda ressalta que não há nação emergente que tenha uma dívida maior que a brasileira. Contudo, o país foi um dos que mais gastou durante a pandemia, se igualando apenas a Peru e Chile, ambos com dívida pública em torno de 25% do PIB, ou seja, com margem de manobra. Para a gestora, o Brasil teve uma reação fiscal típica de ‘primeiro mundo’ e utilizou um volume de recursos que só poderiam ser bancados por países desenvolvidos.

Com toda essa incerteza os gestores do fundo segue acompanhando a economia do país e aplicando suas estratégias, que tem como princípio: “ganhar quando todos ganham; perder pouco quando todos perdem; não perder nada quando todos perdem; e, finalmente, o nirvana: ganhar quando todos perdem”.

Sendo o fundo Verde é um fundo fechado para aplicação de novos investidores. A última convocação foi realizada em outubro de 2018. O plano de captar R$ 200 milhões com a nova abertura foi alcançado em apenas dois dias: a demanda é alta e a fila longa. Se você tem interesse em investir no fundo, deve acompanhar as divulgações da Verde Asset Management.

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Luana Silva Chagas
Unifei Finance Itabira

Graduanda de Engenharia de Saúde e Segurança da UNIFEI — Campus Itabira e Vice-presidente da Empresa Júnior IMPLE — Consultoria Jr. em Saúde e Segurança