Ajustando a engrenagem
América empata com o Serra Branca por 1 a 1, no último amistoso preparatório para a temporada 2024
Após dois testes sem a presença da imprensa e do torcedor, o América permitiu a entrada dos interessados em acompanhar o confronto contra o Serra Branca.
Analisar o começo do trabalho de Marquinhos Santos no clube potiguar, além dos resultados divulgados pelo clube sem a presença do público, contra o CSP por 1 a 0 e Força e Luz 2 a 1, era importante para entender em qual patamar se encontra o desenvolvimento do trabalho do comandante alvirrubro.
Diante de uma longa reformulação no elenco após o rebaixamento para a Série D e com um calendário repleto de competições para 2024, o América tinha pela frente o primeiro teste real de como o seu treinador vai pensar a equipe quando tiver com todos os jogadores à disposição.
Um dia de novidades para Marquinhos Santos que não sabia como era ter todo o plantel de jogadores aptos a jogar o amistoso, já que alguns atletas não puderam atuar por conta de lesões em outros compromissos nessa preparação.
Dessa forma: Renan Bragança; Noberto, Gilvan, Rafael Jansen, Guilherme Guedes; Vinicius Paulista, Ferreira e Souza; Rafinha, Juliano e Giovanni Albuquerque foram os escolhidos para iniciar o jogo contra o Serra Branca.
O onze inicial montado tinha o intuito de viabilizar alguns testes na equipe sem prejudicar o desempenho defensivo do time, por conta disso, a dupla de volantes com Vinicius Paulista e Ferreira, além do ponta Juliano, foram à campo para o duelo contra a equipe paraibana.
Todo o esquema girava em torno de potencializar dois jogadores com qualidade técnica acima da média: Norberto e Souza. Mas sem comprometer a marcação no meio-campo e sem dar espaço no lado direito do América.
Aos 32 anos de idade, Norberto retornou após lesão no joelho que atrapalhou toda a sua temporada 2023. Souza por sua vez, se juntou à equipe durante a pré-temporada e fisicamente não estava na sua condição ideal de jogo.
Os minutos iniciais do confronto para o América foram de ajustes, por conta da deficiência apresentada no lado direito, diante da variação tática proposta por Marquinhos para o amistoso com Juliano e Ferreira no revezamento na lateral direita quando Norberto ocupava um espaço como meia de criação da equipe.
Essa liberdade oferecida para Norberto foi explorada pelo Serra Branca, que percebeu o desajuste quando a bola rolou. Contudo, não era só a equipe de Marquinhos Santos que tinha problemas aparentes e o tempo mostrou isso.
A saída de bola apresentada pelo comandados de Raniele Ribeiro foi o caminho encontrado por Norberto, Souza e companhia para inaugurar o marcador. Em uma dessas aventuras perigosas realizada pelos jogadores do Carcará do Cariri, Giovanni Albuquerque aproveitou a roubada de bola de Ferreira e abriu o placar para o América.
O placar inaugurado relaxou o América e principalmente Gilvan, responsável por entregar de presentar o empate do adversário. No apagar das luzes do primeiro tempo, Marcelo Toscano contou com a trapalhada do zagueiro americano, roubou a bola e serviu Histone, que deixou tudo igual no marcador da Arena América.
O intervalo chegou e como de praxe nesses amistosos de pré- temporada, começam as substituições em atacado e duas escalações totalmente diferentes voltaram do vestiário. Quem não acompanhou todas essas mudanças foi o placar que permaneceu da mesma forma até o apito final do árbitro.
No entanto, falar que os times não tiveram oportunidade seria uma inverdade da minha parte, mas faltou competência daqueles que deveriam mostrar potencial ao treinador. Matheusinho é a prova real nesse sentido, além de não mostrar algo ao técnico, o meia conseguiu num amistoso preparatório aumentar a má impressão com o torcedor deixada em 2023.
O tempo de preparação diminui e até a estreia no primeiro compromisso em 2024 serão pouco mais de 10 dias, e a engrenagem alvirrubra certamente precisará ajustar mais que detalhes para o duelo no dia 11 de janeiro contra o Santa Cruz de Natal pelo Campeonato Potiguar.
