Bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear
Flamengo domina o Fluminense, mas o resultado não sai do 0x0
Nada mais justo que um clássico do tamanho de um Fla x Flu no Maracanã pra dar o pontapé inicial das oitavas de final da Copa do Brasil. Na noite desta terça-feira (16), o dito clássico “mais charmoso” protagonizou um dos maiores embates da história entre os 2 clubes. O rubro-negro querendo defender o cinturão de campeão e manter a dominância no cenário nacional e o tricolor, na boa fase, buscando um título grande desde 2012.
O time de Jorge Sampaoli seguiu um pouco da estratégia que o time de Vitor Pereira vinha fazendo nos clássicos, pressionando a saída de bola, recuperando a posse, acelerando o jogo e cometendo faltas quando não surtisse efeito. Porém, com características diferentes. O argentino povoou o meio campo com 5 meio-campistas e o 1° tempo foi totalmente dominado pelo Flamengo. Enquanto o Fluminense não teve nenhuma chance clara e não ofereceu grandes perigos ao goleiro Santos, aos 20', o Flamengo teve 2 chances claríssimas no mesmo lance, começando com Gabigol após receber lindo passe de Pulgar, chutando no pé da trave e no rebote Arrascaeta chutando por cima do gol. 2 minutos depois, Gérson rouba a bola de Nino e tenta encobrir Fábio, mas sem sucesso. O Fluminense ainda se viu desamparado quando Marcelo sentiu uma dor, mas mesmo querendo continuar na partida, foi substituído por Guga.
No início do 2° tempo, Gabigol dribla Felipe Melo no 1x1 e sofre falta forte do zagueiro. Daronco inicialmente deu cartão amarelo, mas o Var recomendou a revisão e o árbitro trocou a cor e expulsou o camisa 30 pela carga da falta e por impedir uma chance clara de gol sendo o último homem. Com isso, o Fluminense se retraiu, adotou um bloco baixo e o Flamengo manteve o domínio, só que dessa vez, sem muitos espaços, pouco criou. Pareceu um time sem muito repertório e que a jogada sempre almejada era o cruzamento, só que com a lesão de Pedro, o único atacante em campo era Gabigol e sabemos que o cabeceio não é o seu ponto forte. Mesmo assim, o Flamengo teve 2 ótimas oportunidades, uma com Ayrton Lucas de cabeça, parado por Fábio em ótima defesa, e outra com Arrascaeta, que cabeceou sozinho por cima do gol.
A arbitragem do gaúcho Anderson Daronco foi bastante criticada pelas 2 torcidas. A torcida do Fluminense questiona a não expulsão de Gabigol pelo pisão em Ganso, questiona a não aplicação de cartão amarelo no camisa 10 por simular uma falta e também o fato do Flamengo ter feito 22 faltas e não ter recebido nenhum amarelo. Já a torcida do Flamengo reclama do número de faltas inexistentes que o juiz apitou e também da não aplicação de cartão amarelo em Samuel Xavier por também ter simulado uma falta. A única verdade é que Daronco teve um critério muito raso pra as faltas, contatos simples e superficiais eram marcados, isso acabou minando o jogo do Fluminense, tática que o Flamengo levou pro campo e o juiz colaborou ainda mais.
O empate pelo contexto do jogo foi ruim pro Flamengo por ter dominado o rival, passar o 2° tempo inteiro com 1 a mais e não ter convertido. Mas, foi bom pois mostrou sinal de melhora e que se caprichar mais, tem chances reais de classificação.
O empate pro Fluminense pelo contexto da partida foi bom, porém foi ruim pelo fato de não ter conseguido jogar o futebol que costuma jogar, não teve chances reais de gol e não usou da atmosfera de sua torcida em maioria pra pressionar o adversário.
No 1° dia de junho, os 2 times entram em campo pra decidir quem irá avançar para as quartas da Copa do Brasil.
