Empate emocionante na Baixada

Dois times na parte de baixo da tabela, muitos gols perdidos, intervenções do VAR, baixo nível técnico e emoção no final, assim foi o 1 a 1 entre Athletico e Botafogo

Pedro Henrique Brandão
Universidade do Esporte
4 min readSep 10, 2020

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(Foto: Miguel Locatelli / Gazeta Press / Reprodução)

Athletico Paranaense e Botafogo abriram a 9ª rodada do Brasileirão, às 17h30min desta quarta-feira e fizeram um jogo que deixou a desejar com a bola no pé, mas animado e emocionante nos últimos minutos na Arena da Baixada.

Com gols de Vitor Luís e Ravanelli, Furacão e o clube da Estrela Solitária empataram, não conseguiram alavancar suas colocações na classificação e seguem flertando com a zona de rebaixamento.

Justamente pelo que fizeram até o momento na competição, a partida não foi das melhores no aspecto técnico. No Athletico, o treinador interino Eduardo Barros ainda busca uma formação ideal e fez o que se espera de quem joga em casa: colocou o time no ataque.

Escalado no 4–3–3, o Furacão partiu para o campo ofensivo e monopolizou as ações de ataque no primeiro tempo. Mesmo com volume no campo adversário, os donos da casa não conseguiram converter a superioridade em bola na rede, pois quando acertavam o alvo, paravam em Diego Cavalieri.

O goleiro substituiu Gatito Fernández que sentiu uma lesão muscular de última hora. Apesar de fazer uma melhor partida, o Furacão dominava também em razão da péssima atuação do Botafogo nos primeiros 45 minutos.

Paulo Autuori fez o que pôde para escalar o time que teve os desfalques de Pedro Raul e Luis Henrique, além da lesão de última hora de Gatito Fernández e ainda a necessidade de poupar Honda.

Sem quatro peças titulares, o Botafogo precisou de 43 minutos para chutar a primeira vez no gol rubro-negro e balançou as redes com Bruno Nazário.

Porém, a revisão do VAR anulou corretamente o gol por conta de um impedimento no início da jogada. Os mais desgostosos com o VAR dirão que o auxílio eletrônico anulou a única lei que vale no Brasil, a do ex, já que Bruno defendeu o Furacão no passado.

Na etapa final, a partida melhorou, nem tanto por uma evolução dos times e mais porque era impossível ser pior que no primeiro tempo. Mesmo melhor, tudo indicava para um empate sem gols e sem tanta graça, mas aos 35 minutos do segundo tempo, os times decidiram jogar bola.

Num ataque rápido, o Botafogo conseguiu colocar a bola na área do Athletico e Alvarado, que havia entrado para ajudar na criação rubro-negra, num lance estabanado, derrubou Rhuan e o árbitro assinalou o pênalti. Vitor Luis converteu e com apenas 10 minutos para o fim de jogo, deu esperanças de vitória ao torcedor alvinegro.

Foi quando a emoção entrou em campo com a reação relâmpago do Athletico. Aos 42 minutos, em jogada criada por Geuvânio, Ravanelli conseguiu empatar. Já era o bastante, mas o Furacão conseguiu mais: praticamente no lance seguinte, com auxílio do VAR, o árbitro assinalou pênalti para os donos da casa.

Seria a chance para o Athletico conquistar os três pontos e se distanciar um pouco do Z4, porém, Nikão enfeitou a corrida, fez feio na batida e isolou a bola por cima da meta de Diego Cavalieri, que teve o mérito de esperar até o último momento pela definição do lance.

Geuvânio, que entrou muito bem na partida, ainda acertou o travessão do Botafogo, num chute de fora da área e sem chances de defesa para Cavalieri, mas o placar acabou empatado com um gol para cada lado e um ponto para cada time, que deixaram o campo mais preocupados do que quando entraram.

Em situações muito parecidas no campeonato, ambos têm muito a corrigir para a sequência da temporada. Para se ter ideia, com esse empate, o Botafogo chegou a marca de seis placares iguais na competição. Pelo lado rubro-negro, o empate aumentou o jejum de vitórias para seis rodadas consecutivas.

Com oito pontos em nove partidas, o Athletico Paranaense ocupa a 16ª colocação e volta a campo no próximo sábado, no clássico contra o Coritiba. Já o Botafogo tem nove pontos, uma partida a menos e está em 15° na tabela. No próximo domingo, o Alvinegro também enfrenta um clássico contra o Vasco da Gama.

(Foto: Vinicius Do Prado/Agência F8/Gazeta Press/Reprodução)

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Pedro Henrique Brandão
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Written by Pedro Henrique Brandão

Não sou especialista, escrevo do que é especial pra mim. Futebol além das quatro linhas e um pitaco disso ou daquilo. Minha alucinação é suportar o dia a dia.