Fascinante pela sua disciplina

Tricolor sai perdendo no Maracanã, mas consegue o empate e a vaga na Copa do Brasil

Renato Reis
Universidade do Esporte
3 min readAug 18, 2022

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Cano comemora o gol da classificação do Fluminense. (FOTO: Marcelo Gonçalves — Fluminense)

Foi com muita emoção, raça, garra e disciplina, que o Tricolor das Laranjeiras conseguiu um empate heroico diante de sua torcida.

Foram mais de 60 mil fanáticos no estádio, torcida com amor ao tricolor, que empurrou do início ao fim, mesmo com o placar adverso no primeiro tempo. Nessas horas uma torcida apaixonada faz muita diferença, e de verdade, serve como o 12º jogador realmente.

Os críticos do “dinizismo” (eu me incluo nesse grupo), já estavam com os dedos coçando para tripudiar de mais um fracasso do técnico, que em pleno Rio de Janeiro e iniciando a partida com um placar agregado de 1x0, conseguiu perder a vantagem logo aos 11 minutos, com um contra-ataque fulminante do Fortaleza, que terminou em uma finalização de Thiago Galhardo e um gol contra de Nino.

Estava dada a largada para uma partida emocionante, que teve o Leão do Pici aproveitando as ações mais perigosas e buscando ampliar o placar. O Fluzão, tinha mais posse de bola e até finalizou mais, porém, sem a a mesma eficácia do adversário, parava no bom setor defensivo da equipe visitante ou nas boas defesas do goleiro Fernando Miguel.

E foi nesse ritmo que o time cearense conseguiu o 2º gol. Aos 45’, após um lançamento longo, uma bola desviada de cabeça e um lindo passe, a pelota sobrou para Romero fazer 2x0 para a equipe nordestina. Um clássico banho de água fria para os tricolores apaixonados e um prato quentinho para as reclamações do até então ineficiente método de Fernando Diniz.

Mas como “quem espera sempre alcança”, o Fluzão voltou com outra atitude pra segunda etapa, mais aguerrido e vigoroso. Fazendo jus ao seu hino, foi em busca dos gols.

Aos 14’ do segundo tempo, o primeiro lance duvidoso da partida. Matheus Martins foi derrubado, caindo fora da área, o que levou o árbitro Wilton Pereira Sampaio a marcar uma falta perigosa. Porém, com a revisão do VAR o lance foi modificado e o pênalti assinalado. Da marcação veio o primeiro gol tricolor, após batida de Ganso.

O gol incendiou o estádio e a torcida, o que se viu depois disso foi um show à parte dos tricolores, que embalaram seu time ao empate.

Aos 26 minutos o segundo lance polêmico. Ele, sempre ele, Germán Cano, em posição duvidosa, aproveitou o cruzamento de Arias, fez o gol que igualou o marcador e saiu com o “L” em riste.

Muitas reclamações do tricolor de aço, mas o VAR manteve a decisão de campo, validando o gol.

Tudo certo no placar para a equipe carioca, que depois do empate, como manda o figurino, só administrou a vantagem do agregado e esperou o fim do jogo.

Empate com gosto de vitória, com a garra e a disciplina de uma equipe que vem crescendo a cada jogo e que pode fazer Fernando Diniz finalmente calar os críticos.

Agora o Fluminense encara na semi-final a equipe do Corinthians e com a vaga recebe mais de R$ 8 milhões.

Faz o PIX, CBF.

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