O que acontece com o América-RN em 2024? Uma análise dos jogadores contratados
O América-RN não avança na Copa do Nordeste desde 2015 e se encaminha para mais uma campanha irrelevante na Lampions de 2024
O torcedor até arranjava motivos para acreditar em algo diferente na temporada de 2024. Com o título estadual de 2023, a equipe voltaria a disputar a fase de grupos da Copa do Nordeste após quatro anos e acreditava no novo elenco para uma das principais competições do primeiro semestre, mas a realidade foi um balde de água fria.
Começando pela grande surpresa: a contratação de Marquinhos Santos. O trabalho ainda é curto, mas ele aceitar comandar um time da quarta divisão, já indicava a queda de um treinador que surgiu tão promissor no Coritiba.
Contratado para substituir Dorival Júnior no Ceará, Marquinhos teve apenas 17 jogos no comando do Vozão, com seis vitórias, cinco empates e seis derrotas, caindo após a eliminação na Sul-Americana, derrota para o Fortaleza e dois pontos acima do Z-4 (o Ceará foi rebaixado).
Até o momento da temporada, 15 jogadores foram anunciados pelo América-RN: Maltos, Salazar, Hygor Ribeiro, Rafael Jansen, Guilherme Guedes, Ferreira, Lucas Gabriel, Nathan Lourenço, Souza, Juliano, Gustavo Custódio, Vitinho, Caio Hones, Gustavo Henrique e Giovani.
No 8º jogo da temporada, alguns jogadores já podem ser avaliados, mas existem questões como Maltos, Hygor Ribeiro, Guilherme Guedes, Lucas Gabriel, Nathan Lourenço, Gustavo Custódio, Caio Hones e Vitinho que jogaram pouco, não estrearam ou já se lesionaram.
Na defesa, o América já utilizou Salazar e Rafael Jansen. Em um curto comentário sobre o Guilherme Guedes, o lateral chega em baixa com muitas lesões sérias na carreira e tem a oportunidade de se recuperar. Achei boa contratação! Sobre a dupla de zaga, eu sempre gostei muito do remanescente Alan Ferreira e defendi a permanência para 2024, mas com um pé atrás sobre Salazar, que não foi bem na Série C de 2023 e com Rafael Jansen que jogou em um time que foi muito irregular na Série B.
Olhando para o meio de campo, dois jogadores já podem ser avaliados pelo que apresentaram nessa temporada: Ferreira e Souza. Começando pelo ex-volante da Aparecidense, Marquinhos Santos precisa definir se quer um Ferreira como zagueiro ou fazendo o papel de volante. Foi péssimo no jogo contra o Itabaiana na função de volante, quando recuou para dar qualidade na saída de bola, seguiu muito apagado, mas não deu espaço. É uma das piores contratações da temporada!
Por outro lado, Souza é uma grata surpresa para o torcedor. Já identificado por carregar o nome de um grande ídolo, por até representar as cores da equipe no seu corpo, ele se adaptou muito bem com a camisa 8 e um jogo sem Souza é um jogo sem América. Responsável pela bola parada, o jogador mostra a sua importância nos números: seis gols e três assistências em sete jogos.
No ataque, um desastre. Antes do jogo contra o Globo, vencido por 4 a 0, o América chegava para o duelo com 35 gols marcados nos últimos 35 jogos. Um ataque fraco que foi responsável direto pelo rebaixamento para a Série D e quando olhamos para o lado ofensivo alvirrubro em 2024, a sensação é de desespero.
Juliano, Gustavo Henrique e Giovani foram os jogadores mais utilizados, mas a avaliação é bem curta. O camisa 28 começou um desastre, foi vaiado no primeiro jogo, a torcida implorava para ele não entrar no segundo e ficou encantado com o retorno do jogo contra o Globo. É um jogador que pode ser interessante para desequilibrar na Série D, mas seria pouco utilizado em times com sonhos maiores na Copa do Nordeste.
Em relação aos centroavantes, a melhor opção sempre é a que tá no banco. Gustavo Henrique não começou bem, foi um dos piores em campo contra o Itabaiana, mas ainda acredito pela Série D que participou com a camisa do ABC, e em relação a Giovani, é uma boa opção para ter no elenco. Promissor, incomoda a marcação e pode ser um reserva para fazer sombra para o “Gustagol”.
São oito jogos na temporada, são quatro vitórias sendo contra as duas piores equipes do Campeonato Potiguar, dois empates contra a equipe que se classificou no estadual e duas derrotas para times superiores aos enfrentados. O trabalho de Marquinhos Santos é pífio, mas antes dele, o responsável é Pedro Weber, que desapareceu após as propagandas de uma SAF do futuro, de Martin Carvalho, que contratou jogadores nada relevantes no retorno do América para a Copa do Nordeste. O início do América é muito complicado e o futuro é bem difícil de ser promissor.