Paulo Autuori, vencedor por onde passou
Detentor de imenso carinho por parte dos torcedores dos clubes que dirigiu, Paulo Autuori completa 64 anos
Nascido nesta data no ano de 1956, Paulo Autuori de Mello é dirigente e treinador de futebol e atualmente comanda a equipe do Botafogo. Natural da capital fluminense, Autuori tem formação em Educação Física, Administração Esportiva e curso de treinador de futebol.
Consagrado com diversos títulos, Paulo começou sua carreira nos bancos de reserva na Portuguesa/RJ, treinando o Sub-20, em 1974, e ficou por cinco anos.
O primeiro título conquistado que consta nos registros, data de 1976 e foi o Torneio Octávio Pinto Guimarães, que é a segunda principal competição estadual do Rio e Janeiro da categoria Juniores (sub-20).
Após sair da Lusa carioca, passou por outras equipes do Rio e de São Paulo onde treinou as categorias de base dos clubes. Em 86, saiu do Botafogo e se mudou do sudeste brasileiro para trabalhar em Portugal, iniciando seus trabalhos em terras lusitanas no Vitória de Guimarães como auxiliar de Marinho Peres.
No ano seguinte, foi contratado como treinador principal no Nacional da Madeira, levando o time da segunda para a primeira divisão do Campeonato Português. Na temporada de 1994/95, levou o Marítimo pela primeira vez a competições europeias.
O retorno ao Brasil se deu no ano de 1995, após quase dez anos em Portugal, quando voltou para treinar a equipe principal do Botafogo. Desconhecido pela torcida, superou a desconfiança conquistando o Campeonato Brasileiro do mesmo ano, ganhando o carinho e eternizando seu nome no clube. Ficou no Alvinegro até 97, quando retornou a Portugal para uma rápida passagem pelo Benfica.
Não demorou muito e, no mesmo ano, foi contratado pelo Cruzeiro, levando o clube mineiro ao bicampeonato da Copa Libertadores da América. Ainda conquistou dois campeonatos mineiros com a Raposa, em 1997 e 98.
Entre 1998 e 2005, teve passagens por alguns clubes brasileiros e pelo Peru, treinando o Allianza Lima em 2001 e o Sporting Cristal em 2002, sendo campeão nacional com ambos os times. Com o sucesso no país, assumiu o comando da seleção peruana, onde ficou até 2005, quando voltou para o Brasil e foi treinar o São Paulo.
No Tricolor do Morumbi, conquistou novamente o título continental da Libertadores e, pela primeira vez, o Mundial de Clubes da FIFA, em cima do Liverpool de Gerrard, no jogo em que contou com uma brilhante atuação de Rogério Ceni.
Autuori se tornou o quarto treinador brasileiro a ganhar dois títulos da Libertadores. Os bicampeões são: Lula, com o Santos, Telê Santana, com o São Paulo, Luiz Felipe Scolari, por Grêmio e Palmeiras, e Paulo Autuori, por Cruzeiro e São Paulo.
Após esse período, treinou clubes do Brasil, Japão e Catar, chegando a assumir a seleção olímpica e, posteriormente, a principal. Após eliminação da Copa do Golfo, regressou às terras tupiniquins em 2013, onde assumiu o comando técnico do Vasco da Gama, seu clube do coração.
Autuori teve grande aceitação por parte da torcida, principalmente pelo fato de que durante o tempo em que foi treinador do Flamengo, seu arquirrival, deu uma declaração dizendo ser torcedor do Vasco. Porém, durou poucos meses no comando vascaíno, saindo por atrasos de salário e por resultados abaixo do que esperava no time.
Em seguida, teve passagens por São Paulo e Atlético Mineiro antes de retornar ao futebol japonês pelo Cerezo Osaka. Em 2016, novamente regressou ao Brasil, onde assumiu o Athletico Paranaense, conquistando o campeonato estadual, seu último título em terras brasileiras. Após 1 ano no comando técnico do Furacão, foi transferido do cargo de treinador para gestor de futebol do clube. Ainda foi contratado pelo Fluminense para ser diretor esportivo.
Até que, em 2018, aceitou o convite do Ludogorets, equipe búlgara, voltando a ser treinador. Conquistou seus dois últimos títulos desde então: a Supertaça Búlgara e a Liga Búlgara. Cinco meses depois, foi para o Nacional de Medellín, da Colômbia, onde ficou por 8 meses. Posteriormente, foi novamente empregado num cargo de diretoria, como diretor de futebol do Santos.
Em fevereiro deste ano retornou ao Botafogo, primeiro clube em que trabalhou na equipe principal, no Brasil. Está até a data de hoje, 25, no comando técnico do Fogão, e ocupa a 11ª colocação após 5 rodadas no Campeonato Brasileiro.