Principal ou coadjuvante

Pedro é destaque em partida contra o Fluminense, após sair vaiado na rodada contra o Boavista

Ananda Miranda
Universidade do Esporte
2 min readMar 16, 2024

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Em uma peça teatral todos os personagens importam, mas no final das contas, os olhos sempre se voltam ao ator principal, afinal, ele está presente na maior parte da história. Numa partida de futebol a divisão dos papéis é diferente, no entanto, fica evidente a estrela do espetáculo. A semelhança é que a plateia escolhe: vaiar ou aplaudir.

Na nona rodada do Campeonato Carioca, o Flamengo goleou o Boavista pelo placar de 4 a 0 com um dos gols marcado por Pedro, apesar disso, o atacante desperdiçou muitas chances e saiu vaiado na substituição por Gabigol. Entre vaias e aplausos, o camisa 9 deixou claro que não existe uma rivalidade pelo papel de favorito.

“A pressão no Flamengo sempre existiu. Não só no Flamengo. Eu sempre tive pressão na minha carreira. Não me abala, me dá mais força.” — disse o atacante à imprensa sobre as vaias recebidas.

Querendo ou não, no futebol, os onze jogadores brigam para ser o herói da história, e para isso, a plateia espera que o personagem faça sempre o melhor, e foi isso que Pedro fez na rodada seguinte. Com um gol e uma assistência, o artilheiro deixou a assinatura no placar de 2 a 0 contra o Fluminense e foi de coadjuvante à estrela da partida.

Os dois ex-técnicos da seleção brasileira roteirizam um primeiro tempo ofensivo, resultando em um cartão amarelo para o Flamengo e dois para o Fluminense, e assim, o primeiro ato terminou sem gols. As cenas emocionantes começaram no segundo tempo, Pedro abriu o placar com gol de calcanhar e virou todos os holofotes a ele, minutos depois o camisa 9 dá assistência a Cebolinha, autor do gol que encaminhou o título da Taça Guanabara.

Assim como todo personagem principal, Pedro também faz parte de um plot-twist, no primeiro gol ele revela que será pai de gêmeos, o transformando ainda mais no centro das atenções. Sem vaias, o artilheiro sai do gramado com sorriso no rosto e bem avaliado.

Se nesse teatro o camisa 9 é considerado principal ou coadjuvante cabe a Dorival Júnior decidir. O professor foi autorizado por Tite a utilizar o elenco rubro-negro e terá que decidir de quem será a vaga no ataque da seleção que disputará a Copa América em julho. Para a torcida, o favoritismo vai para o idolatrado Gabigol, dono da camisa 10. Para o professor, fica o dilema.

Flamengo/Divulgação

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