Top 10 imagens de estrelas e nebulosas do Hubble

Como hoje o Telescópio Espacial Hubble completa 30 anos, preparei pra vocês uma #AstroThreadBR de apreciação: meu top 10 belas imagens de estrelas e nebulosas.

Geisa Ponte
Universo Observavel
4 min readApr 24, 2020

--

Aproveita e salva as imagens pra usar de papel de parede aí no computador ou celular. Cada imagem vai com o link pra baixar em alta definição.

1 A Nebulosa da Bolha, ou NGC 7635, é uma estrutura causada pelo gás quente escapando de uma estrela 45 vezes mais massiva que o Sol.

2O jovem e denso aglomerado de estrelas R136 contém centenas de jovens estrelas azuis.

Os astrônomos foram capazes de realizar um estudo detalhado e encontraram aí algumas das estrelas mais massivas detectadas no universo até agora.

O aglomerado está localizado a 170.000 anos-luz de distância da Terra.

3O Westerlund 2 é um aglomerado gigante de cerca de 3.000 estrelas, localizado a 20.000 anos-luz de distância, na constelação de Carina. A imagem em infravermelho do Hubble deu aos astrônomos uma visão clara da densa concentração de estrelas no aglomerado central.

Ele é jovem, tem de ~2 milhões de anos de idade e mede cerca de 6 a 13 anos-luz de diâmetro.

4Nuvens de gás e poeira interestelar são a matéria-prima para a formação de novas estrelas. Esta nebulosa, localizada a 20.000 anos-luz de distância, contém um aglomerado central de estrelas enormes e quentes, chamado NGC 3603.

Esse ambiente não é tão pacífico quanto parece. A radiação ultravioleta e os violentos ventos estelares formaram uma enorme cavidade no gás e na poeira que envolve o aglomerado, proporcionando uma visão desobstruída.

5Esse é um detalhe do tempestuoso berçário estelar chamado Nebulosa de Carina, localizado a 7.500 anos-luz de distância na constelação do sul de Carina.

A radiação violenta e ventos velozes (fluxos de partículas carregadas) de estrelas recém-nascidas super-quentes na nebulosa estão moldando e comprimindo o pilar, fazendo com que outras novas estrelas se formem nele.

6Um clássico que você já deve ter visto por aí: os Pilares da Criação que ficam na Nebulosa da Águia. Os pilares imponentes têm cerca de 5 anos-luz de altura, banhados pela luz ultravioleta de um grupo de jovens estrelas massivas localizadas na parte superior da imagem.

Estrelas estão nascendo nas profundezas dos pilares, que são feitos de gás hidrogênio frio junto de poeira.

7 Esta imagem da Nebulosa de Carina mostra uma região de intenso nascimento e morte de estrelas e está a 7.500 anos-luz de distância da Terra. A nebulosa é o lar de Eta Carinae, uma das estrelas mais massivas que conhecemos, propensa a explosões imprevisíveis e violentas.

8 Lembram de Fomalhaut b? O primeiro exoplaneta a ter uma imagem real feita pela humanidade (no caso, o Hubble)? Recentemente ele simplesmente ~desapareceu.

A hipótese é de que, na verdade, nunca tenha sido um exoplaneta, e sim o flagrante de uma colisão entre dois corpos daquele sistema estelar.

9Mais um clássico: a imagem de um momento da expansão do gás e poeira em torno de uma estrela distante, chamada V838 Monocerotis.

Depois dessa imagem, outras foram feitas, com a bolha já bastante dispersa. Está localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Monoceros, e fica na borda externa de nossa galáxia da Via Láctea.

10 Para comemorar os 30 anos, as agências espaciais divulgaram uma imagem inédita: a gigante nebulosa NGC 2014 e sua vizinha NGC 2020, que fazem parte da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea a 163 mil anos-luz e é famosa por ser um berçário de estrelas.

E finalizo dizendo que foi muito gostoso pesquisar e montar esse texto. Me fez relembrar vários sentimentos de deslumbramento e apreciação que me fizeram, em parte, decidir pela carreira em astronomia/astrofísica. Fazer divulgação científica aqui com vocês sempre me dá essa energia boa. Obrigada por estarem comigo nessa jornada.

--

--

Geisa Ponte
Universo Observavel

Astrônoma/astrofísica curiosa que adora investigar gêmeas solares. Escreve mensalmente na Revista Galileu. Criadora da #AstroThreadBR no Twitter.