Julia Salgado Benning.
Universo Ametista
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3 min readAug 8, 2018

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Em termos de fantasia, este certamente é um dos meus primeiros amores no Wattpad. E, sendo assim, esta série de posts sobre livros da plataforma não poderia começar com título diferente.

A Filha da Necrópole é uma fantasia distópica com uma pegada obscura que vai, acredite, fixar seus olhos na interface do aplicativo — onde já soma por volta de 13.000 leituras. Desdo o início, quando a autora (Di Acordi) apresenta os conceitos das Três Superfícies — Necrópole, Espelhos e Morgum; e do Instituto, palco dos principais acontecimentos do enredo, é impossível não querer saber mais sobre todo o universo criado pela autora.

A Filha da Necrópole tem personagens únicos e mesmo que seus protagonistas sejam ótimos, os “coadjuvantes” roubam a cena para si. Hiram e Jade são imbuídos de representatividade, carisma e força ímpares. Muito provavelmente, ao menos em algum momento, você vai desejar que fossem eles os protagonistas.

Mas, calma! Harlan e Kaissuna, os protagonistas de fato e de direito da trama, não deixam à desejar. Sendo sua maior qualidade, ao meu ver, sua humanidade. Acredite em mim, você vai querer partir o Harlan em dois muitas vezes durante o livro; você vai se apaixonar pela Kaissuna mesmo que não consiga compreendê-la em algum momento ou duvide de sua boa índole. E é exatamente esse sentimento oscilante em relação aos personagem que dão ao livro outra de suas grandes qualidades.

Afinal, não conheço sensação pior do que a de passar por um livro sem sentir absolutamente nada.

Digo ainda, caro leitor, que se você é fã de uma ambientação criativa e rica nos enredos de fantasia, onde, mesmo que hajam humanos, elfos, ninfas, fadas e tantas outras criaturas fantásticas, você não vai sentir que já viu isto em algum lugar, você está no lugar certo!

O ambiente do Instituto é extremamente interessante, e, ao concentrar a ação em um só lugar, a autora tem tempo e espaço para construir no leitor a ideia do que são as Três Superfícies através dos personagens da trama, dos seus diálogos, da forma como os clãs de cada local interagem, e, principalmente, através das personalidades de cada um.

Kaissuna é caótica, sombria e misteriosa como a Necrópole.

Jade é delicado, belo e encantador como os Espelhos.

Harlan é falho, é orgulhoso, é humano assim como seu lar: Morgum.

A Filha da Necrópole é diverso e tem em seu DNA traços para os admiradores de todo o segmento da fantasia! Eu, particularmente, estava pronta para um jogo político intricado, casamentos por interesse, batalhas sangrentas entre clãs e um Harlan menos… Harlan. O livro me entregou isso? Não da forma que eu esperava. Os elementos estavam lá, mas de um jeito totalmente diferente da minha expectativa inicial.

Além disto, a obra apresenta algumas personas incômodas, como a Regina, líder do clã das Raposas do Sol que se opõe, junto com os Pardais da Borda, aos Leõs de Aço, clã do protagonista. Porém, Regina, que sempre atravessa sua montaria no caminho dos objetivos de nossos personagens favoritos, não é nada — nada mesmo; comparada ao grande vilão do enredo que, mesmo sem estar presente fisicamente, aterroriza apenas por ser quem é.

Se eu fosse definir este livro em uma palavra: SURPREENDENTE.

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Julia Salgado Benning.
Universo Ametista

Advogada, ambientalista, apaixonada pela existência humana, prosa poética, fantasia e mais um monte de coisa. Acredito que palavras mudam o mundo.