A primeira capa “Non-nude” da Playboy Magazine
A primeira capa “non-nude” da Playboy Magazine foi divulgada nas mídias sociais nessa quinta-feira. A modelo que marca o novo posicionamento da revista tem 20 anos e se chama Sarah McDaniel. Ela é conhecida por suas fotos no Instagram. O tema da revista em questão é nitidamente a social media e a nova maneira de “expressão” da sensualidade das mulheres. Dree Anderson, a neta de Ernest Hemingway, também aparece na revista, fazendo o seu primeiro “ensaio sensual”, sem nenhum nu.
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Dree Hemingway também fez ensaio “non-nude” para a nova Playboy.[/caption]
A Playboy afirma que suas novas fotos não são retocadas também, tentando promover um posicionamento bem diferente daqueles que ajudaram a revista a perder popularidade. A revista tomou a decisão em outubro do ano passado, para tentar tornar-se mais acessível depois de 63º anos de existência. Também adotou a estética “point-and-shoot”, sem retoques, que ficou famosa por anúncios de fotógrafos de moda, como Terry Richardson.
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Créditos: Courtesy of Playboy/Theo Wenner (PRNewsFoto/Playboy Enterprises, Inc.)[/caption]
Cory Jones, o novo responsável pelo conteúdo da revista justificou ao The New York Times: “Agora você está a um clique de cada ato sexual imaginável de graça”.
O fundador da revista, Hugh Hefner, concordou com a alteração proposta por Jones. Quando ele criou Playboy em 1953, Hefner escreveu que a revista e seu conteúdo “atingiam homens entre 18 a 80 anos de idade”.
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A Revista Playboy abandou o “full nude” em outubro de 2015. Acima, uma clássica capa de julho de 1969.[/caption]
De acordo com seu website, a marca Playboy tem sido uma referência de “estilo e vanguarda pela liberdade política, sexual e econômica “.
Apesar da modelo ser extremamente bonita, não sei se gostei da capa, pois o esforço para parecer moderno fazendo uma junção de mídias (em referencia ao snapchat) é bem clichê.
Não que clichês são ruins, mas da maneira exposta achei pouco criativa e forçada. A modelo também tem uma estética “Lolita” (e me refiro ao filme de Kubrick), expondo também a “cultura” das pessoas que iniciam a descoberta da sexualidade virtualmente, fazendo “selfies” e trocando fotos sexuais ou sensualizadas. A revista parece querer inserir-se em novos contextos culturais, que do ponto de vista mercadológico não é ruim, apesar de não expressar pioneirismo.
E vocês, o que acharam da nova capa?