O ritual dos Voadores de Papantla
O ritual dos Voadores de Papantla, no México, foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Intangível da Humanidade. O ritual, praticado há mais de 1500 anos, coloca cinco pessoas no topo de uma torre de 30 metros, para realizar um voo em torno de um mastro sagrado.
Os executantes vestem um traje típico, que inclui uma camisa branca traçada por uma faixa vermelha com franjas amarelas e bordados coloridos, calças vermelhas, uma cinta igual ao pano da blusa, botas e um chapéu decorado por um penacho de onde saem fitas coloridas.
Já no topo, presos por uma corda em uma das pernas, o homem que vai ao centro do mastro — e o único que está sem rede nem cordas de proteção — dança para obter autorização do Sol, do Vento, da Terra e da Água, elementos que representam as divindades, enquanto os outros tocam uma flauta e um tambor pequeno, com sons que entoam uma oração.
Após a dança, se dá início a um movimento acrobático de cortar a respiração. Os sons da flauta e do tambor continuam, enquanto os quatro voadores caem com os braços abertos de costas no vazio. O desenrolar sincronizado e lento das cordas os coloca a planar à volta do mastro em um giro que vai ficando cada vez mais longo. O voo é controlado por movimentos de braços e pernas. 13 voltas depois, chegam ao chão.
No México há uma relação com a morte bastante particular. Há um grito de guerra que os antigos guerreiros mexicanos usavam que diz: “hoy es un buen dia para morir”. O grito significa que eles estão satisfeitos com suas vidas, e não se importam se a morte chegará, pois buscam viver plenamente dia após dia. Esse é somente mais um exemplo de como o México têm uma cultura fascinante e como os mexicanos sabem apreciar a vida como poucos.
Abaixo um vídeo com os Voadores de Papantla. Desfrute!
E aqui um vídeo filmado por uma GoPro presa na cabeça de um dos voadores:
Paula Romano bateu asas e voou até a Cidade do México, local onde está vivendo e trará uma série de posts sobre um dos países mais ricos culturalmente da América Latina.
