Oculus Rift chega oficialmente hoje. É o nascimento comercial do “VR”, o novo meio de comunicação
Depois de 4 anos de espera, o Oculus Rift começa a ser entregue aos primeiros consumidores. É uma data histórica, que marca a chegada de um novo meio de comunicação ao mundo.
Estamos vivendo agora em 2016 o que seria o equivalente ao primeiro jornal circulando, as primeiras transmissões de rádio ou os primeiros smartphones a se conectarem com a internet. Pela primeira vez, realidade virtual não é apenas um conceito, mas sim um produto comercial. Barato, rápido e disponível para qualquer pessoa que queira embarcar em uma realidade virtual. E nasceu hoje.
O aclamado Oculus Rift, primeiro dispositivo comercial de realidade virtual, começou a ser entregue hoje aos consumidores que bancaram o produto através de financiamento coletivo. Pode pode parecer bobagem, mas é um marco histórico: está nascendo um novo meio de comunicação no mundo.
Não é à toa que Palmer Luckey, fundador da Oculus, foi até o Alaska entregar o exemplar 0001… para o comprador 0001. Diz ele no Twitter que é um gesto de gratidão, já que lá se vão 4 anos desde que o início do financiamento coletivo no Kickstarter.
Se você é virgem em realidade virtual, por enquanto você só deve imaginar que é um óculos bem feio que deixa você meio com cara de tonto e seu “look do dia” nada sexy. Mas é muito mais que isso. É uma nova forma de se transmitir uma mensagem, uma narrativa, um jeito novo de contar histórias.
Rodrigo M. Terra, diretor e produtor especialista em narrativas imersivas em audiovisual, explica as aplicações:
“É a primeira vez que a pessoa está dentro da tela, e não fora dela. E as aplicações para isso são inúmeras. Você vai ter uma evolução na Educação: o conteúdo deixa de ser apenas consumido passivamente para ser vivenciado. As aulas de História do Brasil, Egito Antigo, Química Orgânica e Genética serão parques de diversões de aprendizado. Você, afinal, pode estar lá no Egito antigo ou dentro de uma célula.
“Ah, mas e a imaginação? Morreu? Claro que não. Desta vez ela é elevada ao enésimo grau, já que além de eu estar lá no Japão Medieval eu também vou poder mudar a história com ferramentas de interação. E se o Japão tivesse colonizado a Mesopotâmia? Vou lá e interajo, reprogramo, mudo de lugar, crio. Tudo no ambiente virtual.”
A verdade é que com o lançamento comercial, muitos outros universos e aplicações já começam a aparecer.
Há todo um universo alien que você pode entrar com o óculos:
Novas redes sociais em que você se encontra com os amigos em lugares distantes:
Na educação, você vai estudar a Grécia Antiga estando dentro de Creta (te cuida Indiana Jones!). Estudar o corpo humano passeando por dentro das artérias. E pode participar já esse ano com a Nasa de uma expedição para Marte que só vai acontecer em 2030. Está, lá, prontinho para ser consumido:
Para games, obviamente, isso é um avanço tremendo na tecnologia:
Do ponto de vista profissional, você e seus amigos engenheiros podem entrar dentro do carro que estão construindo, em qualquer dimensão.
Para publicitários e marcas? Que tal uma voltinha dentro da fábrica da cerveja que você mais gosta? Ou montar com uma caixinha do McDonalds uma espécie de cardboard?
E claro, transforma radicalmente a indústria que mais fomentou a internet no mundo, a pornográfica. Talvez a solução para superpopulação no mundo?
Além de temas mais nobres: na medicina se pode ver já sobre operações sendo conduzidas remotamente como em e um ótimo panorama do que vem por aí:
Você pode não acreditar, mas daqui a alguns anos quando você explicar como era Realidade Virtual para os netinhos e quando tudo isso começou, a data é hoje. Tudo isso já existe, e agora você pode comprar na loja ao lado. Pelo menos, é a nossa aposta.
Está pronto para conhecer outro universo?