Como estamos impactando pessoas através da cultura do Design?

Felipe Tozzatti
Hub de Design TOTVS
5 min readJan 29, 2019
Ilustração do meu amigo Douglas Souza

Aqui no UX Lab entregamos a melhor experiência de utilização de soluções corporativas baseada em 4 pilares: future thinking, solution design, visual guidance e design culture.

Este por último tem como objetivo de:

Disseminar a cultura do Design por meio de projetos que conduzimos de forma colaborativa, mentorias, bootcamps e Workshops de Design Thinking.

O Bootcamp funciona assim: são dois dias de imersão com o propósito de mostrar o nosso processo de Design e fazer com que os participantes consigam resolver problemas trabalhando de maneira colaborativa e de forma rápida e consciente.

O primeiro dia começa com um bate-papo sobre Inovação, para dar uma “dilatada na cabeça” dos participantes. Falamos que para inovar precisamos pensar na experiência, ter criatividade, espaço para colaboração e entender as necessidades das pessoas.

Em todo Bootcamp lançamos desafios ora da companhia, ora da sociedade. Podemos perguntar algo como

“Como nós podemos repensar o aprendizado das escolas do futuro?”, mas sempre mantemos o objetivo de mostrar que conseguimos resolver problemas e gerar valor.

Então, mostramos como podemos aprender com as pessoas. Esta é a fase em que colhemos informações e criamos empatia com aqueles que vão usar nosso produto ou serviço. Para dar mais embasamento, mostramos cases que construímos utilizando esse mesmo processo de design.

Entrevista em profundidade

Momento da entrevista, onde uma pessoa faz as perguntas e as outras duas fazem as anotações

Os grupos passaram algumas rodadas entrevistando pessoas a fim de descobrir dores, desejos, motivações e crenças do público-alvo.

A partir das informações coletadas, identificamos os padrões de forma a fazer sentido com o que aprendemos. Identificamos e esclarecemos os problemas ou oportunidades ao agrupar ideias e opiniões similares. É necessário que o grupo conte uma história a partir dos fatos obtidos na pesquisa, pensando em usuário + necessidade + problema.

Desafios

Os desafios surgem a partir das informações coletadas na fase de pesquisa e são colocados em formato de “como nós podemos…” e têm como propósito ajudar na geração de ideias criativas para solucionar um problema. Os desafios devem ser abertos e não devem induzir a uma resposta óbvia para evitar direcionamentos nas ideias.

Revisando os insights para escrever os desafios

Gerar Ideias

Nesta etapa, o envolvimento de colaboradores de diferentes áreas enriquece o processo de criação, gerando soluções que nascem mais adaptadas às suas realidades. Nó estimulamos ideias radicais, adiamos o julgamento, construímos sobre a ideia dos outros, buscamos ser visuais e almejamos a quantidade.

Os times geram as ideias e compartilham entre si

Priorizar as Ideias

Agora que temos algumas soluções, precisamos avaliar qual o impacto das ideias que tivemos. Aqui usamos a matriz de impacto, na qual as equipes avaliam o impacto que cada conceito pode ter para o mercado e para o usuário.

Depois de avaliar o impacto das ideias, fazemos uma priorização para hierarquizar aquelas que foram votadas dentro de uma escala de relevância para nosso projeto. Assim, os participantes votam nas ideias mais pertinentes. Aquelas selecionadas dentro dessa matriz terão preferência na próxima etapa de prototipação.

Analisando as ideias geradas com a matriz de esforço e valor

Protótipo

Protótipo de baixa fidelidade para testar a ideia

Agora as equipes vão comunicar as ideias e conceituar o que querem transmitir, de forma rápida e barata, com o intuito de validar a hipótese e recolher os feedbacks.

Construir protótipos permite que ideias se tornem tangíveis e sejam testadas e avaliadas por outros de forma rápida e barata, antes que você se apegue a uma ideia específica — IDEO

O protótipo de baixa fidelidade é justamente para não gastar muito tempo detalhando uma ideia e nem pensar em todos os conceitos do produto. É nessa hora que o facilitador precisa ajudar os times a pensar: “Qual é a única coisa que consigo fazer para gerar valor nesse primeiro momento?” ou “Qual é a minha única tarefa que irá ajudar a validar o conceito sem gastar tempo e dinheiro desenvolvendo um produto ou serviço?”.

Colaboração do time para fazer o protótipo usando os materiais reciclados

Validação

É hora de validar nosso protótipo de baixa fidelidade rapidamente e recolher os feedbacks obtidos na primeira validação.

No momento da validação a equipe tem um responsável por anotar: “O que funcionou?”, “O que pode ser melhorado?”, “Quais as questões?” e “Quais ideias o usuário contribuiu para o projeto?”. Assim que a validação acaba, a equipe tem um tempo para ajustar os protótipos e partir para novas validações.

Apresentação da ideia para os outros times e coletas de feedbacks

Conclusão

No UXLAB não queremos ser os únicos detentores do conhecimento de design. Pelo contrário, queremos que as pessoas utilizem esse aprendizado para facilitar seu cotidiano e, consequentemente, melhorar a experiência dos clientes.

“Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona.” Steve Jobs

Todas as pessoas que já facilitaram o bootcamp no UXlab

E aí, conta para gente o que vocês estão fazendo para impactar as pessoas?

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