Como migrei para UX

ou… sobre textões, reflexões, mais de 100 nãos e minha entrada no UX Lab da TOTVS

Bia Ferrer
Hub de Design TOTVS
4 min readOct 29, 2021

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Galera do UX Lab da TOTVS

Durante os últimos 20 anos, desenvolvi uma carreira muito satisfatória no audiovisual, onde participei na criação, execução e direção de projetos incríveis.

Nesse meio tempo, conheci a cultura de 10 países entre Estados Unidos, Europa e América Latina, por onde entrevistei e fotografei cerca de 7 mil pessoas. Esse material se transformou em dezenas de exposições espalhadas por estes países, tanto dentro de galerias de arte, quanto nas ruas, em formato de lambe lambe, uma das expressões da arte urbana.

Em 2018, fui convidada para fazer um trabalho de pesquisa em parceria com o Museu da Língua Portuguesa, onde por 08 meses, meu foco foi descobrir as particularidades da nossa língua e conhecer gírias locais. Entre um aeroporto e outro, comecei a estudar Design Thinking, UX Design e aí rolou um match quando eu descobri UX Research.

Com a chegada da pandemia e a total paralisação das minhas atividades profissionais, (claro que depois que foi passando meu “choque”), direcionei minha atenção para o estudo de Design Thinking.

A preparação

Comecei os estudos de forma autodidata, mas logo senti a necessidade de uma formação linear, foi quando me matriculei num Bootcamp.
Depois de quase 15 anos lecionando, troquei de lado e vesti o avatar da aluna. “Só sei que nada sei — Sócrates”, se tornou meu lema, e acredito que o segredo todo está aqui.

Nas aulas, perguntei tudo o que queria saber e me abri para conhecer e me apresentar para pessoas da área.

Participar de meetups foi essencial. Enquanto aprendia com os experts, pude conhecer pessoas incríveis, e dispostas a ajudar.

O próximo passo foi construir do zero um portfólio.
Foi uma sensação estranha, pois na carreira anterior eu já não precisava disso pelo fato das pessoas que me contratavam, simplesmente já conhecerem muito bem os meus serviços. Mas essa energia de novidade me motivou muito, o material ajudou a apresentar meu racional e futuramente apoiou meu discurso.

O mercado

Acho que a sensação mais desconfortável foi quando começaram as entrevistas de recrutamento. Nunca, em toda minha vida profissional, eu havia passado por esse tipo de processo seletivo.

Meu primeiro passo foi me inscrever para todas as vagas que eu via, até que chegou a primeira oportunidade. Me tremi inteira e claro que foi um desastre, mas continuei treinando, pesquisando conteúdo sobre o assunto, e também, ficando muito mal às vezes. Nesses momentos, o mais importante foi ter o apoio da rede de designers que fui conhecendo nessa trajetória (se atente e faça já sua).

Para entrevistas, preparava meu discurso com mapa mental. Esse aqui foi meu último!

Foram uns 03 meses de entrevistas quase diárias, onde fui lapidando meu discurso, meus sentimentos e recebendo a energia do “novo”. Nesse processo, foram mais ou menos uns 100 “nãos”.

Quando me senti realmente preparada, levei o esforço a sério e comecei a direcionar o foco para empresas onde realmente gostaria de trabalhar.

Foquei na TOTVS. A primeira coisa que me atraiu, foram as pessoas que aqui trabalhavam.

Sim, eu pensei muito sobre “com quem” eu gostaria de conviver.

O segundo ponto foi entender como as pessoas que aqui trabalhavam sentiam a empresa e para saber mais, pesquisei em sites especializados.

Zerei o rolê quando fui admitida. Mas não foi na primeira vez. Passei por 03 processos seletivos antes de receber o sim…tipo, foi foco mesmo.

Hoje, meu companheiro de entrevistas, ganhou status de arte e ocupa a parede com outras.

A chegada e integração

Minha admissão foi um evento por si só, imagine, no Onboarding teve 160 pessoas. Passei por um dia inteiro com o RH explicando os processos da empresa, e no final, fui chamada para conhecer as pessoas com quem iria conviver. Agora formalmente eu fazia parte do CREW.

Fui realmente muito bem recebida, de uma forma que nem imaginava como seria (real). O UX LAB me recebeu de uma forma muito amigável. Como cheguei no final de uma Sprint, fui direcionada a assistir os vídeos de Onboarding, que são muitos. E foi isso que fiz na primeira semana.

Na segunda semana, uma nova Sprint seria iniciada, e então a oportunidade de acompanhar um processo desde o início me foi dada. No meio desse processo, a equipe foi me recebendo muito bem, com cada pessoa integrante agendando 1X1 comigo, se apresentando e me dando a oportunidade de fazer o mesmo. Isso foi muito importante para minha integração.

Nesse primeiro mês, as pessoas estão tendo o cuidado e atenção de me receber, explicar os processos e me integrar. Essa é uma forma muito sensível e especial de ser recebida como uma nova membra na equipe. Por hora, com apoio e dedicação dessas pessoas, sigo me inteirando e aprendendo os processos.

Para você, que assim como eu, está em transição, minha dica é: quando não entender, comunique seus pares, e esteja disponível para estar em posição de uma pessoa aprendiz… Vai adiantar muito seu rolê, real oficial, além de ser um enorme presente aprender coisas novas, vai por mim.

Logo menos conto mais.

Bjbj

BF

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Bia Ferrer
Hub de Design TOTVS

Pesquisadora muito interessada em comportamento e artista visual desde sempre.