Prototipe mais em baixa fidelidade!

Gabriel Closel
Hub de Design TOTVS
4 min readApr 8, 2021

“O protótipo de baixa fidelidade é uma representação rápida e simples de uma nova solução que está sendo concebida. Essa representação ajuda os times a testarem e validarem o conceito junto aos usuários.”

— N/N Group

Mesmo sendo uma representação rápida e simples, nem todas pessoas que trabalham com desenvolvimento de soluções se sentem confortáveis em utilizar um protótipo de baixa para validar conceitos iniciais de uma solução.

A simplicidade às vezes é menosprezada e o apego a entregas rebuscadas é latente, e nem todos os conceitos sobre esse método estão tão bem alinhados.

O que é e para que serve um protótipo de baixa fidelidade?

Sendo muito útil durante o estágio inicial de um projeto, através de representações simples, você consegue validar rapidamente diferentes ideias, e assim mitigar as discussões sobre o que deve ser melhor ou não para os usuários ou se eles utilizarão ou não aquela solução, afinal, eles já terão dito isso para você ao longo dos testes de conceito.

Wireframe é um protótipo? Sim, mas o protótipo de baixa fidelidade não pode ser um wireframe. Wireframes são simples representações visuais da estrutura de um conteúdo a ser apresentado em uma interface, o propósito é gerar uma estrutura para iniciar a produção de um protótipo onde será validado a usabilidade de um sistema, enquanto em um protótipo de baixa fidelidade a intenção é validar o conceito de uma ideia, e se ela faz sentido ou não aos usuários.

Você também pode utilizar os protótipos de baixa fidelidade para testar serviços e processos. Muito além de papéis e canetas, é possível utilizar legos, objetos recicláveis e até realizar encenações teatrais para testar o conceito de uma solução.

Por que utilizar os protótipos de baixa fidelidade?

1. Não há nada mais barato

Pessoa olhando através de um video e perguntando "Quantos custou esse protótipo?"

Quem nunca ouviu o famoso “não temos dinheiro para isso”. Um protótipo de baixa fidelidade pode te auxiliar a rebater esse argumento. Na construção desse artefato você pode utilizar o que tiver na sua mesa, gaveta e armário de trabalho. Post-its, materiais recicláveis, legos, papéis, canetas, brinquedos que ninguém mais interage são os utensílios mais utilizados na construção.

2. Todo mundo faz, não só designers

Pessoas se abraçando e pulando enquanto rodam em círculo.

Prototipar é coisa de designer, certo? Não! Na construção do protótipo de baixa fidelidade esse argumento também não cola. Ninguém precisa aprender a utilizar um software de prototipagem para colaborar, é só saber dividir os papéis de acordo com as aptidões das pessoas que cada integrante consegue contribuir de uma forma no processo de construção.

3. “Teste cedo, falhe rápido”

Boneco da cor branca com o corpo para fora do carro e batendo com a mão na porta do carro.

Você não precisa esperar ter aquele belo e colorido protótipo na tela do seu software de prototipagem para falar com os seus usuários. Construindo rapidamente uma representação simples de uma solução, você consegue testar o seu conceito e saber quais são os pontos de melhoria e se os seus usuários irão utilizá-la ou não.

E como aponta a Nielsen Norman Group, as maiores melhorias na experiência do usuário vêm da coleta de dados realizada o mais cedo possível em um projeto de design.

4. Construção e reconstrução simples e rápida

Na fase de prototipação é sempre importante testar, iterar e testar novamente. O método de construção de um protótipo de baixa fidelidade é extremamente simples, o que permite você construir e desconstruir as soluções de maneira rápida e sem custos. Você não corre o risco de começar uma validação utilizando o link de um protótipo que não está atualizado.

Protótipos são sobre ideias, só que organizadas para que o mundo possa usar e testar.

E lembre-se: protótipos não são apenas para dizer o que e como os desenvolvedores devem “codar”.

Sou designer no UX Lab da TOTVS. Cola na grade, segue a gente no instagram, no medium ou me chama no Linkedin.

Referências

Alguns conceitos que apresentei aqui, utilizei como referência textos que estão disponíveis em grandes portais de UX, além do conhecimento que adquiri junto aos meus colegas de trabalho.

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Gabriel Closel
Hub de Design TOTVS

Product Designer na Pagar.me. Formado em design digital pelo Centro Universitário Senac em São Paulo. Linkedin: bit.ly/2UzWaR4