Bolsa de Design Thinking da UX para Minas Pretas e UXCO
2020 foi um ano muito importante na minha vida pessoal e profissional, foi um ano de recomeço e aprendizado. Em 2017, me formei em Moda, era o curso dos meus sonhos, mas depois de quase dois anos de formada me peguei completamente perdida. Em 2019, depois de muito pesquisar, encontrei as áreas de UX e UI Design, e tudo começou a fazer sentido pra mim.
No dia 5 de dezembro de 2020, graças a UX para Minas Pretas, uma iniciativa incrível que ajuda mulheres negras a entrar no mercado de UX e UI Design, tive minha primeira oportunidade de começar os estudos na área. Comecei o workshop de Design Thinking com o Luiz Resende, um profissional e professor incrível que nos mostrou a importância dessa metodologia dentro das empresas. O Design Thinking é uma metodologia de resolução de problemas simples e complexos do usuário final.
Durante o workshop de duas semanas aprendemos muito com vários profissionais de diversas áreas do UX, e com esses ensinamentos cada grupo trabalhou em um tema específico para apresentar a melhor solução utilizando ferramentas do Design Thinking como mapa de empatia, Crazy eights, Double Diamonds, análise swots, brainstorm, benchmark, pesquisa qualitativa e quantitativa entre outras. Com o Design Thinking atrelado ao UX e UI Design, temos uma solução mais assertiva para o usuário final, e diminuímos assim alguns erros comuns como uma solução que não é viável para determinado usuário.
As principais etapas do Design Thinking são: Imersão, Análise e Síntese, Ideação, Prototipação e Validação. Na imersão, que é a primeira etapa, compreendemos de forma empática qual o problema a ser resolvido, e quem é o usuário final através de pesquisas, essa etapa é subdividida em preliminar (onde buscamos entender o problema inicial) e profunda (onde identificamos as necessidades e oportunidades na criação da solução), utilizamos ferramentas para facilitar esse entendimento como: criação de personas, mapa de empatia, benchmarking e pesquisa desk.
Na etapa de análise e síntese, analisamos, filtramos e organizamos todos os dados coletados nas pesquisas para planejarmos as ações a serem realizadas, para isso utilizamos ferramentas como: definição com base nos dados adquiridos da persona e do mapa de empatia, mapa conceitual, mapa metal e análise swot.
Na ideação (minha parte predileta), coletamos ideias para o desenvolvimento da melhor solução para o usuário final, sempre com base nas pesquisas feitas anteriormente. Nessa etapa utilizamos ferramentas como: brainstorming, matriz de alinhamento, crazy eights e mural de possibilidades.
Na etapa da prototipação, transformamos as melhores ideias iniciais em soluções reais para a fase de testes, nessa fase as ferramentas utilizadas dependem do tipo de solução encontrado, as principais são: storyboard, mockup e maquete.
Após essas etapas vamos para a validação, é nessa etapa que compreendemos melhor a percepção do usuário final a solução criada, é onde temos a oportunidade de encontrar e ajustar possíveis falhas e assim validar e desenvolver a solução, as ferramentas mais utilizadas para auxiliar esse processo é o MVP (mínimo produto viável) e o Canva.
O Design Thinking pra mim é mais que uma metodologia no ambiente profissional, é possível utilizá-la também no pessoal. Depois desse curso a resolução de problemas básicos do meu dia-a-dia ficou bem mais prática e rápida. Após essas duas semanas de curso, posso dizer com certeza que sou uma profissional diferente, consigo enxergar além do óbvio, pensar literalmente fora da caixa e ver o quão amplo é o Design.
Quero deixar aqui meu agradecimento a UX para Minas Pretas que está sendo um grande apoio nessa minha jornada, e ao Luiz Resende e os outros professores e meus colegas que também me ensinaram muito durante esse tempo.
Fontes:
https://insights.liga.ventures/inovacao/design-thinking/
https://www.provalore.com.br/as-25-tecnicas-e-ferramentas-utilizadas-pelo-design-thinking/
