Como a mentoria fez diferença no meu processo de migração carreira

Jennifer Baptista
UXMP
Published in
3 min readSep 2, 2020

Minhas experiências com o projeto parceiro da UXMP, Quilombo Carreira

Em março, no início da pandemia, decidi mudar: queria migrar de carreira e alcançar voos mais altos. Me surpreendi comigo mesma quando decidi isso porque não sabia como, nem quando, mas sabia que em algum momento eu ia conseguir.

Tive que trancar a faculdade em Design Gráfico no último semestre por questões financeiras, e pensei: “E agora?”. Decidi continuar estudando por conta própria, e foi quando me deparei com um workshop em UX / UI. Já tinha visto alguma coisa sobre o assunto durante a faculdade, mas não conhecia a fundo, então pude estudar.

Me encantei com a área e, ao mesmo tempo, me surpreendi o número de pessoas no processo de migração, por isso, resolvi tentar.

Comunidade e carreira

Procurando por cursos na área, me deparei com a comunidade UX para Minas Pretas. Nossa, foi incrível poder ver mulheres como Karen Santos palestrando sobre tecnologia! Até aquele momento, nas referências que eu tinha encontrado, não encontrava mulheres negras fazendo isso.

A comunidade me deu força para continuar e, não só isso, também me trouxe presentes que são vinculados com mulheres negras. Além disso, através da dela consegui um curso para me aprofundar mais em UI / UX Basics Experience e Interface & Prototype na Cel.Lep Idiomas.

A valorização da minha trajetória nos processos seletivos

Depois de concluir esse curso, resolvi me lançar e me candidatar às vagas, mas ainda não sabia muito bem como fazer. Pensava que minha trajetória anterior teria que ser dispensada, não via como incluí-la nos processos seletivos.

Nesta etapa, ainda pelo UXMP, tive a oportunidade de receber uma mentoria pela comunidade Quilombo Carreira . Meu mentor nesse processo foi o Danilo Vitorino, e nosso primeiro encontro já foi muito esclarecedor. Por ter mais de 10 anos de experiência em atendimento ao cliente e por já ter passado por gestões que não me apoiavam, era difícil dar valor à minha trajetória profissional e percebemos como habilidades importantes que eu havia desenvolvido para uma área. Essas habilidades também me qualificavam como uma profissional comprometida, esforçada e íntegra.

Nesse primeiro contato com o Danilo, pude entender melhor quem é a Jennifer profissional e que bagagem carrega, desenvolver o autoconhecimento, rever e iniciar um processo de aceitação.

O segundo encontro, já com a Débora Fernanda, que está ligada diretamente com a área de contratação, foi uma simulação de entrevista - mas acabei descobrindo que foi muito além disso. A simulação abriu meus olhos sobre a minhas habilidades profissionais. Percebi que apesar de história ser nossa, não vemos o quanto deixamos de nos apropriar dela, seja por medo ou insegurança.

Além de me ajudar a entender o quanto as minhas qualificações são importantes, Débora me revelou que quanto mais me aproprio da minha história, mais eu me conheço e mais preparada estarei.

Às duas últimas fases do encontro foram novamente com o Danilo e realizei um mapa de personalidade. Através dessa ferramenta, Danilo me qualificou a enxergar outras habilidades que antes eu não percebia em mim e que são tão importantes profissionalmente como: integridade, a generosidade e a perseverança.

Os maiores ganhos que tive nessa mentoria foi a sensação de pertencimento e gratidão. Pertencimento a mesma mim e gratidão pelos caminhos percorridos. Hoje, percebo que esses caminhos foram encontrados, pois eles me fizeram a mulher forte que sou e me percebi como estou preparada para uma migração de carreira.

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