Evellyn de Paula Souza
UXMP
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4 min readJan 25, 2020

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Conhecendo o mundo das pesquisas!

No segundo final de semana desse ano, participei da 7 turma do workshop de Ux Research da @mergouserexperience através de uma bolsa concedida ao UX para Minas Pretas!

Foi uma experiência muito interessante participar de um curso que alinha a prática com a teoria de forma tão didática !

O objetivo do curso era entender algumas das ferramentas de pesquisa e desenvolver um projeto do início ao fim na prática.

Para entender um processo de pesquisa o conteúdo foi organizado da seguinte maneira :

  • Introdução a pesquisa em design
  • Foco em Pesquisa Qualitativa
  • As diferentes dimensões de pesquisa
  • Algumas técnicas de pesquisa
  • Prática de entrevista em profundidade
  • Download da pesquisa

Na introdução ele nos apresentou a uma frase da Erika Hall designer muito conhecida na área por suas contribuições e que para mim foi fundamental para entrar no clima que o workshop pedia :

“ No design, você está resolvendo as necessidades do usuário e as metas de negócios. Na pesquisa, você está resolvendo a falta de informação.”

Entendi que ali eu me realizar, pois se tem uma coisa que eu gosto é de buscar informação.

Temos as pesquisa quantitativas e qualitativas, e é essencial entender o que está buscando para definir qual o formato utilizar.

A grande diferença entre elas é que na qualitativa os dados são coletados com observação ou interagindo com o usuário, já na quantitaiva os dados são coletados muitas vezes a distância, por formulários, e por muitas pessoas, e podem ser analisados matematicamente.

Temos também os métodos atitudinais e comportamentais.

No método atitudinal os dados são autorelatados nos ajudando a entender e medir as crenças declaradas durante a entrevista, no comportamental relata as ações realizadas minimizando o impacto do método sobre o usuário.

Afinal ações dizem mais do que palavras não é mesmo?

Toda pesquisa deve ter um objeto , que deve ser compreendido em toda a sua dimensão.

Para a prática acontecer nos foi dado o desafio :

“ Como nós podemos ajudar concurseiros a organizar seus estudos e avaliar seus conhecimentos antes da prova?”

E a partir desse desafio iniciamos as etapas de pesquisa para coletar informações .

Primeira fase : Exploração do Tema e Hipóteses

Aqui tivemos que imergir no tema do desafio, então foi necessário buscar informações sobre o universo dos concurseiros .

O ponto de atenção aqui foi tomar cuidado com as fontes, sempre procurar por fontes confiáveis e questionar os dados que nos são apresentados.

Fizemos um grande levantamento de informações coletadas, mais conhecido como pesquisa desk, e durante este levantamento íamos anotando os insights que surgiam.

Após esse processo, utilizamos a matriz CSD para organizar as informações de forma construtiva.

Como vocês podem ver pela foto, a matriz organiza as informações e nos ajuda a colocar todos na mesma página sobre o que temos de certezas, hipóteses e dúvidas, e partir dessas definições priorizar o que precisa ser descoberto e/ou confirmado e/ou derrubado pelos usuários

Inclusive ela também ajuda a identificar quem precisamos entrevistar para coletar as informações que são mais escassas.

É crucial que a gente entenda para quem estamos criando uma solução, para isso utilizamos a modelagem de usuário, para isso criamos 3 personas para “balizar” o perfil que queremos entrevistar.

Fazer essa modelagem nos direciona para a etapa de recrutamento e planejamento de pesquisa, baseado nas informações que coletamos lá no início conseguimos informações para montar um perfil de quem são os concurseiros, como no exemplo :

  • De 25 a 40 anos
  • Moram em São Paulo
  • Possuem Ensino Superior
  • Já prestaram
  • concurso mais de uma vez
  • Nunca passaram em um concurso
  • Tem dificuldade para organizar os estudos
  • Não estudam por mídias digitais
  • Buscam estabilidade financeira

A partir daí passamos para a entrevista em profundidade, para isso montamos nosso roteiro da entrevista, aqui foi um momento de maior aprendizado, pois percebi o quanto esse processo facilita o desenvolvimento e serve como guia para evitar o esquecimento de algum tópico importante.

Nessa fase também definimos a equipe da entrevista, afinal definir papéis e responsabilidades simplifica a vida, economiza tempo e evitar conflitos.

Equipe estruturada, papéis definidos, passamos a pensar na documentação,nos registros da entrevista que comumente são feitos em vídeos, áudio, fotografias e para isso é importante ter um termo de consentimento, existem muitos modelos pela internet para se basear e criar um próprio.

O momento aonde eu mais me realizei foi aplicando a entrevista.

Como é mágico conhecer o outro, ouvir, observar, acolher.

Ouvimos tantas coisas que nem imaginávamos, e eu me senti muito realizada por ter a oportunidade de conhecer tantos universos diferentes.

Com as informações da entrevista,fizemos o debriefing do projeto e conseguimos construir a nossa persona, que é um personagem fictício que representam as necessidades de um grupo maior de usuários :

Resumindo foi uma grande oportunidade de expandir meus conhecimentos e conhecer pessoas incríveis, super indico este workshop para quem quiser conhecer um pouquinho o universo das pesquisas, aliás para isso indico também o podcast do Movimento UX, são inúmeros episódios que falam de pesquisa com grandes nomes deste universo.

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Evellyn de Paula Souza
UXMP
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Eternamente curiosa pelos mais diversos assuntos, entusiasta de Tech e mindset ágil, preocupada com o futuro da educação e em processo de autoconhecimento…