Conhecendo o mundo das pesquisas!
No segundo final de semana desse ano, participei da 7 turma do workshop de Ux Research da @mergouserexperience através de uma bolsa concedida ao UX para Minas Pretas!
Foi uma experiência muito interessante participar de um curso que alinha a prática com a teoria de forma tão didática !
O objetivo do curso era entender algumas das ferramentas de pesquisa e desenvolver um projeto do início ao fim na prática.
Para entender um processo de pesquisa o conteúdo foi organizado da seguinte maneira :
- Introdução a pesquisa em design
- Foco em Pesquisa Qualitativa
- As diferentes dimensões de pesquisa
- Algumas técnicas de pesquisa
- Prática de entrevista em profundidade
- Download da pesquisa
Na introdução ele nos apresentou a uma frase da Erika Hall designer muito conhecida na área por suas contribuições e que para mim foi fundamental para entrar no clima que o workshop pedia :
“ No design, você está resolvendo as necessidades do usuário e as metas de negócios. Na pesquisa, você está resolvendo a falta de informação.”
Entendi que ali eu me realizar, pois se tem uma coisa que eu gosto é de buscar informação.
Temos as pesquisa quantitativas e qualitativas, e é essencial entender o que está buscando para definir qual o formato utilizar.
A grande diferença entre elas é que na qualitativa os dados são coletados com observação ou interagindo com o usuário, já na quantitaiva os dados são coletados muitas vezes a distância, por formulários, e por muitas pessoas, e podem ser analisados matematicamente.
Temos também os métodos atitudinais e comportamentais.
No método atitudinal os dados são autorelatados nos ajudando a entender e medir as crenças declaradas durante a entrevista, no comportamental relata as ações realizadas minimizando o impacto do método sobre o usuário.
Afinal ações dizem mais do que palavras não é mesmo?
Toda pesquisa deve ter um objeto , que deve ser compreendido em toda a sua dimensão.
Para a prática acontecer nos foi dado o desafio :
“ Como nós podemos ajudar concurseiros a organizar seus estudos e avaliar seus conhecimentos antes da prova?”
E a partir desse desafio iniciamos as etapas de pesquisa para coletar informações .
Primeira fase : Exploração do Tema e Hipóteses
Aqui tivemos que imergir no tema do desafio, então foi necessário buscar informações sobre o universo dos concurseiros .
O ponto de atenção aqui foi tomar cuidado com as fontes, sempre procurar por fontes confiáveis e questionar os dados que nos são apresentados.
Fizemos um grande levantamento de informações coletadas, mais conhecido como pesquisa desk, e durante este levantamento íamos anotando os insights que surgiam.
Após esse processo, utilizamos a matriz CSD para organizar as informações de forma construtiva.
Como vocês podem ver pela foto, a matriz organiza as informações e nos ajuda a colocar todos na mesma página sobre o que temos de certezas, hipóteses e dúvidas, e partir dessas definições priorizar o que precisa ser descoberto e/ou confirmado e/ou derrubado pelos usuários
Inclusive ela também ajuda a identificar quem precisamos entrevistar para coletar as informações que são mais escassas.
É crucial que a gente entenda para quem estamos criando uma solução, para isso utilizamos a modelagem de usuário, para isso criamos 3 personas para “balizar” o perfil que queremos entrevistar.
Fazer essa modelagem nos direciona para a etapa de recrutamento e planejamento de pesquisa, baseado nas informações que coletamos lá no início conseguimos informações para montar um perfil de quem são os concurseiros, como no exemplo :
- De 25 a 40 anos
- Moram em São Paulo
- Possuem Ensino Superior
- Já prestaram
- concurso mais de uma vez
- Nunca passaram em um concurso
- Tem dificuldade para organizar os estudos
- Não estudam por mídias digitais
- Buscam estabilidade financeira
A partir daí passamos para a entrevista em profundidade, para isso montamos nosso roteiro da entrevista, aqui foi um momento de maior aprendizado, pois percebi o quanto esse processo facilita o desenvolvimento e serve como guia para evitar o esquecimento de algum tópico importante.
Nessa fase também definimos a equipe da entrevista, afinal definir papéis e responsabilidades simplifica a vida, economiza tempo e evitar conflitos.
Equipe estruturada, papéis definidos, passamos a pensar na documentação,nos registros da entrevista que comumente são feitos em vídeos, áudio, fotografias e para isso é importante ter um termo de consentimento, existem muitos modelos pela internet para se basear e criar um próprio.
O momento aonde eu mais me realizei foi aplicando a entrevista.
Como é mágico conhecer o outro, ouvir, observar, acolher.
Ouvimos tantas coisas que nem imaginávamos, e eu me senti muito realizada por ter a oportunidade de conhecer tantos universos diferentes.
Com as informações da entrevista,fizemos o debriefing do projeto e conseguimos construir a nossa persona, que é um personagem fictício que representam as necessidades de um grupo maior de usuários :
Resumindo foi uma grande oportunidade de expandir meus conhecimentos e conhecer pessoas incríveis, super indico este workshop para quem quiser conhecer um pouquinho o universo das pesquisas, aliás para isso indico também o podcast do Movimento UX, são inúmeros episódios que falam de pesquisa com grandes nomes deste universo.