O que o design desperta em mim
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A minha trajetória com na computação começou em 2012, no curso de Sistemas de Informação da UFRPE. No ensino médio, sem nenhum conhecimento do mundão existente na comunidade tecnológica me vi fazendo belos slides e reconhecendo minha afinidade com computadores. Como 1+1=2, pensei: “se eu consigo fazer slides bonitos, vídeos e montagens de fotos que encantam os familiares, porque não entrar em um curso de tecnologia e aperfeiçoar meus skills?”. Infelizmente a menina de 17 anos estava totalmente equivocada sobre o que viria pela frente, primeiramente Design não é apenas perfumaria e no curso que eu entrei não tinha nada além de cálculos complexos que normalmente resultavam em zero ou um e telas pretas com letras coloridas.
Foram tamanhas as dificuldades e superações, a ocupação em travar as pequenas batalhas diárias me distanciaram do objetivo inicial, desenvolver a designer que existia em mim. E assim se passaram 5 anos imersa em um ambiente voltado ao desenvolvimento.
Dentro do ambiente de desenvolvimento tendi para o front-end e me encontrei na educação. No front-end eu podia expressar minha criatividade, me sentir mais próxima do usuário, imaginar sua experiência no que eu estava desenvolvendo, criar algo visualmente agradável e acessível. Na educação eu podia entender meus estudantes, incluí-los, ouvi-los e buscar melhorias para oferecer qualidade.
No decorrer da minha trajetória profissional convivendo com inúmeros profissionais da computação, o significado do que é ser designer para mim é atualizado a cada interação. A cada contato uma nova descoberta e identificação. A cada novo conhecimento adquirido um autoquestionamento surge: “será que é isso que está faltando?”, “será que quero migrar de área?”, “eu curto front-end e educação, que tal associar com o Design?”.
Com tantos questionamentos e com o fim da graduação, buscar mais pelos conhecimentos de Design foi inevitável. Conversas com amigos designers sempre me encantam, me fascinam e me fazem ter vontade de aprender e de buscar mais. Em uma dessas buscas tive o primeiro contato com a UXMP, uma comunidade incrível que me proporcionou um workshop maravideuso oportunizando a imersão nos conteúdos de UX, aguçando minha curiosidade de entender mais sobre o que aprendemos e sobre assuntos adjacentes.
Há algumas semanas, tive mais uma oportunidade pela UXMP: pude participar do curso de UI Mobile oferecido pela Mergo. Eu conheci mais um pouquinho desse universo que me encanta. Os principais objetivos do curso eram compreender o papel do UI no Design de Produtos Digitais, os fundamentos de Design Digital, como trabalhar com várias Densidades de Tela, Design Minimalista, Material Design e prototipação de alta fidelidade. Para atingirmos estes objetivos, os conteúdos abordados foram:
- Fundamentos do Design
- Design Emocional
- Paleta de cores e MoodBoard
- Sketch x Adobe XD x Figma
- Style Guide / Componentes
- Tipografia
- Iconografia
- Flat Design / Skeumorfismo
- Human interface iOS e Android
- Transformando um wireframe em interface
- Prototipação com Invision
- Apresentação dos projetos e encerramento
Pude vivenciar o processo de criação de um app por outra perspectiva além do front-end, entender os planejamentos, projeções e empatia no processo de ideação e consolidação da proposta de uma solução. Pude associar conhecimentos empíricos com teorias do Design e ter a certeza de que posso trazer isso para a minha realidade.
Dentro de cada conteúdo abordado derivaram-se outras discussões, abordando assim assuntos vizinhos não previstos na ementa. Um dos pontos abordados nessas discussões foi a acessibilidade. Partindo dessa troca pude buscar e conhecer mais uma área do Design e entender mais sobre o Design Inclusivo.
Não é a proposta desse post descrever cada assuntos trabalhado no curso, mas logo mais trarei novos posts sobre os assuntos que venho aprendendo. Durante o curso recebemos váaaarias indicações de conteúdos pela instrutora e por outros participantes, então criei uma pagina no Notion com esses links para compartilhar aqui.
Muito provavelmente estou na ponta do iceberg desse universo, mas a cada novo passo o Design me desperta curiosidade e animação, me faz querer buscar mais e não só para fazer algo novo, mas também para associar com o que já sei.
