O que você já ouviu falar sobre Design Thinking?

Alguns não concordam com o uso e outros nem entendem sua utilidade no Brasil, mas não podemos negar que o mundo corporativo está cheio de termos em inglês não é mesmo? Hoje vamos falar um pouco sobre Design Thinking.

Na tradução literal estamos falando de tudo que deve acompanhar o pensamento do design, ou seja, como criativos pensam na hora de apresentar um produto ou uma solução nas empresas.

Abordaremos Design Thinking como uma metodologia que pensa a criação de qualquer produto ou serviço com o foco inteiramente voltado para a experiência do usuário. A empatia sem clichês e hipocrisias deve ser levada em consideração, lembrando que se as pessoas são diversas, seus problemas também são. Para desenvolver os processos, a equipe constrói um mapa, nele o público-alvo será lapidado com o maior número de informações e sensações. O que ouve, pensa ou sente, fala ou faz são muito relevantes até chegar no desenvolvimento.

Jared Spool, escritor norte-americano, pesquisador e especialista em temas de usabilidade, afirma que o design é a representação da intenção, então se o objetivo é ajudar alguém a resolver uma inquietação, cada invenção deve refletir isso da forma mais honesta e prática possível. Afinal, podemos fazer uma lista gigante de coisas que foram criadas, utilizaram todos os recursos disponíveis para o projeto, mas não trouxeram respostas que melhoraram a vida de um grupo de pessoas.

Entre os passos, temos algumas teorias interessantes, como a do duplo diamante. Dividida em quatro etapas, ela afirma que para criar qualquer coisa devemos descobrir, definir, desenvolver e entregar.

Descobrir

Informações com pesquisas quantitativas e qualitativas, nada de achismos ou dados de fontes que não possuem credibilidade. Aqui ficam as primeiras ideias, o que nos inspira e traçamos um caminho com o que o usuário precisa.

Definir

Após coletar elementos que traçam o perfil das pessoas é hora de conectar todos os pontos para realizar um diagnóstico e definir seu conceito, cada objetivo do projeto deve estar alinhado com o que os envolvidos no projeto encontraram, aqui também é muito interessante avaliar quais são os dados encontrados para o caminho das possíveis respostas.

Desenvolver

É hora de explorar potenciais soluções com base no conceito que foi criado. Aqui os princípios do design são aplicados e todos os envolvidos interagem,

Entregar

O produto está pronto! Será? Chegou a hora de testar e descobrir se a versão final já existe. Aqui os testes devem ser considerados como prioridade, assim um bom produto chega na primeira versão e não aparecem gastos extras para o projeto depois de seu lançamento. Melhor reparar na fase de testes que encontrar um problema sério depois que o produto já chegou nas pessoas.

Na estratégia do duplo diamante teremos um passo a passo bem interessante para desenvolver com o foco total no usuário, vale ressaltar que ouvir as pessoas é muito importante, duas palavras devem ser levadas em consideração: refinar e redefinir.

Refinar para aparar tudo que não for interessante e funcional. Redefinir sem se apegar as ideias a aos processos antigos. O foco continua na boa solução e o clichê da empatia volta aqui para relembrar que a criatividade deve andar junto com a atenção e o cuidado.

Criar com foco no usuário é abandonar crenças, estereótipos e preconceitos para focar somente nas necessidades reais da sociedade. Um indivíduo com seus diplomas, experiências e ideias geniais não é mais relevante, o pensamento é sobre uma geração de profissionais focados em criar soluções que melhoram a vida das pessoas.

Tudo que for pensado para iniciar novos projetos precisa de uma ligação direta com a sensação de tranquilidade e resolução que o novo produto vai oferecer. Mesmo a melhor ideia de todas não será útil quando não servir para mudar realidades de maneira positiva, com a consciência de que ninguém consegue resolver todos os problemas do mundo, e entendendo que as pessoas, com problemas resolvidos, são o foco principal no Design Thinking.