O UX Writing e o jornalismo do futuro

Marcelle Chagas Gontijo
UXMP
Published in
3 min readAug 31, 2020

Minha experiência como jornalista após o curso "UX Writing hands on para iniciantes".

Graças às meninas do UX para Minas Pretas ganhei uma bolsa maravilhosa para o workshop online “UX Writing hands on para iniciantes” ministrado pela Ariana Dias (com atuação em projetos de grandes marcas como Vivo, Banco Original, Coca-Cola, Oi, Danone e Porto Seguro).

O UX (User Experience) não é algo muito desconhecido para mim. Sou jornalista pós-graduada em Marketing e Comunicação Online e sempre procurei ficar atenta às novas tendências do mercado. O UX Writer nada mais é que um redator focado em simplificar e deixar o texto claro e objetivo tornando a experiência do usuário nas plataformas digitais o mais agradável possível.

Sabe quando você entra no site de alguma empresa e precisa acessar o chatbot para tirar dúvidas? Pois é, provavelmente ali teve a atuação de um UXW que trabalhou de maneira que sua experiência tenha sido a melhor e você tenha saído sem dúvidas, com o questionamento resolvido, e com uma boa impressão da empresa.

Ariana Dias, facilitadora do Workshop, já trabalhou em rádio — assim como eu — e descobriu no universo online um novo caminho profissional. Na comunicação como um todo buscamos a melhor maneira de fazer com que as pessoas compreendam a informação que queremos passar.

Créditos: https://www.pexels.com/@rawpixel

No rádio temos a preocupação de descrever todo o cenário e sermos os mais simples possíveis, pois contamos apenas com o áudio. Na televisão contamos com a imagem, que como diz o ditado, vale mais do que mil palavras. Ainda assim precisamos ao máximo adequar a notícia para um formato que o telespectador compreenda. No jornal é a mesma coisa, com a diferença que a informação também deve ser adequada ao tamanho solicitado pelo editor. Então, podemos dizer que o UXW faz parte do processo de comunicação simples que o jornalismo e a comunicação como um todo busca principalmente com o advento das mídias sociais, e-commerce e o SAC 3.0.

Por que começar a entender o UX Writing

Existem similaridades com a escrita jornalística e acredito que em breve elas devem ser absorvidas pelo setor. Então, eu acredito que o UXW será a linguagem do futuro no jornalismo que tem cada vez mais usado as novas tendências relacionadas à tecnologia.

Elaborar uma estratégia de escrita que impacte o consumidor possibilitando a interação com o seu público-alvo é algo buscado também pelas empresas de comunicação. Além disso, o aprendizado possibilita abrir uma nova porta em um mercado ainda pouco compreendido, mas já muito explorado pelas grandes empresas.

O UX Writer trabalha geralmente em parceria com o UX Designer definindo as cores, formato das fontes e tudo o que envolva melhoria na experiência do usuário em termos de produção de conteúdo no site, aplicativos, chatbots e afins.

O que eu aprendi em quase 9 horas de Workshop

Foi um sábado inteiro em que eu aprendi, muito além das teorias, a prática de como é o dia a dia de um profissional da área. E pasmem, não é tão assustador! Isso foi muito importante para mim porque eu já tinha uma pequena base teórica, mas não fazia a mínima ideia de como colocar aquilo tudo em prática.

Resolvemos um problema real da área e me senti muito à vontade com o que estava acontecendo ali, mesmo sabendo tão pouco. Tive contato com as principais ferramentas de trabalho em agências como o Slack e o Agile. Entendi um pouco mais sobre o papel do profissional dentro do time e a importância do UXW.

O que eu acho mais importante é que eu agora estou frequentemente neste universo não só por causa das meninas do UXMP, mas também pelos colegas que eu fiz durante o curso. Uma dica da Ariana Dias que eu vou levar para a vida e que você que trabalha com comunicação deveria ficar atento é a aplicação da comunicação simples, aqui deixo o nome da também jornalista Heloisa Fischer, que fala sobre isso com muita propriedade.

Costumo dizer que a comunicação como um dos pilares da sociedade precisa ter a participação efetiva da população negra, principalmente das mulheres, para que ocorra uma mudança efetiva da sociedade. Precisamos ocupar esses e outros espaços para modificar as estruturas.

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