Toda experiência é válida

Thainá Vilela
UXMP
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3 min readNov 24, 2021

Como minha trajetória e experiências profissionais em outras áreas me ajudaram na migração para UX.

Fonte: Nappy

A pergunta mais frequente em eventos sobre UX é relacionada com a migração de carreira, onde profissionais experientes vindos de áreas não relacionadas ao design e tecnologia tendem a se sentir um tanto receosos na busca da primeira oportunidade dentro do mercado de user experience por acreditarem que tudo o que vivenciaram e aprenderam em suas carreiras anteriores foi em vão e deve ser descartado, mas este é um grande engano.

Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa nunca tem medo e nunca se arrepende.— Leonardo da Vinci

Trouxe essa frase porque ela realmente se faz valer na minha vida. Em alguns momentos eu cheguei a questionar a validade de certos conhecimentos, mas quando eu menos esperava, cada aprendizagem, por mais desconexa que pudesse parecer, se mostrou válida e necessária em alguma área da minha vida.

Na migração para UX isso não foi diferente, eu já atuei em diversas áreas graças às oportunidades de estágio que consegui na faculdade, as quais me trouxeram habilidades que são essenciais para a minha atuação como Product Designer. Vou explicar como:

  • Como estagiária em assessoria legislativa, além de aprender sobre rotinas e processos administrativos eu desenvolvi minha comunicação e empatia tendo contato com o público e ajudando a identificar soluções para os problemas que cada cidadão apresentava.
  • Minha segunda experiência de estágio foi em marketing, onde eu pude entender como funciona a rotina dessa área, suas limitações e como se dá a negociação com outras áreas. Estando desse lado pude entender qual é a visão e quais são as necessidades do time de marketing de uma empresa.
  • Mudando de lado, fui trabalhar em uma agência de publicidade, onde atendi diversos clientes de vários segmentos, sempre em contato com o time de marketing das empresas para entender quais eram seus objetivos. Nesta experiência pude compreender como são os processos e atividades dentro das agências para produzir insumos de criação e outros tipos de entrega.

Mas como tudo isso me ajuda diariamente?

O papel do designer vai muito além da criação de telinhas, é preciso ter empatia com as dores dos usuários, mas também compreender as necessidades de negócio. Com minha atuação em diferentes áreas, eu ganhei mais clareza de como me comunicar com times multidisciplinares e também até que ponto é possível negociar com eles.

Muitas vezes o time de UX precisa interagir com times de marketing, dados, áreas jurídicas, agências de publicidade, desenvolvedores, e muitas outras. Ter entendimento sobre o funcionamento delas e seus pontos de dor contribui fortemente para o papel do designer.

Pensar que uma experiência é menos válida do que outra só está te impedindo de dar um passo rumo à migração que você deseja fazer na sua carreira.

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Thainá Vilela
UXMP
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Product & Service Designer na AB Inbev (Zé Delivery & Tada Delivery) & Integrante da UX para Minas Pretas https://www.linkedin.com/in/thainavilela