Storydoing: Potencializando o Design Thinking com Narrativas de Ação

A Integração de Storydoing com os Pilares do Design Thinking para Soluções Inovadoras e Centradas no Ser Humano

Alison Belo
UXPlore Brasil
4 min readSep 11, 2023

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Design Thinking e Storydoing

Contar histórias através de arte conceitual é apenas um dos trabalhos de um designer, como também esse é o papel de profissões como, publicitários, artistas e até mesmo advogados e engenheiros. Muitos desses profissionais se tornaram ‘Storytellers’ e conseguem criar ‘cases’ de sucesso com suas narrativas.

Nessa área os UX designers podem utilizar das técnicas de contadores de história para fazer projetos e criar roteiros que narram, engajam e conectam pessoas através dos sentidos.

Mas esse processo está passando por mudanças e contar histórias não está mais chamando tanta atenção do público. Por isso o Storydoing está tomando o lugar do ‘Storytelling’, que ficou em alta deviiiiiiii…

Cris Rock com cara de dúvida
CALMA, O que é ‘Storydoing’?

CALMA, O que é ‘Storydoing’?

Ao contrário do ‘Storytelling’ que usa técnicas para contar determinadas histórias. O ‘Storydoing’ as faz com ações diretas e é nesse momento que o “tell” se torna o ‘do’. Ou seja, O Storydoing é uma abordagem que se concentra em fazer as coisas acontecerem em vez de apenas contar histórias usada cada vez mais por empresas que querem se conectar com seu público a fim de melhorar a experiência com a marca ou produto.

E os projetos que adotam o Storydoing retém mais informações, já que o público está envolvido em uma experiência que eles podem ver, ouvir e sentir, assim permitindo gerar ações mais eficientes, que geram maior impacto e engajamento.

Pesquisas apontam que a retenção de informações é equivalente a 20% do que se ouve, 30% do que se ouve e vê e 50% do que se ouve, vê e sente. E é nessa maior porcentagem que o ‘doing’ atinge de absorção. Ao contrário do ‘telling’ que retém uma menor fonte de estímulos sensoriais e aos poucos as informações serão esquecidas.

E voltando ao conteúdo lá de cima. O ‘Storydoing’ está tomando lugar do ‘Storytelling’ que ficou em alta devido ao fato de que empresas que adotaram esse sistema gastam menos em mídia paga, engajam mais pessoas e os investimentos tornam as ações de publicidade das empresas mais eficientes.

Design Thinking

O Design Thinking é uma abordagem para solucionar problemas com foco na inovação, colocando as pessoas no centro da concepção dos projetos como cocriadores da solução e o Storydoing é uma metodologia que permite vivenciar a história com a comunidade, experimentando na prática as soluções que é idealizada.

Ao mesclar o Storydoing com o Design Thinking, pode aproveitar os três pilares essenciais da abordagem — empatia, colaboração e experimentação — para desenvolver soluções inovadoras centradas no ser humano e vivenciar histórias com ações diretas, já que processos empáticos permitem entender as necessidades e os medos das pessoas, a colaboração ajuda a somar diferentes perspectivas e experiências para criar soluções coletivas e derrotar um vilão e a experimentação permite testar nossas ideias na prática, gerando engajamento da comunidade, colhendo feedbacks e melhorando em processos de iteratividade.

Lembrando que não foi utilizado nenhuma literatura aqui e o teto é uma interpretação do autor sobre os processos.

O Storydoing no processo de Design Thinking:

1 Imersão:

Da mesma forma que o design thinking utiliza os processos de imersão para ter o entendimento do problema e gerar uma solução, o Storydoing pode identificar qual é o vilão da estória, lembrando que não é um vilão padrão de filmes e series, é apenas uma forma de encarar o problema em si.

2 Análise e Desenvolvimento:

Se no processo de imersão são localizados os vilões da narrativa, a etapa de análise identifica como os atos vilanescos atrapalham a vida da comunidade e auxilia a criar narrativas que ajudam a transmitir a visão do projeto e a motivar a equipe a buscar soluções inovadoras.

3 Ideação e Prototipação:

As duas abordagens incentivam a pensar de forma criativa e inovadora, buscando soluções que vão além do óbvio. Então, essa é nessa etapa que pode explorar histórias para criar e definir ações e envolver as pessoas de dentro e fora do projeto para participar da história.

4 Teste e Iteração:

Esse é o ponto da experimentação, onde as ideias são testadas e validadas na prática envolvendo a comunidade. Portanto, podemos usar essa metodologia para propagar as soluções com usuários reais, e metrificar como os resultados das ações solucionam o problema e derrotam o vilão.

Em conclusão, ao adicionar a abordagem do Design Thinking com seus três pilares — empatia, colaboração e experimentação — ao Storydoing, onde é permitido experimentar soluções inovadoras e centradas no ser humano, que atendam às necessidades dos usuários, pensando fora da caixa e usando a comunidade a favor de um produto ou marca.

Como Aplicar Storydoing nos seus projetos?

Como UX designer, é possível aplicar os conceitos de Storydoing em seus projetos. Para isso, é necessário conhecer um problema real, identificar um vilão, criar algo para engajar a comunidade e, por fim, medir os objetivos.

De acordo com o site storydoing.com há seis questões divididas em duas categorias e servem para criar uma ação para cativar seu público.

Story

  1. Você tem uma história?
  2. Além de visão comercial, essa história define uma ambição maior?
  3. Sua história define claramente um inimigo?

Doing

  1. A história está sendo usado para impulsionar uma ação?
  2. Você definiu algumas ações icônicas e transformadoras para se concentrar?
  3. As pessoas de fora da empresa estão envolvidas e participando da história?

Ao responder as questões acima você já tem o que precisa para aplicar esses conceitos para seu projeto.

Você como UX Designer consegue aplicar os critérios que definem o StoryDoing em seus projetos?

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Alison Belo
UXPlore Brasil

Sou UX Designer com formação em Marketing, com quase 3 pós graduações e pronto para ensinar e aprender muito mais.