5 Dicas não tão óbvias sobre como receber feedbacks

Laura Corrêa Laudelino Vieira
VagasUX
Published in
3 min readMar 13, 2024

Recentemente, lendo o livro “A Coragem de Ser Imperfeito”, me deparei com um capítulo que aborda a importância de receber feedbacks — não apenas para profissionais no mundo corporativo, mas para qualquer pessoa, independentemente da idade.

A autora, Brené Brown, destaca a crucial necessidade de receber feedbacks, afirmando que sem eles não há como haver mudanças transformadoras. Quando não ouvimos de nossos líderes nossos pontos fortes e oportunidades de crescimento, começamos a questionar nossas próprias contribuições no mundo.

Em uma de suas pesquisas, Brené questionou as razões por trás da escassez de feedbacks, especialmente em ambientes escolares e corporativos. As respostas principais foram:

  • As pessoas não se sentem confortáveis com conversas difíceis.
  • Não sabemos como dar e receber feedbacks valiosos, que realmente agregam e promovam mudanças.

Alguns dias após ler sobre feedbacks nas palavras da autora, me deparei com um artigo de Ken Norton no bringthedonuts.com, sobre o mesmo assunto.

Fui anotando e destacando alguns dos principais aprendizados que obtive sobre “Como receber feedbacks” e resolvi compilar esses aprendizados aqui a fim de ajudar outras pessoas.

01- O feedback tem sucesso quando paramos de tentar “ficar à vontade com conversas difíceis” e passamos a normalizar o “desconforto saudável”

Para promover mudanças e pensamento crítico, precisamos normalizar o desconforto. Crescimento e aprendizado ocorrem fora da zona de conforto.

Em seu livro, Brené diz que o simples fato de saber que o desconforto é normal e vai acontecer, reduz a ansiedade, o medo e a vergonha de receber feedbacks.

02- Entender quem somos e como reagimos às emoções é a base do processo

Uma frase que li no livro e se tornou um grande aprendizado:

“O tamanho, a gravidade ou a complexidade de um problema nem sempre determinam nossa reação emocional a ele.”

Às vezes, uma pequena questão pode desencadear uma reação emocional intensa. É fácil deixar nossas emoções tomarem conta de nós nesses momentos. Não se apresse em reagir, respire fundo e faça uma pausa.

Em seu artigo, Ken Norton diz que gosta de recitar um “mantra” simples quando recebe feedbacks: “Obrigado, vou refletir sobre isso”. Isso lhe dá tempo e espaço para processar.

03- Permita-se discordar

Ken Norton cita um ditado que achei super interessante:

“feedback é alguém segurando um espelho — você decide o que vê.”

Às vezes o feedback vai totalmente contra seus princípios e valores, ou pode ser que você discorde do feedback pelos seus próprios motivos pessoais. Ou ainda, você pode extrair uma parte do feedback para si, mas discordar com o restante do que foi dito.

Quem decide o que fará com o feedback recebido é você, ninguém mais. Particularmente, pensar dessa forma deixa o processo mais leve.

04- Tenha coragem para ser e estar vulnerável

Nesse sentido, a vulnerabilidade é ter coragem para assumir que você não sabe algo.

A falta de disposição para ser vulnerável, na maioria das vezes, nos leva a dar desculpas, evitar perguntas ou até mesmo mentir.

Já é estressante o bastante não saber o que está fazendo. É mais estressante ainda ter que convencer alguém de que você sabe, e não poder pedir ajuda.

Ser vulnerável é a maior oportunidade de crescimento.

05- Feedbacks positivos destacam seus pontos fortes. Foque neles.

Quando recebemos uma crítica, por mais construtiva que seja, temos a tendência a focar nela e esquecer todos os outros feedbacks positivos.

Nosso primeiro instinto é pensar em formas de melhorar ou mudar o tal ponto fraco que foi mencionado, esquecendo que a melhor coisa a se fazer é focar naquilo que já está se destacando positivamente em nós.

Se alguma habilidade ou comportamento seu foi notado a ponto de se tornar um feedback positivo, use essa oportunidade como um convite para melhorar ainda mais esse seu aspecto, ao invés de esquecê-lo para priorizar seus pontos mais fracos.

Lógico que os pontos de crítica importam, devem ser considerados e melhorados, mas não são seus aspectos de destaque, portanto, não devem ser o centro da sua atenção, no contrário, você tem grandes chances de se frustrar.

Esses foram alguns dos muitos insights que extrai dessas fontes. Espero que as dicas desse artigo possam ajudar você de alguma maneira, assim como me ajudam constantemente! :)

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Laura Corrêa Laudelino Vieira
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Sou UX/UI Designer (mas não só isso). Escrevo sobre minhas experiências no mercado de tech e sobre minhas paixões -isso envolve viagem, livros e natureza- :)