the consequences of feminism — alice guy-blaché
Nove anos depois da fundação da União Nacional pelo Sufrágio Feminino (1897), feita por Millicent Fawcett no Reino Unido, a cineasta Alice Guy-Blaché entrega a obra “As Consequências do Feminismo” ao mundo.
Há vários questionamentos quanto a sua intenção com o filme. Porém, creio que como a primeira cineasta e roteirista de ficção da história do cinema, seria bem difícil que Alice Guy não acreditasse na igualdade entre os gêneros.
O filme mostra, de forma satírica, uma inversão de papeis entre homens e mulheres, onde os homens são frágeis e cuidam dos afazeres de casa, enquanto as mulheres são mostradas como fortes, com atitudes e em bares. Por ser feito de um modo cômico, por alguns minutos é fácil se pegar perguntando o que ela procurava dizer com isso tudo. Mas no fim, os homens encontram sua voz e se impõem diante de toda injustiça que sofrem.
De maneira brilhante e criativa, Alice Guy nos mostra o que de fato o feminismo sempre quis: que mulheres encontrem suas vozes (mesmo que seja pra dizer “eu quero ficar em casa”) e façam o que querem fazer sem serem tratadas como objetos, conquistas e seres inferiores.
Com maestria e humor a diretora e visionária deixou clara, pelo menos para mim, qual era sua opinião em relação ao feminismo.