O que é ética cristã

Valmir Nascimento
Cultura e Teologia
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12 min readMar 29, 2018

INTRODUÇÃO

O estudo da ética é crucial para os cristãos, principalmente em tempos de crise de valores e confusão ética presenciados nesse início do Século XXI. Há, por isso, várias razões para estudarmos sobre o tema.

Em primeiro lugar, devemos estudar ética para a exata compreensão desse tema milenar, que está no centro das discussões filosóficas de todos os tempos.

Além disso, é importante que os cristãos aprofundem na temática, para que saibam defender suas convicções morais na arena pública, a respeito dos mais diversos temas. Isso porque, os maiores embates apologéticos contemporâneos estão mais centrados em temas práticos sobre a moralidade, do que propriamente nas discussões e argumentos da existência de Deus.

Por fim, o estudo da ética é importante, também, para nos estimular e conduzir para a vida ética, para que sejamos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual havemos de resplandecer como astros no mundo (Fp. 2.15).

Assim, nesse sucinto texto, abordo alguns aspectos essenciais para o início da reflexão sobre a ética cristã.

I — OS CONCEITOS

1. Ética geral. Existem diversas formas de conceituarmos a ética. Para o senso comum, ética significa agir corretamente ou de maneira virtuosa. Enquanto disciplina ou ramo de estudo, ética, para usarmos a definição de Norman Geisler, “é o estudo daquilo que é certo e daquilo que é errado. A epistemologia ocupa-se com aquilo que é verdadeiro, e a ontologia com aquilo que é real, mas a ética com aquilo que é bom”. Por fim, numa definição ideal, ética é o conjunto de valores e princípios que guiam as ações e os comportamentos das pessoas. O propósito da reflexão ética é responder à complexa e crucial indagação: o que é fazer a coisa certa?

2. Tipos de ética. Ao longo dos tempos foram criadas diversas formas de responder a essa indagação <o que é fazer a coisa>, fazendo surgir diferentes tipos de raciocínio ético, que podem ser resumidos em três grupos principais: éticas deontológicas, éticas teleológicas e éticas contextualistas.

A ética deontológica é a ética do dever. Nessa perspectiva moral o agir ético vincula-se ao cumprimento de uma obrigação previamente assumida. Immanuel Kant (1724–1804) é o melhor representante dessa tipologia. Para Kant, o valor moral de uma ação não consiste em suas consequências, e sim na intenção com a qual a ação é realizada; o que importa é o motivo. O fundamento da lei moral não está na experiência, apoiando-se, ao contrário, em princípios racionais apriorísticos. “A lei, cuja exteriorização deve representar o móvel da conduta eticamente boa, é o imperativo categórico, o critério supremo da moralidade: Age sempre de tal modo que a máxima de tua ação possa ser elevada, por sua vontade, à categoria de lei de universal observância”, dizia Kant.

A ética do tipo teleológica (do grego télos, que quer dizer fim, propósito) preocupa-se com a finalidade da ação humana, pela qual “o valor moral é determinado pelos resultados ou consequências alcançadas”. Um dos exemplos dessa perspectiva moral é o utilitarismo, cujos pressupostos foram assentados pelo inglês Jeremy Bentham (1748–1832). A ideia central de sua teoria funda-se na premissa segundo a qual o mais elevado objetivo da moral é maximizar a felicidade assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor. Para Benthan, “por utilidade se entende aquela propriedade, em qualquer objeto, mediante a qual ele tende a produzir benefício, vantagem, prazer, bem ou felicidade (tudo isto no caso presente é a mesma coisa) ou (o que novamente é a mesma coisa) a prevenir que ocorra um dano, dor, mal ou infelicidade à parte cujo interesse é considerado”.

Esse tipo de raciocínio ético, se levado à últimas consequências, pode resultar na máxima de Maquiavel: os fins justificam os meios. E isso é um perigo!

A ética contextualista, como o nome indica, é direcionada pelo contexto; o certo é definido pela realidade concreta. Segundo os seus defensores, esta ética é dinâmica, flexível e relacional. O problema dessa concepção é que ela confunde ética [conjunto de princípios] com moral [costume adotado]. Assim, o que deveria ser (objetivo da ética) torna-se sinônimo aquilo que é. Como consequência danosa, o seu relativismo pode admitir tudo, legitimando comportamentos absurdos. Essa ética contextualista é subjetivista e minimiza o mal como realidade objetiva, trazendo resultados maléficos tanto para o individuo quanto para a sociedade em geral.

2. Ética cristã. A ética cristã não se resume a essas tipologias secularizadas de raciocínio moral. A ética cristã é essencialmente teísta, decorrendo, por primeiro, do pressuposto subjacente da existência de um Deus pessoal e moral que, sendo o próprio fundamento e marco ético absoluto, estabelece a separação entre o certo e o errado.

Se o teísmo estiver equivocado, e Deus não existir, não há alicerce adequado para uma ética objetiva, que inclua, por consectário lógico, dignidade, direitos humanos intrínsecos, responsabilidade pessoal e obrigação moral. “Se Deus não existir, então tudo é permitido”, escreveu Dostoiévski em seu clássico “Os irmãos Karamazov”. Mas, factualmente é possível perceber a existência de valores morais objetivos, apontando para um Legislador único, na medida em que certos julgamentos e conclusões são inescapáveis. Dizer, por exemplo, “que o Holocausto foi objetivamente errado é dizer que foi errado embora os nazistas responsáveis por ele acreditassem que fosse certo, e seria errado mesmo que os nazistas tivessem ganho a Segunda Guerra Mundial(…)”.

Ainda que transcendente, a ética teísta merece confiabilidade e respeito nas discussões da praça pública, porquanto o seu fundamento ontológico é plausivelmente superior ao raciocínio moral secularizado. O agir ético pressupõe responsabilidade moral. Mas, de onde advém tal responsabilidade moral se admitirmos que o homem é o resultado do acaso e de meros eventos aleatórios da natureza? Pode a natureza, por si só, estabelecer algum tipo de obrigação moral?

De igual modo, constantemente somos compelidos a recorrer a algum referencial moral diante de situações que exigem uma tomada de decisão, envolvendo debates entre o certo e o errado. Por isso, C. S. Lewis tinha o certo e o errado como a chave para a compreensão do sentido do universo. Em qualquer discussão, afirma Lewis, recorremos a um padrão para justificar o nosso comportamento ou opinião.

“No momento em que você diz que um conjunto de ideias morais é superior a outro, está, na verdade, medindo-os ambos segundo um padrão e afirmando que um deles é mais conforme a esse padrão que o outro. O padrão que os mede, no entanto, difere de ambos. Você está, na realidade, comparando as duas coisas com uma Moral Verdadeira e admitindo que existe algo que se pode chamar de O Certo, independentemente do que as pessoas pensam; e está admitindo que as ideias de alguns povos se aproximaram mais desse Certo que as ideias de outros povos. Ou, em outras palavras: se as suas noções morais são mais verdadeiras que as dos nazistas, deve existir algo — uma Moral Verdadeira — que seja o objeto a que essa verdade se refere”.

A esse padrão chamou Lewis de Lei Moral, que revela indícios de um Ser que está muitíssimo interessado na conduta reta, na lealdade, no altruísmo, na coragem, na boa fé, na honestidade e na veracidade. Nesse sentido, “devemos concordar com a visão do cristianismo e de outras religiões de que Deus é “bom”. Mas não vamos apressar o andar da carruagem. A Lei Moral não embasa a ideia de que Deus é “bom” no sentido de indulgente, suave ou condescendente. Não há nada de indulgente na Lei Moral. Ela é dura como um osso. Exorta-nos a fazer a coisa certa e parece não se importar com o quanto essa ação pode ser dolorosa, perigosa ou difícil”.

II — FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ

1. Quanto à origem. O primeiro fundamento da ética cristã são os atributos de Deus, especialmente o seu caráter santo e justo (Sl 116.5; Lv 20.7; 1 Jo 3.7; Nm 23.19). Aí está, para o cristão, a origem do agir ético, da conduta correta. Ao ser criado, o homem recebe a imago Dei (Gn 1.26), donde resultam os mais valiosos princípios éticos para a vida em sociedade, a exemplo da dignidade, liberdade e igualdade.

Stanley Grenz afirma que “a ética emerge quando o povo de Deus procura entender as implicações da concepção bíblica da vida sob Deus para a existência no momento concreto. A ética cristã é fundamentalmente a vida de integridade — teologia em ação — quando procuramos praticar em nossos relacionamentos implicações dos compromissos teológicos cristãos derivados da narrativa do Deus bíblico, culminando na história de Jesus Cristo. Esse panorama bíblico nos mostra quem é Deus e quem somos como criatura dele, e aponta para onde Deus está conduzindo toda a criação”.

2. Quando à fonte. Para conhecermos a vontade de Deus e seus imperativos éticos para a humanidade, devemos recorrer às Escrituras. Paulo escreveu a Timóteo: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm 3.16,17). Observe as funções da Palavra: ela ensina, redargui, corrige e instruir em justiça (objetivos da ética). Para quê? Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído em toda boa obra; isto é, em tudo.

Diante isso, existem três pressupostos bíblicos fundamentais que devemos considerar para a compreensão da ética, a saber: Criação, Queda e Redenção.

A perspectiva da Criação explica que Deus criou todas as coisas em perfeição, inclusive o ser humano (Gn 1.26; 1Tm 4.4). Ele é a fonte exclusiva de toda a ordem criada, tanto das leis da natureza quanto da natureza humana.

A Queda explica o que deu errado com o mundo, a fonte do mal e do sofrimento. Em virtude da desobediência do pecado original, o homem afastou-se de Deus; ser humano e natureza foram afetados pela Queda, provocando o mal e a desordem. Tal doutrina ensina que o homem é totalmente incapaz de chegar-se a Deus mediante seus próprios méritos e esforços, em virtude de sua morte espiritual e natureza pecaminosa; assim como é completamente incapaz de, por si só, dominar o pecado. Essa é uma doutrina básica defendida pelo arminianismo clássico, à luz das Escrituras (1 Rs 8.46; 2 Cr 6.36; Sl 14.1–3; Ec 7.20; Is 64.6; Rm 3.10; 3.23; Tg 3.2). Essa é a razão pela qual o homem, caído, tem a propensão à corrupção e condutas antiéticas (Rm 5.8,19; Rm 7.16)

Por fim, a Redenção enfatiza o plano redentor de Deus para o mundo caído. Quando Deus nos redime, Ele nos liberta da culpa e do poder do pecado, e restaura nossa plena humanidade, de forma que possamos cumprir as tarefas para as quais fomos criados. Além do aspecto salvífico, a redenção atinge a vida humana como um todo.

3. Quanto ao exemplo. Além dos fundamentos objetivos da ética cristã, temos ainda o exemplo de vida de Cristo. Ele é o nosso fundamento exemplificativo de regra e conduta. A forma como tratava os semelhantes, fossem eles ricos ou pobres, e decidia questões morais, com sabedoria, misericórdia e amor, são modelos de comportamento para nós hoje. A Bíblia diz que ele em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).

4. Quanto à condução. Se Deus estabelece os padrões éticos e revela-os a nós por da sua Palavra e da consciência moral, e Cristo coloca-os em prática de maneira plena, servindo-nos de paradigma, é o Espírito Santos quem nos conduz ao agir ético. Segundo Stanley Grenz “As Escrituras ensinam claramente que a tarefa de criar a vida ética recai exclusivamente sobre a presença do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito divino, que é o Espírito de Jesus, torna possível um relacionamento correto com Deus, com o próximo e com a própria criação”, conforme depreendemos de Rm 8.34 e Gl 5.16–25. É o Espírito Santo de Deus quem nos guia em toda a verdade (Jo 16.13).

Isso nos mostra que, com a ajuda do Espírito Santo de Deus, e mediante a sua graça, podemos agir eticamente em meio a um mundo caído e corrompido.

III — CARACTERÍSTICAS DA ÉTICA CRISTÃ

1. Uma ética absoluta. O cristianismo bíblico refuta veementemente o relativismo moral, diante do caráter absoluto da ética divina. Geremias do Couto destaca que a ética do Reino de Deus é absoluta, pois decorre do próprio Deus que controla e estabelece as suas leis. “Como ser moral, não pode exigir menos do que impõe a sua própria natureza”. Com efeito, a ética do Reino é absoluta, segundo Couto, em primeiro lugar, “para definir de modo claro o ideal a ser incessantemente buscado por aqueles que professam a fé cristã” (princípio da transparência); em segundo lugar é absoluta para “revelar que nenhum esforço humano é capaz em si mesmo de vive-la, a não ser pelos méritos da obra redentora de Cristo” (princípio da graça) e; em terceiro lugar, a ética é absoluta “para demonstrar, de forma antecipada, como que por espelho, o sublime estilo de vida a ser experimentado na dimensão do reino de Deus”(princípio do paradigma).

2. Uma ética integral. A ética cristã abrange todas as áreas e esferas da vida humana. A ética cristã não é uma ética religiosa no sentido estrito da palavra; ela diz respeito a tudo aquilo que exija uma decisão correta e boa, seja em relação à família ou sexualidade, seja sobre política, economia e educação, por exemplo. Ela é integral, também, no sentido de rejeitar os comportamentos legalistas e hipócritas.

3. Uma ética que apregoa a liberdade responsável. A teologia cristã parte do pressuposto de que o homem é responsável por seus próprios atos e pelas consequências daí advindas. Com efeito, o cristianismo também é responsável pelo conceito moderno de liberdade individual, a partir do pressuposto que somos seres morais; o que significa que devemos ser livres para viver nossa vida sem a interferência de outros desde que estendamos aos outros a mesma liberdade. Entretanto, a teologia cristã não apregoa uma liberdade irrestrita; pelo contrário, a liberdade deve ser exercida com responsabilidade e prudência. Essa máxima é vista principalmente ao longo dos escritos paulinos. “Paulo valoriza a liberdade, mas aconselha a prudência: “tomai cuidado para que a vossa liberdade não se torne ocasião de queda para os fracos” (1Cor 8,9). Noutra oportunidade, Paulo ressalta que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém (I Cor. 6.12; 10,23).

4. Uma ética que enfatiza a dignidade da pessoa humana. Somente a perspectiva cristã é capaz de fornecer o paradigma ético para um modelo econômico com vistas a se alcançar a dignidade da pessoa humana, uma vez que a própria ideia de dignidade é uma invenção cristã. O caráter precioso e a igualdade de valor de cada vida humana, escreve Dinesh D´Souza, é um conceito cristão, pois assim acreditam que Deus atribui a cada pessoa que cria um valor infinito e que ama a cada pessoa de igual modo.

5. Uma ética que enfatiza a comunidade. Uma análise histórica do cristianismo do primeiro século demonstra o modo como os cristãos se importavam com o cuidado para com o próximo. Várias ações evidenciam o modo como os discípulos exerciam a diaconia e prestavam assistência aos mais necessitados e carentes. Nesse sentido, pode-se citar o ágape, uma espécie de refeição comunitária entre os cristãos, que além da celebração da Ceia do Senhor tinha como objetivo também saciar a fome das pessoas. Segundo os historiadores, o ágape era realizado diariamente e os alimentos eram trazidos pela própria comunidade para que pudessem partilhar com os demais e com isso suprir suas necessidades.

A vida ética, escreve Stanley Grenz, está integralmente ligada à perspectiva comunitária, a uma visão de mundo compartilhada, ou seja, ao que podemos até chamar teologia. Por essa razão, prossegue Grenz, a integridade cristã nunca é uma ética isolada, puramente pessoal. “Ao contrário, a vida íntegra começa quando o cristão desenvolve uma consciência de identidade pessoal dentro de um contexto da comunhão cristã”. Tal noção afasta do contexto econômico o individualismo e entroniza o compartilhamento social como regra basilar.

CONCLUSÃO

A ética cristã, portanto, não é um conjunto de regras para serem seguidas. A ética cristã expressa os atributos de Deus, notadamente sua santidade, amor e justiça, para que o homem viva bem consigo mesmo, com o próximo e com o Criador. A ética cristã deve ser submetida à ética de Cristo. Conforme propõe César Moisés, em vez de falarmos em “ética cristã”, talvez seja mais acertado falar da “ética de Cristo”, afinal “a ‘ética cristã’, atrelada a uma determinada expressão do cristianismo, geralmente está a serviço de questões particulares e periféricas, defendendo preceitos, regras e doutrinas que, no âmbito denominacional, são mais importantes que a própria vida”. A ética de Cristo, por outro lado, vai além da religiosidade e do tradicionalismo denominacional. Ela foca no Filho de Deus e nas suas virtudes. Conforme vaticinou R. E. O. White “a essência da moralidade bíblica não é um sistema legal, um código escrito, uma filosofia moral abstrata, mas um espírito e uma lealdade, uma visão e uma fé encarnadas na inexaurivelmente rica e variada personalidade de Jesus”. Quando a ética religiosa se sobrepõe ao próprio Cristo perde-se a referência da moralidade.

REFERÊNCIAS

COUTO, Geremias do. A transparência da vida cristã: comentário devocional do Sermão do Monte. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

CRAIG, Willian Lane. Apologética contemporânea: a veracidade da fé cristã. 2. Ed. São Paulo: Vida Nova, 2012.

CRAIG, Willian Lane; MORELAND, J.P. Ensaios Apologéticos: um estudo para uma cosmovisão cristã. São Paulo: Hagnos, 2006.

GRENZ, Stanley. A busca moral: fundamentos da ética cristã. São Paulo: Vida, 2006.

LEWIS, C.S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

MAY, ROY H. Discernimento moral: uma introdução à ética cristã. São Leopoldo: Sinodal, 2008.

MOISÉS, César. Uma pedagogia para a educação cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

NALINI, José Renato. Ética Geral. 8a. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.

NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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Valmir Nascimento
Cultura e Teologia

Doutorando em Filosofia, Mestre em Teologia, Graduado em Direito. Escritor, professor e conferencista. Conselheiro do Inst. Bras. Direito e Religião.