Porque precisamos nos livrar da Ameaça Anarquista

Um manifesto à Camarilla por Karl Schrekt

Rafão Araujo
Vampiro — A Máscara 5ed
5 min readJan 28, 2019

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Porque precisamos nos livrar da Ameaça Anarquista

Por Karl Schhekt, Líder da Casa Tremere e o mais antigo de sua linhagem.

Os clãs da Camarilla mantiveram a atividade Anarquista em um nível aceitável por muitos séculos após a Convenção de Thorns, e temos que aceitar o fato que tudo que sofremos serviu para fortalecer a seita. Em 2012, entretanto, finalmente cortamos relações com os últimos de nossos aliados Anarquistas.

Muitos culpam Gavrilo Princip por dar início à Primeira Guerra Mundial quando assassinou o Arquiduque Franz Ferdinand, levando o Império Austro-Húngaro a um conflito com a Sérvia. Mas a Grande Guerra não foi causada por apenas um homem, assim como nossa presente situação. Já haviam sinais do retorno do tempo das fogueiras e da ascenção de uma Segunda Inquisição, muito antes do incidente em Praga.

Estávamos em 2002, com a Guerra ao Terror dos mortais ocorrendo e o Círculo Interno decidiu utilizá-la para avançar contra o Sabá, encerrando com a guerra pelos Estados Unidos de uma vez e enfraquecendo-o em sua insana Cruzada da Gehenna. No início, a tática foi bem sucedida e tomamos suas cidades, uma a uma. Mas, em algum momento durante 2006, a Inquisição se voltou contra nós. Como isso ocorreu? Quem deu-lhes a informação que os levou a Vienna?

Obviamente, foram os Anarquistas. Foi quanto os Justicares decidiram que era muito tarde para voltar atrás. Secretamente, eles incluíram grupos e domínios Anarquistas nas listas negras. Foi frio e calculista, mas eles mereceram.
À medida que os Anarquistas perceberam o plano, passaram a expressar deu descontentamento. Fizeram isso decepando as cabeças de importantes Príncipes e as enviando para os Justicares. Aliás, pobre Voorhies, de Amsterdã. Eu estava com o Justicar Carfax quando recebemos seu crânio.
Pode-se olhar para a história e dizer-se que a Camarilla traiu os Anarquistas, mas eles foram longe demais. Não contentes em nos atacar diretamente, agrediram a própria Máscara, causando seríssimas — e foram seríssimas, veja as gravações — quebras de Máscara em Glasgow, Marraquesh, Dallas e Nova York, trazendo a Segunda Inquisição para nossa porta. Naquele ponto, precisávamos removê-los de nossa seita.

Um ato formal pode parecer insignificante quando comparada com outros acontecimentos, mas foi uma declaração importante. Significava que os Anarquistas não se beneficiariam da proteção da Camarilla ou teriam acesso a nossas cidades, rebanhos, Elísios ou recursos. Eles foram relegados a seus pequenos domínios, isolados, como faróis em ruínas em meio ao mar na noite.
E essa é sua sina agora. No fim, deixados para enfrentar os monstros que eles mesmos despertaram.

Logo irão retornar, implorando por ajuda, mas não iremos acolhê-los. Enquanto o fogo das tochas chega até eles, iremos apenas observar das sombras, fortalecidos, mas imóveis. Nós, que sempre respeitamos e protegemos o dom da imortalidade, o merecemos. Eles não.

Como Falar Sobre Anarquistas

Após o Conclave de Praga e os lamentáveis eventos de Berlim, o Movimento Anarquista tornou-se um tópico nas discussões nos Elísios da Camarilla ao redor do mundo. Este é um momento histórico delicado, então é impportante conversar sobre os Anarquistas de uma forma que fortaleça os princícios da Camarilla, especialmente quando suas crias ou outros jovens Membros perguntam sobre eles.

1. Anarquistas são incompetentes, e essa incompetência caracteriza tudo que fazem. Contraste juventude Anarquista com experiência da Camarilla. Mesmo que não sejam violentos, os Anarquistas são desleixados, não raciocinam direito e se arriscam sem considerar as consequências.

2. Anarquistas destroem. Eles nunca constrõem. Anarquistas são famosos por depredarem, tumultuarem e assassinarem, mas quando chega o momento de estabelecer algum tipo de ordem para si, falham. Esse é o motivo pelo qual os Estados Livres Anarquistas nunca conseguiram estabelecer um conjunto claro de regras ou um sistema de governo.

3. Anarquistas não sabem o que querem. Muitos Anarquistas falam sobre mudança, mas não possuem uma visão coerente ou demandas claras. Isso torna impossível negociar com eles, já que sua ideologia é tão incoerente que não produz uma posição negocial. A situação é agravada por sua inabilidade perene de prodizir líderes com os quais podemos dialogar.

4. Anarquistas são hipócritas. Apesar de todo seu discurso de liberdade e igualdade, usam humanos da mesma forma que outros Membros. Eles preconizam o direito dos Memros viverem da forma que desejam, mas se opõem à vontade dos Membros da Camarilla viverem na Camarilla.

5. Anarquitas deveriam ser gratos, mas são motivados pela inveja. Sem a Camarilla e suas Tradições, os mortais teriam erradicado os Membros há muito tempo. Anarquistas não conseguem entender isso. Ao invés disso, tem inveja do poder que Membros Anciões da Camarilla acumularam. Querem aquele poder para si, mas não possuem a paciencia para consegui-lo.

6. Áreas Anarquistas não são seguras. A falta de um Príncipe ou de um Xerife significa que cidades Anarquistas são perigosas, lugares violentos onde os Membros podem ser mortos por qualquer motivo ou sem motivo algum. Sem leis e autoridade, a sociedade dos Membros é comandada pelo mais poderoso e mais brutal, que toma o que quer dos demais.

7. Anarquistas ameaçam a Máscara. Eles rejeitaram as Tradições, reproduzindo-se como coelhos. Toda cidade Anarquista é superpovoada de Membros. Isso significa que mesmo que os Anarquistas possuíssem a habilidade para manter a Máscara, quebras viriam a acontecer.

8. Anarquistas colaboram com a Segunda Inquisição. Muitos Anarquistas nunca desenvolveram uma identidade de Membro. Eles ainda se veem como parte da sociedade mortal e, por causa disso, colaboram com a Segunda Inquisição para atacar todos de nossa raça.

9. Por último e mais importante, lembre-se que tudo que os Anarquistas desejam é irreal. Eles não entendem como o mundo funciona e suas ideias são inviáveis. Claro, elas podem soar bonitas e justas, mas nao sobrevivem ao contato com a realidade. Por isso, a Camarilla é a melhor e a única opção.

Fonte: CAMARILLA 2018
por Rafael Gueiros

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