Por que Chichén Itzá se tornou um dos destinos queridinhos dos turistas

Mirelly Nogueira
viajarsemcomplicacoes
5 min readJan 18, 2019

Você deve estar se perguntando, por que Chichén Itzá se tornou um dos destinos queridinhos dos turistas.

Chichén Itzá é uma cidade arqueológica do povo maia, que está situada no estado mexicano de Yucatán, a 200 Km da cidade de Cancún.

A civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México). Durante o período clássico (do século III ao IX), Tikal, na Guatemala, era muito mais imponente e rivalizava o controle da região, com Calakmul, do lado mexicano da atual fronteira. Outras cidades-estado mais grandiosas no auge do império eram as ruínas de Palenque — no estado mexicano de Chiapas e Copán — Honduras.

Com o declínio no século IX das cidades da floresta, Chichén Itzá, começou a brilhar, mesmo tendo sido erguida e estava há 300 anos abandonada, foi reocupada e subiu ao posto de centro da cultura maia no que é conhecido como período pós-clássico.

Chichén Itzá, tem dois períodos distintos de ocupação e torna-se única entre as ruínas maias, por alguns motivos: está completamente preservada com um fácil acesso, às margens da rodovia que liga Cancún a Mérida e em 2007 foi eleita uma das 7 maravilhas do mundo moderno.

O que explorar em Chichén Itzá?

Para começar a explorar o local comece pela Pirâmide de Kukulcán. Para quem não sabe, Kukulkán era uma divindade maia representada na figura de uma serpente emplumada e que estava relacionada com o vento, a água e o trovão. Para os maias “kukul” significa sagrado ou divino e “kan” significa serpente.

Foto: Internet

Duas vezes por ano (20/21 de março (primavera) e 21/22 de setembro (outono)), acontece um fenômeno chamado de equinócio. É um evento natural das luzes e sombras do sol que projetam a imagem de uma serpente subindo ou descendo as escadarias da grande pirâmide, que tem 26 metros de altura

Foto: Mirelly Nogueira

Minha experiência…

Eu cheguei em Cancún no dia 18 de março de 2018, e logo no hotel já me perguntaram se eu estava vindo de tão longe só para ver o equinócio. Minha resposta de imediato, foi que sim. Mas a verdade é que eu não fazia ideia do que se tratava. Quando conclui minha chegada no quarto, comecei a pesquisar sobre o assunto e fiquei extremamente curiosa e decidi que eu precisava ir ver com meus próprios olhos o tal fenômeno.

Na recepção do hotel que eu me hospedei, Hotel ibis Cancun Centro, havia uma agência que oferecia os passeios para diversos lugares, inclusive para Chichén Itzá. Eu adquiri o passaporte, que dava direito ao translado de ida e volta, afinal são 2:30h de distância de Cancún, almoço e também faríamos duas paradas: a primeira em uma comunidade indígena Maia do Yucatán que ainda resguarda toda a cultura maia e outra em um cenote.

Sai as 06:00h da manhã do dia 21 de março de 2018, dia do equinócio. Já no início do passeio o guia repassou algumas orientações: “tenham paciência, por que hoje é um dia muito importante a todos nós. Terá pessoas do mundo inteiro, chegando a ter mais de 30 mil pessoas. Então sejam pacientes e educados.”

A primeira parada foi na comunidade indígena onde comemos a comida típica daquele povo, recebemos a benção do ancião e experimentamos a bebida mais famosa do México, tequila. Que de verdade, é a melhor do mundo.

Fotos: Mirelly Nogueira
Foto: Mirelly Nogueira

A segunda parada nos agraciou com uma bela vista de um cenote, com água bem gelada.

Bem no fim do dia, quando o sol já estava começando a se pôr, chegamos em Chichén Itzá e a primeira visão foi um fila enorme para entrar no parque arqueológico. Mas os ônibus que possuem guias têm uma entrada preferencial e acabou sendo bem rápido.

Logo que entramos já avista-se a Pirâmide de Kukulcán. É linda, grandiosa e é enorme. Eu descobri duas curiosidades que rondam a Pirâmide: ela possui 365 degraus o que equivale aos dias do ano no calendário maia; e ao bater palmas na frente da pirâmide ela emite o som de um quetzal, um pássaro endêmico da América Central.

Aconteceu algo incrível nesse dia, que me deixou sem palavras e arrepiada, o dia estava um pouco nublado e o fenômeno não acontecia, então as pessoas se organizaram e começaram a gritar “ Venga Kukulcán… Kukulcán…Kukulcán” e como um passe de mágica o sol se abriu e conseguimos ver a serpente projetada na pirâmide. Foi realmente indescritível a sensação e os arrepios.

Foto: Mirelly Nogueira

Além da grande pirâmide, o parque arqueológico conta com o Templo dos Guerreiros, com a Praça das Cem Colunas em seu entorno, sendo todas entalhadas com serpentes e adereços astronômicos, a quadra de jogo e mais afastado pode-se ver o Caracol, um observatório para que os maias pudessem observar as mudanças no céu, acima da vegetação, sem nenhuma obstrução!

Por tudo isso, e muito mais vale a pena conhecer Chichén Itzá. A energia dos povos maias é realmente emocionante e nos remete a ótimas sensações e conhecer a história acaba fazendo ainda mais sentido para o momento.

Quer conhecer Chichén Itzá? Ainda dá tempo de ir no equinócio do 2019, topa essa? Quer ajuda para planejar? Embarque nessa comigo que te ajudo nessa viagem! Siga nosso perfil no Instagram e fique por dentro.

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Mirelly Nogueira
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Product Owner, especialista em gestão de projetos e louca por viagens. Embarque comigo nessa e descubra que planejar um viagem não é nada complicado.