Arte de rua traz possibilidade de democratização de ideias e percepções
Por estar em espaço aberto, é possível gerar debates, discussões e diálogos
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Felipe Ikehara pinta na rua desde 2008. Seu trabalho é uma mistura de spray, pincel e outras técnicas. Ele contou como consegue inspiração. “De acordo com cada proposta e do que sinto do lugar acabo interagindo com temáticas que possam dialogar com o local da pintura”, disse.
O artista diz que sua motivação foi pelos encontros, descobertas e desafios de produzir arte. Felipe conta que é uma motivação que se renova diariamente e que se mantém firme e cresce a cada nova pintura.
Ele acredita que sua arte traz contribuições sociais. “Tento sempre apresentar perspectivas que levam ao caminho da contemplação e calma. Acredito que pela minha arte posso apresentar um modo de diálogo que parte da percepção do outro e da não agressividade”, explicou.
Felipe acha que as mais diversas manifestações artísticas de rua são extremamente importantes tanto para o público quanto para os artistas. “Eu aprendi a pintar observando a rua, suas pinturas e as pessoas que por lá passam. A arte pública é democrática e está aberta a todos os tipos de percepções. Ela gera debates, discussões, sentimentos”, detalhou. Ele finaliza dizendo que quanto mais diversa for a arte, maior será a abertura para o diálogo e para a percepção sobre tudo que está fora de nós.
Larissa Perdizes caminha pela Avenida Paulista olhando barraquinhas com bijuterias artesanais. A garota explica que sempre gostou desse tipo de arte e que a acha uma característica que expressa um lado cultural importante. “Sempre que venho aqui na Paulista fico passando nas barraquinhas para ver as bijuterias artesanais”, relatou a garota.